25. Os contrastes do Brasil

Enquanto a conversa na sala de costura se dispersava, Cecília afastou-se sob o pretexto de buscar um livro na biblioteca. Mas, na verdade, ela precisava respirar — e, talvez, escapar da pressão sufocante das expectativas familiares.

As janelas do casarão se abriam para um cenário deslumbrante: o Vale do Paraíba, com suas colinas cobertas de plantações de café que se estendiam até onde a vista alcançava. Os Vieira de Sá e os Monteiro de Alcântara estavam entre as famílias mais influentes da região, cujas fortunas haviam sido erguidas pelo ouro negro, como muitos chamavam o café.

O Brasil, naquela época, era uma terra de contrastes fascinantes. Enquanto as elites rurais viviam em casarões majestosos como o seu, o Rio de Janeiro florescia como a capital do Império — uma cidade vibrante, onde o luxo dos salões aristocráticos convivia com o burburinho dos mercados e o cheiro salgado que vinha do porto. Navios chegavam e partiam carregados de café, açúcar e outras riquezas que sustentavam
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