Capítulo 7

Eduardo,

Ela fixa os olhos na enfermeira e se aproxima dela, como se eu não estivesse aqui. Anne respira e solta um suspiro, até que enfim começa a falar:

— Eu... eu... estava ocupada, tenho muitos pacientes para cuidar. A Helen acompanhou o doutor e eu tive que cuidar dos pacientes sozinha. Sabe que no andar só ficam nós duas e o doutor; eles saíram e sobrou tudo para mim.

— Então você ficou sozinha com os pacientes, que interessante — pergunto, e ela concorda com a cabeça. Como pode ser assim?

Sorrio com a sua mentira; ela não quis entrar comigo na cirurgia e agora está se fazendo de vítima. Tanto os internos como os enfermeiros sonham com essa oportunidade de fazer parte de uma cirurgia, ainda mais na cabeça de uma criança. Mas ela parece que não liga muito para isso.

— Viu, doutor, ela estava na ala infantil. Não a chamamos para cá. Talvez o senhor tenha ouvido errado, ou ela não pôde entrar por algum motivo. — Olho bem fixamente para ela, que me olha desviando o olhar.

Balanço a
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