15. Homens como ele são como fogo

A copa estava mais fresca do que o salão principal, com o aroma doce de canela e baunilha pairando no ar. A luz das lamparinas era mais suave ali, lançando sombras quentes nas prateleiras repletas de louças e potes de compotas caseiras. Cecília inspirou fundo, tentando acalmar os nervos enquanto Dona Ivone organizava pratos para a sobremesa.

A cozinheira-chefe, uma mulher robusta e de feições gentis, observou-a de soslaio antes de se aproximar.

— Menina, você está mais pálida do que um fantasma — murmurou em tom baixo, pegando a sua mão com delicadeza. — O que foi?

Cecília hesitou. Não sabia como colocar em palavras aquele tumulto de emoções. A presença de Max a desestabilizava de um jeito que ela não queria — não podia — admitir.

— Estou bem — mentiu, desviando o olhar para o avental imaculado de Dona Ivone. — Apenas cansada.

— Ah, não me engana, Cecília. Conheço você desde que usava laços no cabelo. Tem algo lhe incomodando, e não é só cansaço.

O calor subiu ao seu rosto
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