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Duvessa

Posso ficar dias os observando andando pelas ruas e vivendo suas vidinhas normais. Humanos. Não passam de fantoches para mim, bonecas com cordas que puxo quando tenho vontade para os obrigar a seguir minhas ordens, ou pela simples e pura diversão de ver em seus rostos o pavor e o medo. Balanço a taça de cristal em meus dedos enquanto olho pela janela enorme de vidro. Uma parede inteira coberta por vidro e cortinas com vista do alto, para a cidade, o centro e os canais, no último andar de um prédio recém construído e inaugurado pelos mortais. Escolher um lugar para ficar pelos dias em que permaneço nesse mundo medíocre foi fácil e me certifiquei de que fosse bem debaixo dos narizes de todos eles. Afinal, o melhor esconderijo é diante dos olhos que te caçam.

O liquido arroxeado desce queimando e esquenta meu corpo com sabor c

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