Anne,Meu estômago dá um nó, mesmo sem saber o resultado. Ela olha mais uma vez a planilha dela e fica fazendo suspense. Odeio isso. Ela respira fundo, e começa a falar finalmente.— Depois de todas as visitas e de avaliar como você e o Eduardo têm se saído, posso dizer que vocês têm a guarda definitiva da Sophia. Vocês podem levar ela até um cartório e registrar ela no nome de vocês e com um novo sobrenome. — Olho para ela não acreditando, já enchendo os meus olhos de lágrimas.— É sério mesmo? Tipo, ela agora é nossa filha de verdade sem nenhuma restrição?— É verdade. Apensar de achar que estão mimando muito ela com tudo isso, acredito que ela mereça depois de tudo que passou. E tenho absoluta certeza que não vou encontrar outros pais melhores para ela.Um alívio toma conta de mim, e um sorriso se espalha pelo meu rosto junto com as lágrimas. Coloco a mão no rosto e começo a chorar. Sinto as mãos dela passando pelas minhas costas, e a olho.— Obrigada! Isso significa muito pra gent
Anne,Ele se levanta e fica me admirando, olhando cada parte do meu corpo como se quisesse decorar em sua mente, ou estivesse apenas me mapeando, mas sem dizer absolutamente nada. Ele pega na minha mão e me faz levantar da cama.Eduardo começa beijando minha boca, com fome, com lascívia, como se não fizesse isso a muito tempo. Ele desce dia boca pelo meu rosto, segundo para o pescoço e depois para o meu ombro.— Eu te amo tanto, que sinto até que vou morrer se não tiver você comigo.— Mas eu estou com você! — falo entre gemidos por causa do beijo que ele fica me dando no ombro e as vezes, raspando a barba aparada na minha pela.— Para sempre, Anne?— Para sempre, Eduardo! — Ele leva suas mãos até a minha bunda, e aperta com força, puxando meu corpo mais para perto do seu.Ele me senta na cama e se ajoelha, ficando rente aos meus seios. Ele passa a mão olhamos em meus olhos, e lentamente, ele se aproxima deles. Quando sua boca os alcançou, senti a quentura da sua língua em meus mamilos
Anne,Os dias vão se passando, e decidi não voltar a trabalhar por um tempo. Vou me dedicar a Sophia e ao Eduardo. Mas claro, para eu não perder a prática, Eduardo sempre me incentiva a costurar algumas frutas para não que eu não esqueça de suturar. Também fico estudando em casa, me atualizando de tudo. E o Eduardo sempre me coloca a prova sobre que procedimentos fazer em alguns casos.Um mês depois começo a me sentir estranha, como se o sonho fosse o meu maior aliado. Faço as coisas em casa obrigada, porque se fosse por mim, passaria o dia todo dormindo. Pela primeira vez, a preguiça está me dominando, e eu acredito ser por eu ter parado minha rotina.Antes trabalhava todas as noites, agora estou mais em casa, e isso, está me deixando deprimida. Tento manter a minha cabeça ocupada, mas o cansado sempre me alcança, e dou até graças a Deus quando a Sophia dorme, assim, eu posso dormir sossegada também.Mas, isso começou a afetar muito a minha vida, pois até o Eduardo começou a perceber
Eduardo,Fico feliz ao saber que ela está grávida, mas fiquei triste diante da sua reação. Anne é uma ótima mãe para a Sophia, mas sei que ela está agindo dessa forma com medo de perder.l novamente.— Ela teve uma perda, e ficou traumatizada, doutor. Ela colocou o Diu já para não acontecer isso. — Mas pelos exames ela não tem nada que a impeça de manter a gestação. Se quiser, podemos até fazer outros exames com mais detalhes, mas até aqui, não ah nada de errado com ela.— Vou conversar com ela, e assim que ela estiver mais calma, a gente voltar. Vamos atrás da mamãe, Sophie?— Herói, é o meu irmão? — balanço a cabeça concordando e Sophia sorrir. — Eba, eu falei pra mamãe que eu queria um irmão, e ela vai me dar. — Sorrio com a felicidade dela.Saímos e olho ao redor, e não a encontro em lugar nenhum. Entramos no carro e eu vou olhando para todos os lados, para ver se a encontro, mas nada, Anne parece ter sido engolida pelo mundo, ou abduzida pelos ets.Chegamos em casa e chamo pelo
Anne,Sinto as minhas pernas toda molhada, e me desespero. Me levanto e o Eduardo segura em minha mão.— Minha bolsa estourou. — Eduardo se levanta e o médico também. Sinto uma cólica no meu ventre e me debruço. — Aí, que dor!O médico se aproxima e manda eu me sentar novamente. Ele pega o telefone e liga para a emergência.— Tem que levar ela para a maternidade, não temos o suporte necessário aqui para realizar o parto. Apenas fazendo consultas e exames de rotina.— Segura em mim, Anne. — Eduardo pega minha mão e me levanta. Depois que fico em pé, ele me pega no colo. — Não precisa da ambulância, doutor, eu vou leva-la de carro.Ele fala já saindo do consultório do clínico e praticamente corre comigo em seu colo. Chegamos no carro, ele me coloca deitada no banco de trás, e liga o carro, já saindo cantando pneus. Mas, no meio do caminho o carro para de funcionar, e ele começa a bater no volante. A dor se intensifica, e eu começo a gritar mais alto.— Eu vou chamar alguém para nós leva
Anne,— Como foram muitos, eles ainda estavam fazendo as contagens da quantidade exatamente de pressos. Mas eles sabe que foi os caras da cela dele e da cela ao lado. Ele vai me ligar se reconhecer o corpo dele entre os mortos.Abraço o Dudu em meus braços já imaginando aquele louco tentando nos vingar. Olho para Sophia que não prestou atenção na nossa conversa. O celular do Eduardo toca, e ele atende rapidamente.— Olá, delegado... Sei... Obrigado por informar, vou passar para a minha esposa... Obrigado de novo. — e desliga o celular. — O corpo dele foi reconhecido. Está morto.Sinto um alívio, não que eu seja má, mas eu ia ficar paranóica de pensar que ele poderia vir para cá só para nós fazer mal. Ainda tenho a certeza que ele poderia ter salvado aquele menino, mas deixou que ele morresse, ou mesmo provocou a morte dele só para que me sentisse mal.— Agora está os no lugar certo, como eu disse, nossa vida vai ser perfeita aqui. Ninguém vai tentar nos fazer mal, e nem nos machucar.
Eduardo,Me chamo Eduardo Salles, tenho 30 anos e era pediatra em um hospital no Rio de Janeiro. Porém, tive um problema com as enfermeiras, e o caso foi tão grave que fui obrigado a vir para São Paulo. Eu amo ver as enfermeiras, principalmente as loirinhas, isso me enche de tesão. Mas parece que elas não querem apenas diversão, e sim algo mais sério, e eu não estou preparado para um relacionamento.E talvez nunca esteja, não depois do que passei na faculdade com aquela que dizia me amar. Até essa palavra "amor" me deixa enjoado. Não acredito no amor, acredito na atração física que duas pessoas sentem uma pela outra. Não tem essa de sentimentos do coração, coração é apenas um órgão, não tem sentimentos nenhum.Assim que chego na capital paulista, sou convidado a ir a uma festa do hospital. Estão chegando internos, e sempre fazem uma festa para deixá-los mais ativos. Mal sabem a correria que é ser um interno, ainda bem que já passei dessa fase, interno sofre muito. Gosto nem de lembrar
Eduardo,Examino o meu pequeno paciente, que está com bronquiolite. Ele é um menino de 3 anos e está acompanhado de sua mãe. Olho para a minha bela enfermeira, mas ela parece imune à minha beleza; como pode não me enxergar?Depois que ela coloca o soro nele, ela se aproxima de mim e me mostra o prontuário dele.— Aqui está, doutor. Já coloquei o soro, e ele acabou de sair do oxigênio. Está se recuperando bem; a mãe está fazendo a lavagem nasal a cada três horas, e ele está bem melhor.— Muito bom, esse rapazinho logo estará em casa. Enfermeira, posso falar com você lá fora? — Sim, senhor. Eu tenho mais pacientes para mostrar ao senhor.Sorrio, pois não é de paciente que quero falar com ela, e sim dela comigo, nós dois, depois que o plantão acabar. Fecho a pasta do prontuário do pequeno e sigo para fora. Ela vem atrás de mim, fechando a porta.— Pode falar, doutor Eduardo.— Te vi ontem na festa e me interessei muito por você. Você aceita sair comigo assim que o plantão terminar? El