Vejo o olhar desesperado de Hanter, ou é apenas o reflexo do meu, o medo iminente invade minha alma, junto ao medo vem a dor da contração cada mais forte.- Segure-se - pede Hanter.Seguro-me o mais forte que consigo, trinco os dentes quando a contração vem e permanece por longos segundos, o carro que nos persegue nos alcança e bate, por milésimos de segundos nosso carro capota, levo as mão a barriga tentando proteger de alguma forma Ava, bato a cabeça e desmaio.MARCELASinto a euforia plena ao ver o carro capotando, acompanho tudo em tempo real através das câmeras instaladas nos carros.- Isso mosca morta poupa meu trabalho e morre - vibro.Logo recebo a ligação.- Ela ainda está viva - diz o homem do outro lado da linha.- Livre-se dela - comando.- Sim senhora.- Quanto ao segurança? - pergunta.- Questão de minutos - afirma.- Ótimo.Digo e desligo, pelas câmeras vejo o momento em que Lia é jogada de qualquer jeito na van, me dou por satisfeita e vou tomar um longo banho, no cami
Vermount.Olho para o teto, lágrimas descem pelo meu rosto, levo minhas mãos a barriga e choro.- Minha filha - lamento.A senhora se aproxima e segura minha mão, seus olhos piedosos vão para o marido Harrys e o médico.- Queremos ajudar você - diz - o médico precisa examinar o corte - apenas assinto.Então o médico se aproxima, levanto a coberta e mostro o local, ele examina.- Vou aperta de leve sua barriga ok? - balanço a cabeça confirmando.Fecho os olhos perante a dor.- Posso ver as mamas - pede e mostro os seios que estão pedrados de leite - Mary prepare compressas mornas, precismos tirar esse leite.Mary vai fazer o que o doutor pediu e seu marido fica observando.- Lembra de algo? - pergunta.- De tudo - digo.- Você foi vitima de tráfico humano?- Não - respiro fundo e começo a relatar - me chamo Lia Ventura Matarazzo, sou esposa, mãe - lágrimas caem - estava indo para o hospital, minha bolsa havia estourado, mas no caminho nosso carro foi emboscado, ele capotou algumas veze
Ando de uma lado para outro.- Porraaa - grito - acham-a - imploro desesperado.Estou há dias sem dormir, sem comer, completamente desesperado, minha mulher está desaparecida, não há o menor sinal de onde ela possa estar. Cogitaram a ideia de ela estar morta, mas se não há corpo, há esperança. Há uma grande mobilização para encontrá-la, Marcela aquela desgraçada conseguiu fugir, felizmente ela teve a decência de deixar Amber para trás.- Senhor, alguns homens de Marcela foi visto em Vermount - Gabriel avisa.- Jacob, peça para prepararem o jato - digo ao pegar o casaco e sair de minha sala na empresa.- Ok.No caminho para o aparmento nos qual estamos no momento, aviso Ana que estou indo para Vermount, antes passo no hospital, Hanter está em coma, sofreu traumatismo craniano, quebrou várias partes do corpo, ele está lutando pela vida.- Senhor - um dos seguranças diz.Deixei seguranças por todo o hospital, Marcela está foragida e ainda é uma ameaça e muito perigosa, ainda mais agora q
Ouvimos o primeiro disparo, Harrys rapidamente corre para a escada, aperta o botão e pede para mim e Mary entrarmos depressa, Mary entra relutante, ela quer lutar junto ao marido, Lucca está próximo a janela.- Desligue tudo - pede Harrys, Smith corre e sai desligando tudo.- Tome cuidado - pede Mary ao marido.Lucca se aproxima e me beija.- Não se preocupe - diz e Harrys abaixa a escada.Mary e eu sentamos e observamos pela câmera.- Vai ficar tudo bem filha - diz ao apertar minha mão.Vejo Lucca na janela observando o movimento, Harrys passa uma arma para ele, eles conversam sobre algo e cada um vai para um lado.- O que eles estão fazendo? - pergunto mais para mim mesma.Vemos outras pessos na casa, eles conversam com Lucca que está na sala, onde a câmera fica. É aterrorizante não poder fazer nada para ajudar, a cesariana mal feita ainda dói bastante, meus seios estão cheios e doloridos, o fato de ter batido com a cabeça durante o capotamento do carro dói cada vez mais, nesse mome
Meu desespero chega ao último nível.- Amor - chamo-a fazendo compressão em seu peito - Lia.Presto os primeiros socorros.- Preparem-se para a aterrissagem - pede o piloto da cabine.- Senhor, o senhor precisa sentar e aperta o sinto - a comissária de borbo avisa, lhe dou um olhar frio.- Vamos princesa - digo o continuar tentando fazer Lia voltar.Minha esposa está sem sinal algum há três minutos, sinto um impacto do pouso, e mesmo assim não paro,- Amor - peço a essa altura chorando.Ver minha esposa com os lábios roxos.Abram a porta e peçam para correr - grito.Demora demais, o socorro chegar, quando conseguem subir, eles me olham e pedem para afastar.- Senhor precisar se afastar, deixe-nos fazer nosso trabalho.Sinto alguém me puxar, olho para cima e Jacob me puxa.Ainda no avião vejo os paramédicos fazem a massagem cardíaca em Lia, um homem trás o desfribilador, e pede para se afastarem.- Duzentos - diz, e libera a descarga.- Trezentos - diz novamente, descarrega para em seg
O RESGATE DE AVAChego em Hamptons e o FBI já se encontra há 1 kilometro do local, os atiradores já estão posicionados, a equipe está pronta para começar a operação, a missão é retirar Ava de lá com vida, sabemos que Lucrécia Matarazzo é louca.Com todos devidamente posicionadas é iniciada a operação resgate.- Matarazzo preciso que fiquei aqui - pede o agente.Ele só pode estar de brincadeira com minha cara, mas para evitar problemas concordo, os deixo ir e permaneço, assim que recebo uma mensagem de Enzo vou ao seu encontro.- Já mapiamos o local - diz quando me aproximo - a casa tem muitos seguranças, vai ser dificil entrar sem ser notado - avisa.- Vamos lá - digo.Achamos uma entrada, observamos que o FBI se aproxima, pulamos o muro em um ponto cego, a câmera não chega, ao longe vemos dois capangas, eles veem em nossa direção, o arbusto nos esconde, pelo olhar periférico vejo alguns agentes na casa vizinha.Sem pensar duas vezes, Enzo atira quando os dois homens chegam perto o s
LIA Ouço a voz de Lucca. - Ela é linda. Mesmo sem abrir os olhos o respondo. - Ela é linda? - sussurro. Lucca encosta sua testa a minha, abro os olhos devagar e sorrio. - Meu amor - diz e beija minha testa. - Pensou que ia se livrar de mim não é mesmo - tento brincar, Lucca não sorrir. - Nunca - diz sério. Lucca sai para chamar alguém, e volta com o médico responsável. - Como se sente? - pergunta. - Com sede, algo encomoda na garganta - digo. - É normal, pois retiramos o tubo que a ajudava a respirar a pouco tempo - explica. Lucca me entrega o copo descartável com água, enquanto o médico explica o que aconteceu comigo, passei por uma interveção cirurgica histerectomia, no caso a retirada total do útero, ele explica que esse procedimento foi feito por conta de uma hemorragia grave, ele não teve escolha a não ser tirar o orgão, fico triste pois não poderei mais ter filhos, porém o entendo. - Seu estado é estavél no momento, conseguimos achar o foco da infecção, e já foi ret
''Estou em um pesadelo sem fim'' vivendo novamente a mesma dor, a dor de perder um ente querido. Olho para a pequena janela, obverso a tempestade que cai lá fora, o clima diz muito sobre como sentindo hoje, é como se eu fosse a própria tempestade. Mas não posso me dá ao luxo de ficar parada apenas observando a chuva cair, tenho algo muito importante para fazer, com esse pensamento levanto-me de supetão me pondo de pé. - Vamos Lia, você precisa fazer isso - digo a mim mesma. Com suspiro melancólico, arrasto-me para o banheiro, demoro além do normal, olho-me no espelho, meus olhos inchados, o azul que antes era reluzente hoje não passa de duas esferas opacas sem brilho algum. Hoje enterro meu último familiar, a última pessoa que tinha nesse mundão de Deus. Meu coração tá destruído, encaro o caixão fechado, e me b**e um ódio tão grande, como pode uma pessoa pode ser tão cruel a ponto de matar uma senhorinha ja na casa dos 80 anos. Foi exaltamente isso o que aconteceu, ontem após o últ