''Estou em um pesadelo sem fim'' vivendo novamente a mesma dor, a dor de perder um ente querido. Olho para a pequena janela, obverso a tempestade que cai lá fora, o clima diz muito sobre como sentindo hoje, é como se eu fosse a própria tempestade.
Mas não posso me dá ao luxo de ficar parada apenas observando a chuva cair, tenho algo muito importante para fazer, com esse pensamento levanto-me de supetão me pondo de pé.
- Vamos Lia, você precisa fazer isso - digo a mim mesma.
Com suspiro melancólico, arrasto-me para o banheiro, demoro além do normal, olho-me no espelho, meus olhos inchados, o azul que antes era reluzente hoje não passa de duas esferas opacas sem brilho algum.
Hoje enterro meu último familiar, a última pessoa que tinha nesse mundão de Deus. Meu coração tá destruído, encaro o caixão fechado, e me b**e um ódio tão grande, como pode uma pessoa pode ser tão cruel a ponto de matar uma senhorinha ja na casa dos 80 anos. Foi exaltamente isso o que aconteceu, ontem após o último dia de aula ao chegar em casa encontrei minha avó jogada em um poça de sangue dentro de casa, aquela cena de horror vem a todo momento em minha cabeça, não consigo segurar as lágrimas.
''O que será de mim meu Deus?'' pergunto-me em silêncio. Nesse momento o delegado da pequena cidade onde nasci e cresci se aproxima.
- Senhorita Ventura, podemos falar? - apenas assinto, levanto-me e o acompanho, a igrejinha da praça há poucas pessoas, alguns conhecidos outros não, porém todos me olham com piedade.
- Sinto muito pela sua perda - lamenta - e você pode ter certeza que esse crime não ficará impune - balanço a cabeça em concordância, não acreditando, pois no Brasil nada se faz - você pode me dizer se dona Livia sofria alguma ameaça? - olho para o delegado tentando entender o que ele quer dizer.
- Desculpe delegado, mas hoje, nesse momento a única coisa que quero fazer, é sentar naquele banco ali - aponto para o banco ao lado do caixão - e ficar ao lado da minha única familia o máximo de tempo que eu puder, antes de deixá-la debaixo de sete palmos - digo deixando as lágrimas cairem a vontande - então por favor amanhã eu respondo tudo o que o senhor quiser, mas hoje... - calo-me e volto para o banco ao lado do caixão de minha vozinha.
Muitas pessoas me consolam, outras apenas me olham com pena, imaginam '' como essa menina vai ficar? ou meu Deus tadinha, já havia perdido os pais ainda criança, agora a avó'' também me faço essa pergunta, pois não tenho coragem de entrar naquela casa, não mais, não depois da cena que encontrei ao entrar ali.
As 15:00 horas o caixão é colocado naquele buraco, o céu está desabando, assim como meu mundo.
- Menina você já pode ir - o coveiro diz com a pá na mão - já, já termino aqui, vá a chuva está muito forte - diz e apesar do local está coberto por uma espécie de lona, ainda assim aguá invade o local.
- Não... só saio quando você terminar - digo e o coveiro me olha feio e continua sua peregrinação.
Alguns minutos depois, o senhor com cara de mal fecha o buraco e se vai. E eu? continuo ali olhando fixamente para o buraco agora fechado.
- Vozinha - respiro fundo, tentando conter as lágrimas em vão - agora você está junto a meus pais né, promete cuidar de mim, promete - cai de joelhos no chão de barro - também prometo que jamais esquecerei você, prometo me cuidar, prometa lhe dá muito orgulho - meu coração dói, dói tanto que quase não consigo respirar, dói tanto que chegar a ponto de apagar.
Levo um susto ao acordar no hospital e o delegado está dormindo de mal jeito em uma cadeira de plástico. Ele percebe que acordei.
- Não se levante, calma, vou chamar alguém - então sai em buscar de alguém - Aqui ela acordou.
- Oi senhorita Ventura, como se sente? - um homem, possivelmente o médico pergunta.
- Bem - respondo.
- Lembra de algo?
- Apenas de estar no cemitério.
- Ok, bom senhorita Ventura, você foi chegou desmaiada depois se sofrer o que chamamos de cardiopatia de Takotsubo, a sindrome do coração partido. Essa patologia deixa o coração mais fraco e é muito observada em quem passa por uma fase de luto, e foi isso que aconteceu com você - ouço tudo atentamente.
- Mas agora estou bem? - pergunto com certa preocupação.
- Sim, mas vamos observar essas dores e palpitaçoes ok?
- Ok, já posso ir?
- Só um momento - diz e sai... minutos depois volta - preciso que um maior de idade assine sua alta, pois verificamos que você ainda é menor de idade.
- Mas sou emancipada desde os 15 anos - digo e ele olha para o delegado, que já havia até esquecido que estava ali.
- Ok, a senhorita está liberada, precisando voltar daqui a 15 dias para uma nova avaliação.
- OK.
Levanto-me da cama com ajuda do delegado, meu corpo inteiro dói.
- Está bem mesmo mocinha? - o delegado pergunta em forma de repreensão, balanço a cabeça em confirmação.
A claridade do dia ensolado me recepciona na porta de saída, o delegado sai andando na frente e ao perceber que fiquei parada na porta volta.
- O que foi? - pergunta confuso - vamos vou te deixar em casa - diz e permaneço no mesmo lugar.
- Não, me deixe no hotel do centro por favor - digo e ele parece mais confuso ainda - hotel?
- Sim - respondo e abaixo a cabeça, acho que ele entendeu, pois apenas diz.
- Ok.
O sigo até seu carro, e em poucos minutos estamos no centro da cidade, na pensão pitoresta de dona Flor. Ele conversar por alguns instantes com ela, que assente em seguida.
- Aqui a chave - diz me entregando um chave antiga.
- Sinto muito - dona Flor diz, apenas assinto.
Ela e o delegado me levam até o quarto, não tenho malas, não tenho nada além da minha dor.
- Menina se deita um pouco, vou preparar um sopa quentinha pra você - como sempre apenas assinto, não tenho vontade nenhuma de dialogar. Dona flor se vai, deixamos apenas eu o delegado no quarto.
- Eu sei que você está muito cansada, mas preciso que responda alguém perguntas pode ser?
- Ok.
- O que você fez aquele dia? - pergunta pegando um bloco de notas e uma caneta, eu sei que isso é apenas praxe, respiro fundo e começo narrar meus passos naquele dia.
-''Acordei cedo como de costume, fiz minha higiene matinal como de rotina, desci para tomar café com minha avó, ela me fez a mesma surpresa de todo ano, cantou parabéns comigo, pois era meu aniversário de 17 anos, me fez fazer um pedido ao soprar a velhinha - paro por um momento para respirar e tentar inultilmente secar as lágrimas - tomamos café e segui para a escola, aquele dia era meu último dia de aula, estava me formando no ensino médio, estava feliz, pois agora poderia passar mais tempo com minha avó, estávamos fazendo planos de ir ao Rio de Janeiro passar as férias lá, ela queria ver o mar, mas não deu tempo - soluço.
- Ouve algo estranho esses dias ou recetemente? - paro pra pensar.
- Não, tudo estava normal, minha avó não tinha inimigo, todos a conheciam e a amavam - digo, então me lembro de algo e pulo da cama, deixando o delegado assustado - teve sim algo estranho, meses atrás, mas já faz muito tempo, não sei se tem algo haver, mas foi a única coisa estranha que aconteceu.
- O que aconteceu?
- Em meados do mês de junho, um homem bateu em nosso portão, pergutando se a propriedade estava a venda, minha avó que o recebeu disse que não e homem assentiu e foi embora, até ai tudo bem, só que dias depois ele voltou novamente insistindo, minha avó mais uma vez disse que a propriedade não estava a venda e o homem ainda tentou uma última vez fazer uma proposta, o que era estranho era o valor hesorbitante, muito mais do que realmente valia o terreno - o delegado escreve tudo assentido.
- Ok senhorita Ventura - o corto.
- Me chame apenas de Lia.
- Sim, Lia como já havia lhe dito antes, esse crime não ficará impune, eu mesmo vou tratar de investigar esse suspeito.
- Obrigada delegado - agradeço de coração mesmo - posso lhe pedir uma coisa.
- Sim filha.
- O senhor poderia ir até minha casa e pegar algumas roupas e meus documentos, ainda não consigo entrar lá.
- Entendo, sim, posso sim, nesse momento a pericia ainda está catalogando tudo, assim que terminar, trago suas coisas.
E foi assim que minha vida virou de cabeça para baixo, pois o assassinato de minha avó era apenas a ponta de um grande iceberg que o delegado Tavares iria descobrir. Uma quadrilha especializade em assassinar donos de propriedades na qual eles encontravam algum tipo de minério, para então se apropriar dessas propriedades.
Dias depois... Dias depois que perder meu pilar, minha vida ainda se encontra em grangalhos, ainda não conseguir entrar em casa, mesmo tendo dona Flor e o delegado Tavares ao meu lado, não consigo entrar, não consigo nem chegar perto de lá, o delegado ainda não descobriu nada sobre o homem que ofereceu proposta de compra do sítio, segundo ele, esse homem deve ter alguma ligação com o assassinato de minha avó e se realmente ele estiver certo, em algum momento ele aparecerá com uma nova proposta. Seguindo esse rumo, ele realmente deve está certo, a casa já está limpa, doei todos os movéis, inclusive os animais, alguns fazendeiros não quiseram aceitar e sim comprar, segundo eles não era justo comigo e o dinheiro poderia me ajudar. Aceitei, mas por que eles insistiram muito, mesmo dizendo que tinha uma poupança razóavel, ainda assim eles se dividiram e compraram todos os animais. Decidir que essa cidade não me cabe mais, não há mais nada para mim aqui, prometi a minha avó que iria me cu
Acaricio a pele macia, tão macia que parece mais algodão, a mulher esparramada em minha cama geme manhosa, era só o que bastava para começar tudo de novo, me deleitei nesse corpo bronzeado a noite inteira, mas para mim nunca é demais. Olho para a mulher nua jogada em minha cama, e nego com a cabeça, já vi esse truque muitas e muitas vezes, ''comigo não gatinha'' rio internamente. Ela se remexe na cama percebendo que sua partida está próxima. - Lucca... - chamou-me, apenas lhe dirijo um olhar frio através do espelho, nesse momento a vejo tremer - já entendi - diz ao se levantar. Não sou um cafajeste como dizem por aí, a mulher para estar na minha cama, sabe muito bem que é apenas sexo, não espere bombons e flores ou um pedido de casamento no dia seguinte. Já tive muitos problemas com mulheres que acham que o fato de estarem na minha cama lhe o direito ou o poder sobre mim, por isso deixo bem claro que para estar na minha cama tem que está ciente que é apenas uma noite. Coloco a últi
Natal chegou e nada me traz mais melancólia do que está data, o hostel está uma festa só, risadas para todos os lados, Carol me convidou para a ceia em sua casa, porém recusei, não estou com clima para festividades, ela insistiu achando estranho o motivo de minha tristeza, não queria ter que explicar nada a ninguém, no entando, Carol se tornou em pouco tempo uma amiga querida, então abri minha vida a ela, que ficou chocada com toda minha desgraça.Agora estou aqui na praia sem rumo, estou arrumada, alguns homens me viram sozinhas e se aproximaram, mas não dei confiança, quando recusei o convite de Carol para passar o natal com sua familia, ela imediatamente disse que até poderia não ir com ela, entretanto, não ficaria sozinha naquele quarto, em poucos minutos a maluca volta com um micro-vestido, um salto graças a Deus não muito alto e uma bolsa que combinou perfeitamente com o vestido, apesar de, não termos a mesma estatura corpal, pois Carol é magrinha porém linda, eu já sou como diz
O ar prende nos meus pulmões, nunca fui um cara de me impressionar com beleza, sempre tive ao meu alcançe todos os tipos de mulheres, modelos, atrizes, mulheres lindas, mas essa que acaba de entrar, que monopolizou minha atenção, a bela mulher desfila pelo ambiente parecendo deslocada, é evidente que ela não pertence a esse tipo de local. - Oi gato, sozinho? - uma linda loiro pergunta ao sentar-se ao meu lado, ainda com os olhos na linda mulher que acabara de entrar a respondo. - Agora não mais - a loira entende e se vai. Observo melhor a mulher que chamou minha atenção, agora mais próxima a mim, não tão próximo quanto gostaria, no entanto próximo o suficiente para admirá-la melhor. Meus olhos não conseguem desprender dela, a roupa que está usando está me deixando louco, a mulher é um verdadeiro espetáculo, nunca fui um cara de me surpreender com beleza, pois sempre tive a minha disposição as mais belas, mas essa aqui, há algo diferente nela, ela sente que está sendo observada, olh
Respiro com dificuldade, ofego desejosa, nunca imaginei que transar seria deliosamente bom, apesar de um começo quase desastroso, pois por um momento achei que Lucca não fosse me querer pelo fato de ser virgem, mas no entanto, não apenas me quis como repetiu várias vezes. Minhas partes íntimas estão em frangalhos, a ardente latente neste lugar está quase insuportável.Levanto-me devagar para não acordar o pelo espécime masculino que se encontra apagado neste momento, o movimento de andar faz com que a ardência se intensifique. Caminho até o enorme banheiro, tomo uma ducha rápida, procuro por minha roupa e não a encontro.- Droga onde você está vestido? - sussuro para mim mesma, não tenho sorte.Procuro por algo que posso vestir, encontro o closet, pego uma box e uma blusa, enrolo a manga e saio a procura de minha bolsa, a encontro na mesinha ao lado da cama, com o todo eu movimento o homem se remexe, porém não acorda e agradeço aos ceús por isso.Com cuidado, saio sem me despedir, eu
Há exatamente 30 dias me pergunto que porra tá acontecendo comigo, desde que voltei do Brasil aquela feitiçeira não sai da minha cabeça. - Senhor, sua mãe lhe aguarda em sua sala - Jacob avisa assim que a reunião termina. - Ok. Levanta-me sem pressa, ajeito o palitó, e ando com a lentidão de uma tartaruga, antes de entrar na sala respiro fundo, pois tenho certeza que ela não está sozinha. - Enfim meu filho - diz assim que passo pela porta - pensei que iria me deixar o dia todo a sua espera - diz dramática. - Tenho trabalho a fazer - digo irritado. - Isso não é desculpa para deixa sua mãe e uma convidada esperando - diz e só ai me dou conta de ter outra pessoa na sala. - Diga logo o que quer. - Meu filho que modo são esses? - apenas lhe dou um olhar frio e ela torce o nariz, minha acha que me domina. - Se a senhora não tem o que fazer, eu tenho - ela estreita os olhos. - Lucca meu filho - minha mãe sabe ser dissimulada - só que um pouco de sua atenção, será que é pedir muito
Minha visão escure, minha cabeça grira, a bile arde na garganta.- Meu Deus o que está acontecendo - sussuro para mim mesma, sentada com a cara enfiada na privada da faculdade.Respiro fundo fechando os olhos com força.- Lia está tudo? - Letícia bate na porta e pergunta preocupada.Letícia é a única amiga que fiz nesses primeiros três meses de faculdades, ela percebeu que não estava bem durante a segunda aula.- Lia, amiga!- Tô bem - pelo menos ainda tô viva.Saio com certa dificuldade, Letícia me ajuda a chegar até a pia, lavo o rosto agora sem cor.- Amiga você está pálida - constata Letícia.- Acho que devo estar doente, devo ter comido algo estragado só pode - digo mais para mim mesma do que para Letícia, ela me dá um olhar estranho - o que foi? - indago.- Amiga posso ser sincera com você?- Claro que pode, ué!- Ok, vamos lá... - ela faz uma pausa meio dramática.- Fala Letícia, o que é.- Calma vou falar.- Então para de enrolação e diz logo o que se passa nessa cabeçinha.-
- Senhor seus dentes estão em perfeito estado, não há presença de cárie, o raio x mostra que não qualquer tipo de inflação na raiz, entendo o motivo de dor - explica o cirurgião odontológico.- Se você que é o especialista não consegue explicar o motivo desse dente estar doendo tanto e por tanto tempo, quem mais poderá me dá essa explicação? - indago irritado.- Sinceramente não sei senhor Matarazzo.- Incompetente!Saio batendo a porta. Estou muito irritado e com dor de dente, o que me deixa mais irritado ainda.- Senhor, achei outro especialista, esse é bem conceituado no meio - Marcus o assistente que ficou no lugar de Jacob após ele ser promovido à meu vice-presidente.- Horário?- Ele já lhe aguarda.- Ok.No caminho para o consultório do mal médico, tomo um analgésico, na verdade tomo dois comprido, e espero que faça efeito, essa dor é quase insulportável, fecho os olhos e encosto no banco, aos poucos sinto aliviar, porém não, apenas fica moderada.- Chegamos senhor - Marcus avi