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Estou deslizando o dedo pela borda da xícara desde que terminara meu café, um tique nervoso expressando a necessidade de precisar fazer algo para distrair, mesmo que quase nada, uma mente perturbada quando o assunto é sério e o venho evitando por vários dias. Nos calamos, mas mantemos os olhos fixos um no outro e mesmo com a pressão intensa vindas do mortal, é como se um peso saísse dos meus ombros. Agora ele sabe. Ele sabe e ainda está aqui.

Vozes baixas e irritantes se evidenciam pelo ambiente, direto da mesa das garotas jovens, com corpos lindos, cabelos sedosos e roupas de grife. A mesa contém restos de saladas e garrafinhas de água vazias. Uma delas pedira um suco e obviamente mal o está bebendo, já que o nível de bebida – visível pelo vidro do copo – continua o mesmo. Pedir coisas, apenas por pedir, por ser uma adolescente com problemas alimentares é algo óbvio e recorrente nos últimos anos. Às vezes, a humanidade consegue ser mais escr

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