Anne,Quase morri de angústia quando ele me ligou. Eu mal consegui aproveitar o passeio com a Sophia, preocupada com ele lá do outro lado. Mas graças a Deus ele voltou, e voltou bem sem nenhum ferimento. Passo os olhos pelo corpo dele para ter certeza, e nem percebo que ele me pergunta sobre a Ilhabella.— Gosta daqui?— Gosto, quem não gostar é doido. Aqui é um lugar completo, tem de tudo.— Não quero voltar para São Paulo. Somos dois médicos, e tenho certeza que vamos conseguir trabalho por aqui, e se não tiver vagas, procurando em santos, mas bando comprar uma casa aqui na ilha Bella.— Você está doido? Você é chefe em são Paulo. Tem a assistente social que tem que nos vigiar, tem a babá da Sophia...— Damos um jeito em tudo isso, o importante é que estaremos longe de todos que parecem invejosos que só os querem fazer mal. Nossa casa pegou fogo, e se for para eu comprar outra, prefiro comprar aqui. Penso nas palavras dele, até penso que ele pode está ficando louco. Mas percebo qu
Anne,Eu ajeito a casa, embora ela já esteja impecável, ainda assim sinto aquela ansiedade subindo. Sei que não tenho nada a esconder e que estou cuidando da Sophia da melhor maneira possível, mas a visita da assistente social sempre me faz questionar cada mínimo detalhe.— Quer beber alguma coisa, água, suco, café ou um chá?— Por enquanto não, obrigada. — Convido-a para se sentar na sala, onde a luz natural entra pelas janelas amplas, deixando tudo mais claro. Sinto que ela observa cada canto, e a mudança para Ilhabela, pode ser que mostre um ambiente mais tranquilo para Sophia, é parte do que quero mostrar.— Imagino que a viagem tenha sido um pouco longa. — comento casualmente, tentando aliviar o clima. — Mas Sophia tem se adaptado muito bem. Ela ama a natureza, o mar, e isso tem ajudado na interação dela com o mundo ao redor.Enquanto ela anota em seu caderno, conto sobre as novas atividades da Sophia, o quanto ela se sente mais calma com a mudança e como parece ainda mais feliz.
Anne,Meu estômago dá um nó, mesmo sem saber o resultado. Ela olha mais uma vez a planilha dela e fica fazendo suspense. Odeio isso. Ela respira fundo, e começa a falar finalmente.— Depois de todas as visitas e de avaliar como você e o Eduardo têm se saído, posso dizer que vocês têm a guarda definitiva da Sophia. Vocês podem levar ela até um cartório e registrar ela no nome de vocês e com um novo sobrenome. — Olho para ela não acreditando, já enchendo os meus olhos de lágrimas.— É sério mesmo? Tipo, ela agora é nossa filha de verdade sem nenhuma restrição?— É verdade. Apensar de achar que estão mimando muito ela com tudo isso, acredito que ela mereça depois de tudo que passou. E tenho absoluta certeza que não vou encontrar outros pais melhores para ela.Um alívio toma conta de mim, e um sorriso se espalha pelo meu rosto junto com as lágrimas. Coloco a mão no rosto e começo a chorar. Sinto as mãos dela passando pelas minhas costas, e a olho.— Obrigada! Isso significa muito pra gent
Anne,Ele se levanta e fica me admirando, olhando cada parte do meu corpo como se quisesse decorar em sua mente, ou estivesse apenas me mapeando, mas sem dizer absolutamente nada. Ele pega na minha mão e me faz levantar da cama.Eduardo começa beijando minha boca, com fome, com lascívia, como se não fizesse isso a muito tempo. Ele desce dia boca pelo meu rosto, segundo para o pescoço e depois para o meu ombro.— Eu te amo tanto, que sinto até que vou morrer se não tiver você comigo.— Mas eu estou com você! — falo entre gemidos por causa do beijo que ele fica me dando no ombro e as vezes, raspando a barba aparada na minha pela.— Para sempre, Anne?— Para sempre, Eduardo! — Ele leva suas mãos até a minha bunda, e aperta com força, puxando meu corpo mais para perto do seu.Ele me senta na cama e se ajoelha, ficando rente aos meus seios. Ele passa a mão olhamos em meus olhos, e lentamente, ele se aproxima deles. Quando sua boca os alcançou, senti a quentura da sua língua em meus mamilos
Anne,Os dias vão se passando, e decidi não voltar a trabalhar por um tempo. Vou me dedicar a Sophia e ao Eduardo. Mas claro, para eu não perder a prática, Eduardo sempre me incentiva a costurar algumas frutas para não que eu não esqueça de suturar. Também fico estudando em casa, me atualizando de tudo. E o Eduardo sempre me coloca a prova sobre que procedimentos fazer em alguns casos.Um mês depois começo a me sentir estranha, como se o sonho fosse o meu maior aliado. Faço as coisas em casa obrigada, porque se fosse por mim, passaria o dia todo dormindo. Pela primeira vez, a preguiça está me dominando, e eu acredito ser por eu ter parado minha rotina.Antes trabalhava todas as noites, agora estou mais em casa, e isso, está me deixando deprimida. Tento manter a minha cabeça ocupada, mas o cansado sempre me alcança, e dou até graças a Deus quando a Sophia dorme, assim, eu posso dormir sossegada também.Mas, isso começou a afetar muito a minha vida, pois até o Eduardo começou a perceber
Eduardo,Fico feliz ao saber que ela está grávida, mas fiquei triste diante da sua reação. Anne é uma ótima mãe para a Sophia, mas sei que ela está agindo dessa forma com medo de perder.l novamente.— Ela teve uma perda, e ficou traumatizada, doutor. Ela colocou o Diu já para não acontecer isso. — Mas pelos exames ela não tem nada que a impeça de manter a gestação. Se quiser, podemos até fazer outros exames com mais detalhes, mas até aqui, não ah nada de errado com ela.— Vou conversar com ela, e assim que ela estiver mais calma, a gente voltar. Vamos atrás da mamãe, Sophie?— Herói, é o meu irmão? — balanço a cabeça concordando e Sophia sorrir. — Eba, eu falei pra mamãe que eu queria um irmão, e ela vai me dar. — Sorrio com a felicidade dela.Saímos e olho ao redor, e não a encontro em lugar nenhum. Entramos no carro e eu vou olhando para todos os lados, para ver se a encontro, mas nada, Anne parece ter sido engolida pelo mundo, ou abduzida pelos ets.Chegamos em casa e chamo pelo
Anne,Sinto as minhas pernas toda molhada, e me desespero. Me levanto e o Eduardo segura em minha mão.— Minha bolsa estourou. — Eduardo se levanta e o médico também. Sinto uma cólica no meu ventre e me debruço. — Aí, que dor!O médico se aproxima e manda eu me sentar novamente. Ele pega o telefone e liga para a emergência.— Tem que levar ela para a maternidade, não temos o suporte necessário aqui para realizar o parto. Apenas fazendo consultas e exames de rotina.— Segura em mim, Anne. — Eduardo pega minha mão e me levanta. Depois que fico em pé, ele me pega no colo. — Não precisa da ambulância, doutor, eu vou leva-la de carro.Ele fala já saindo do consultório do clínico e praticamente corre comigo em seu colo. Chegamos no carro, ele me coloca deitada no banco de trás, e liga o carro, já saindo cantando pneus. Mas, no meio do caminho o carro para de funcionar, e ele começa a bater no volante. A dor se intensifica, e eu começo a gritar mais alto.— Eu vou chamar alguém para nós leva
Anne,— Como foram muitos, eles ainda estavam fazendo as contagens da quantidade exatamente de pressos. Mas eles sabe que foi os caras da cela dele e da cela ao lado. Ele vai me ligar se reconhecer o corpo dele entre os mortos.Abraço o Dudu em meus braços já imaginando aquele louco tentando nos vingar. Olho para Sophia que não prestou atenção na nossa conversa. O celular do Eduardo toca, e ele atende rapidamente.— Olá, delegado... Sei... Obrigado por informar, vou passar para a minha esposa... Obrigado de novo. — e desliga o celular. — O corpo dele foi reconhecido. Está morto.Sinto um alívio, não que eu seja má, mas eu ia ficar paranóica de pensar que ele poderia vir para cá só para nós fazer mal. Ainda tenho a certeza que ele poderia ter salvado aquele menino, mas deixou que ele morresse, ou mesmo provocou a morte dele só para que me sentisse mal.— Agora está os no lugar certo, como eu disse, nossa vida vai ser perfeita aqui. Ninguém vai tentar nos fazer mal, e nem nos machucar.