26. Na escuridão dos becos do Rio de Janeiro

O sol começava a descer lentamente no horizonte, tingindo o céu do Rio de Janeiro com tons de âmbar e escarlate. A tarde quente e abafada parecia deixar tudo mais lento – menos os pensamentos de Max. Eles giravam, incessantes, em torno de uma mulher que ele não podia – não deveria – desejar.

Max recostou-se na cadeira de madeira gasta do botequim, os ombros rígidos sob a camisa amassada. Álvaro, por outro lado, estava à vontade como sempre, os olhos brilhando com um prazer malicioso enquanto acendia um charuto cubano, o gesto calculado e quase insolente.

— O que você realmente quer com tudo isso, Monteiro de Alcântara? — Max perguntou, deixando o cansaço transparecer na voz.

— Já disse, quero ajudar um futuro membro da família a… aliviar as tensões. — Álvaro riu, soltando uma baforada preguiçosa de fumaça doce. — Mas se está perguntando o que eu ganho com isso… Bem, confesso que há algo de fascinante em observar um homem tentando fugir de algo que já o consumiu inteiro.

O olhar de
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