20. Os pecados e prazeres do Rio de Janeiro

Max se afastou do salão assim que os aplausos diminuíram, o som abafado da festa ficando para trás enquanto ele cruzava os corredores luxuosos da casa dos Vieira de Sá. O gosto amargo da frustração ainda queimava em sua garganta, mais forte que o vinho que esvaziara em um único gole.

A imagem de Cecília em um vestido claro, os olhos brilhando — não pelo noivado, mas pelo desejo que tentava sufocar — o perseguia como um fantasma. Maldição. Ele precisava sair dali antes que fizesse algo que não poderia desfazer.

— Parece que alguém não está no clima de celebrar.

A voz arrastada e divertida o fez parar. Max se virou e encontrou Álvaro Monteiro de Alcântara encostado preguiçosamente no batente da porta de um dos salões menores. Com o copo de uísque em mãos, os cabelos castanhos impecavelmente penteados e o sorriso insolente de quem já viu (e fez) coisas que os outros nem ousavam imaginar, Álvaro exalava uma despreocupação irritante.

— Nunca fui de grandes celebrações, — Max respondeu,
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