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Paro por um instante de passar os dedos pelas coisas empoeiradas. Bem aqui! A voz murmura e encaro a caixa retangular entralhada em madeira envelhecida com uma fechadura pequena – uma lua e um sol juntos, se completando, decorando-a e protegendo-a de fadas como eu. Ferro. Frio e cortante que anseia por meu toque, para me ferir. Recuo a mão e me volto para o mortal, ainda detrás do móvel alto com um vaso de flores na ponta e um equipamento em bronze com números e gavetas na outra. Há uma tela fina e mais letras pressionáveis em um estreito retângulo preto debaixo dela.

— Acredito que tenha. – Indico a caixa na terceira prateleira na altura dos meus braços. — Pode pegá-la para mim?

— Quer mesmo que eu venda isso para alguém como...

Eu? – Completo sua frase e falho em conter outro riso. Me aproximo do balcão em passos pequenos e intimidadores, os saltos estalam pelos tacos do chão e a blusa preta em tecido mousseli

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