Eduardo,
Me chamo Eduardo Salles, tenho 30 anos e era pediatra em um hospital no Rio de Janeiro. Porém, tive um problema com as enfermeiras, e o caso foi tão grave que fui obrigado a vir para São Paulo. Eu amo ver as enfermeiras, principalmente as loirinhas, isso me enche de tesão. Mas parece que elas não querem apenas diversão, e sim algo mais sério, e eu não estou preparado para um relacionamento. E talvez nunca esteja, não depois do que passei na faculdade com aquela que dizia me amar. Até essa palavra "amor" me deixa enjoado. Não acredito no amor, acredito na atração física que duas pessoas sentem uma pela outra. Não tem essa de sentimentos do coração, coração é apenas um órgão, não tem sentimentos nenhum. Assim que chego na capital paulista, sou convidado a ir a uma festa do hospital. Estão chegando internos, e sempre fazem uma festa para deixá-los mais ativos. Mal sabem a correria que é ser um interno, ainda bem que já passei dessa fase, interno sofre muito. Gosto nem de lembrar. Mas pensei que a festa seria só para os médicos, mas é para o hospital todo. Enfermeiras, técnicos de enfermagem, recepcionistas, todos do Hospital Regional estão aqui. Pego um copo e saio olhando para todas as mulheres. Elas são lindas, algumas dá vontade até de casar, só para ter filhos bonitos. Me benzo, Deus me livre casamento. Mas o que me chama a atenção mesmo são as bundas. Sempre que elas se viram, tanto de lado quanto de costas para mim, eu vou avaliando com cuidado, prestando atenção nos detalhes. Cada uma tem seu formato, e eu gosto das empinadinhas, mesmo que não sejam muito grandes, mas tem que estar levantadinha. Uma me chama a atenção. Subo os olhos e vejo que a mulher é toda bonita. Seus peitos na medida, seu sorriso perfeito, seus olhos verdes contracenando com sua pele branca e seus cabelos negros. Acho que a ideia de loira ficou no passado, essa morena é perfeita. Pego uma bebida e me aproximo dela, que está conversando com uma amiga. Não interrompo a conversa, vou deixar que ela fique sozinha para me aproximar mais e conversar com ela, mas posso ouvir as duas conversando. — Você deveria se dar uma chance. Você está se passando por algo que não é. Você é maravilhosa e fica se escondendo. Opa, temos um segredo aqui, e isso me deixou curioso agora. Viro de costas para que elas não percebam que estou interessado na conversa delas. — Cala a boca! Se alguém ouvir você falando isso, vai me encher o saco. Eu sou uma enfermeira do hospital, e isso é tudo. — Anne, você... — Hum, o nome dela é Anne. Gostei. — Já chega! Se você não parar de falar, eu vou embora da festa. — Ela passa por mim, me esbarrando e deixando seu perfume me embriagar. A amiga dela passa em seguida, e as duas vão até a mesa de bebidas. Se eu tinha ficado intrigado com ela só pela sua aparência, agora estou ainda mais intrigado com esse segredo dela. Isso atiçou a minha curiosidade a um nível super elevado. Fico olhando para ela a todo momento, mas ela não fixa os olhos em mim, sempre desvia o olhar. Ah, como eu queria essa morena na minha cama hoje! Ia ser perfeito para começar no novo trabalho amanhã. Tento me aproximar dela, tento ser amigável, afinal, seremos parceiros no trabalho. Mesmo que ela seja uma enfermeira, como ela disse, pode me acompanhar nas cirurgias e me ajudar com tudo. Mas parece que tenho algum problema: sempre que encosto nela, ela se afasta, não me dando nem sequer tempo de falar um "oi", e isso já está me irritando. Decido então mudar de mulher; afinal, aqui não faltam rabos de saia. Se ela não quer, vou dar atenção a quem quer. Olho ao redor procurando por outra lindeza e vejo uma me olhando, com a taça na boca. É, essa noite eu não vou passar necessidades. Me aproximo e começamos a conversar. Poucos minutos depois, já estava levando-a para um motel que fica próximo do salão. Peço a pernoite para a atendente e seguimos para o quarto. — Você parece tão gostoso na cama. — Poderá dizer isso assim que acabarmos. Agora tira a roupa, se deita na cama e abre as pernas para mim, pois hoje vou te foder a noite toda. — Hmmm, adoro. Ela me obedece, e eu parto para cima dela, não deixando que ela escape do meu agarre. Mas o foda de tudo é que eu não consigo tirar aquela mulher da minha cabeça. Sempre que eu fecho os meus olhos, é ela que vem na minha mente. Merda, eu estou ferrado. Foi bom, mas não foi o melhor sexo da minha vida. Ela só gritava e nem sabia como rebolar no meu colo. Essa eu não repito outra noite, nem vale a pena. Saímos do motel, eu pago e a deixo em casa, depois sigo para a minha. Tomo um banho e tento relaxar um pouco, pois sei que, quando chegar ao hospital, não terei descanso. Meu primeiro plantão será à noite; tenho que estar no hospital às 19:00, então tenho o dia todo para descansar. Acordo às 18:00, me preparo e sigo para o hospital regional. Assim que chego, já sou encaminhado para a sala dos médicos. Ouço de longe alguns conversando sobre uma médica que se tornou enfermeira depois da perda de um paciente. Fico intrigado para saber quem é ela, pois, se todos os médicos fizessem isso, não existiria mais médicos no mundo todo. A mulher com quem passei a noite se aproxima de mim. Eu tento fugir, mas, como ela se porta com profissionalismo, eu também a trato da mesma forma. Ela vai me apresentando todos os andares até chegar à ala infantil, onde é a minha especialidade. — Aqui é a sua sala, doutor. Está tudo sobre a sua mesa, todos os prontuários dos pacientes que você precisa conhecer e examinar em cada quarto. Cada um está numerado com o quarto e o leito. — Como você se chama? — Luiza, pode me chamar sempre que precisar. Ela fala piscando os olhos e sai da minha sala. Espero não precisar dela, pois quero o máximo de distância possível. Depois de verificar todos os prontuários, coloco-os em ordem e vou ao quarto do primeiro paciente. Assim que entro, a minha deusa está lá, vestida de enfermeira, trocando o soro do garotinho. — Boa noite! — Falo olhando para sua bunda, já que o jaleco subiu por ela está se esticando para colocar o soro no suporte. Ela olha para trás, me pegando no Flagra.Eduardo,Examino o meu pequeno paciente, que está com bronquiolite. Ele é um menino de 3 anos e está acompanhado de sua mãe. Olho para a minha bela enfermeira, mas ela parece imune à minha beleza; como pode não me enxergar?Depois que ela coloca o soro nele, ela se aproxima de mim e me mostra o prontuário dele.— Aqui está, doutor. Já coloquei o soro, e ele acabou de sair do oxigênio. Está se recuperando bem; a mãe está fazendo a lavagem nasal a cada três horas, e ele está bem melhor.— Muito bom, esse rapazinho logo estará em casa. Enfermeira, posso falar com você lá fora? — Sim, senhor. Eu tenho mais pacientes para mostrar ao senhor.Sorrio, pois não é de paciente que quero falar com ela, e sim dela comigo, nós dois, depois que o plantão acabar. Fecho a pasta do prontuário do pequeno e sigo para fora. Ela vem atrás de mim, fechando a porta.— Pode falar, doutor Eduardo.— Te vi ontem na festa e me interessei muito por você. Você aceita sair comigo assim que o plantão terminar? El
Eduardo,Ela nega mais uma vez, e eu já não sei o que fazer para que ela aceite sair comigo. Vou parar de pegar no pé dela; isso deve estar inflando o seu ego. Entro no meu carro e sigo para o meu apartamento; já chega de humilhação. Tomo um banho e me deito para dormir. Hoje à noite, eu vou sair, vou beber e catar mulheres fora do hospital, assim eu não me prejudico novamente, igual no Rio de Janeiro.Tiro um sono até que gostoso, porque dormir durante o dia não é igual a dormir durante a noite. E até o corpo acostumar, eu fico parecendo mais cansado do que quando me deitei. Me levanto, tomo banho e me arrumo, ficando bem bonito para a minha noite de caçada. Pego meu carro e sigo para a primeira casa de shows daqui de São Paulo, a famosa Arena Show.Entro admirando o espaço; é gostoso, apesar do som alto. Dá para pegar algumas mulheres aqui. Olho para todos os lados, apaixonado pelas belas mulheres com seus vestidos curtos, onde toda hora são obrigadas a baixar, pois mostram a poupa
Anne,Minha vida toda foi estudar. Ouvia muito do meu pai que os estudos eram o que nos levaria a ter uma boa vida, e só depois que eu tivesse no conforto, pensaria em namorar, casar e ter filhos. Segui os conselhos dele, pois via o sofrimento que ele passava para me criar. Minha mãe morreu no meu parto, e ele teve que se desdobrar para cuidar de mim.Então, não queria decepcionar meu pai e segui estudando, tirando as melhores notas na escola. Nunca levei nenhuma dor de cabeça para ele, apenas orgulho. Quando terminei os estudos, participei de um concurso e ganhei uma bolsa integral na faculdade de medicina. Estudei muito e me tornei pediatra, profissão que mais admiro, pois sou apaixonada por crianças.Fui nomeada uma das melhores pediatras do país várias vezes. Os casos na minha clínica eram resolvidos facilmente, e nos diagnósticos e cirurgias, eu era a rainha da medicina. Nunca falhei e nunca perdi nenhum paciente.Mas minha vida desmoronou de um dia para o outro quando recebi a n
Anne,Passo direto, enquanto ele fica flertando com ela. Sento na minha cadeira e começo a colocar os prontuários dos pacientes em ordem. Pelo canto dos olhos, vejo-o saindo e indo atrás da enfermeira, e quando olho, vejo-o com um braço na parede e ela encostada. O clima entre os dois é de puro desejo. E eu volto minha atenção para os prontuários.Levanto-me e vou de quarto em quarto avaliar as crianças. Na volta, separo em cada gaveta os medicamentos que cada criança tem que tomar. Depois de tudo organizado, começo meu trabalho. Tinha que passar para ele, mas não vou interromper o momento romântico dele, ou ele vai achar que estou com ciúmes; aí pronto, não vai mais sair do meu pé.Depois de uma hora e meia, já mediquei todos os pacientes e volto para minha cadeira. Vejo os dois saindo do quarto dos médicos, ela com o cabelo todo bagunçado e ele fechando o zíper da calça. Balanço a cabeça, negando, e vou anotando o próximo horário das medicações que precisarão ser aplicadas.— Que mé
Eduardo, Estou fazendo a higienização das minhas mãos quando a Anne entra. Bom, pensei que era ela até olhar os olhos da enfermeira.— Cadê a Anne? — pergunto com revolta, pois foi ela quem mandei vir para cá. Anne às vezes me provoca com suas refeições.— Ela não pode vir, houve um chamado para ela e ela teve que ir, mas me mandou aqui para ajudar o senhor. — Fecho os meus olhos e tento controlar a raiva que está me consumindo por dentro. Por que ela tem tanto prazer em recusar tudo que eu peço?Sei que ela é uma enfermeira, que a maioria nem entra numa sala de cirurgia, mas as duas são enfermeiras circulantes, ou seja, fazem tudo no hospital. Fora que eu tinha chamado ela primeiro. Quando eu sair daqui, vou atrás de quem a chamou, vou falar que a Anne tem que estar à minha disposição, e não do hospital todo.Seguimos para a sala de cirurgia, onde o ambiente estava preparado com todo o cuidado e a equipe médica aguardava em posição. A tensão entre eles era grande, já que ninguém me
Eduardo, Ela fixa os olhos na enfermeira e se aproxima dela, como se eu não estivesse aqui. Anne respira e solta um suspiro, até que enfim começa a falar:— Eu... eu... estava ocupada, tenho muitos pacientes para cuidar. A Helen acompanhou o doutor e eu tive que cuidar dos pacientes sozinha. Sabe que no andar só ficam nós duas e o doutor; eles saíram e sobrou tudo para mim.— Então você ficou sozinha com os pacientes, que interessante — pergunto, e ela concorda com a cabeça. Como pode ser assim?Sorrio com a sua mentira; ela não quis entrar comigo na cirurgia e agora está se fazendo de vítima. Tanto os internos como os enfermeiros sonham com essa oportunidade de fazer parte de uma cirurgia, ainda mais na cabeça de uma criança. Mas ela parece que não liga muito para isso.— Viu, doutor, ela estava na ala infantil. Não a chamamos para cá. Talvez o senhor tenha ouvido errado, ou ela não pôde entrar por algum motivo. — Olho bem fixamente para ela, que me olha desviando o olhar.Balanço a
Eduardo,Ele sobe os olhos para mim, e eu aperto mais o seu punho, colocando toda a minha força. Já que quer medir forças com uma mulher, melhor que seja com um homem e que seja do seu tamanho.— Eu tenho certeza que o senhor não quer fazer isso, mas caso insista, eu sou obrigado a tomar providências que poderiam até mesmo me fazer perder o meu poder de exercer medicina, mas farei isso com o maior orgulho.— Eu só quero levar a minha filha embora, e essa enfermeira não está deixando. Eu sou o pai dela e sei o que é melhor para ela. Eu posso levá-la embora quando eu quiser. — ele responde frio, com raiva, tentando puxar suas mãos do meu aperto, mas eu aperto com mais força.— Não pode, como a enfermeira disse, ela está correndo risco de morte. Se você não entende isso, não está sendo um bom pai. Chame a mãe para ficar com ela como acompanhante, e saia do hospital, antes que eu chame a polícia para você, pois eu não vou assinar a alta dela e você está proibido de levá-la embora.Ele ser
Eduardo,Vou até a minha sala com o prontuário dela e começo a marcar tudo o que tem que fazer. Quero um raio-x do tórax e do rostinho, pois alguns casos o catarro fixa preso ali, e a sinusite também é um caso complicado para se tratar. Deixo marcado a administração do (remédio), para ser administrado no horário certinho que eu indicar, até quando eu voltar à noite para fazer a avaliação.Me levanto e saio da minha sala indo em busca da Anne. Entrego a ficha para ela, pois ela já deixa tudo arrumado para os próximos plantonistas. Deixo avisado que isso é de extrema importância, pois só depois de todos os resultados que vou poder avaliar melhor ela, já que parece que os plantonistas que receberam ela aqui não fizeram muita coisa.Volto no quarto do pai dela, com a Anne, para dar a primeira dose da medicação. Ela nem se quer olha para o pai, e ele fica todo sem jeito olhando para ela e para mim. Não vou obrigar ele a pedir desculpas agora, pois sei que ele quer ver a filha melhor, mas e