Acaricio a pele macia, tão macia que parece mais algodão, a mulher esparramada em minha cama geme manhosa, era só o que bastava para começar tudo de novo, me deleitei nesse corpo bronzeado a noite inteira, mas para mim nunca é demais.
Olho para a mulher nua jogada em minha cama, e nego com a cabeça, já vi esse truque muitas e muitas vezes, ''comigo não gatinha'' rio internamente. Ela se remexe na cama percebendo que sua partida está próxima.
- Lucca... - chamou-me, apenas lhe dirijo um olhar frio através do espelho, nesse momento a vejo tremer - já entendi - diz ao se levantar.
Não sou um cafajeste como dizem por aí, a mulher para estar na minha cama, sabe muito bem que é apenas sexo, não espere bombons e flores ou um pedido de casamento no dia seguinte. Já tive muitos problemas com mulheres que acham que o fato de estarem na minha cama lhe o direito ou o poder sobre mim, por isso deixo bem claro que para estar na minha cama tem que está ciente que é apenas uma noite.
Coloco a última peça, meu rolex preferido, um presente de meu pai, a mulher já está vestida com cara de poucos amigos, porém ainda assim que ela tenta uma última vez, ela se aproxima, passa as unhas vermelhas na gravata e tenta me beijar, elas sabem, todas sabem que não beijo na boca.
- Poxa Lucca - diz fazendo beicinho.
- O carro já está lhe aguardando - encerro.
A mulher vira-se e ao sair b**e a porta, mesmo deixando tudo as claras, elas nunca aceitam. Dou uma última olhada no espelho e gosto muito do que vejo, coloco o óculos estilo aviador e desço, a mesa do café está posta, mesmo nunca comendo, Nira minha governanta sempre deixa a mesa farta.
- Bom dia senhor - a senhora rechochuda e de bochechas rosadas cumprimenta-me ao deixar uma xícara de café preto e sem açúcar a minha frente.
- Apenas Lucca, Nira! - a repreendo como todos os dias, ela apenas solta uma risadinha.
- Volta para o almoço? - pergunta, pois sempre almoço em casa.
- Hoje não Nira, tenho uma reunião que levará o dia inteiro.
- Ok senhor - diz e sai antes de repreendê-la novamente.
Verifico a hora e me dou conta se não sair agora vou me atrasar. Ao sair Hanter já me aguarda, o tempo está eu ruim hoje, parece que vai nevar, preciso deixar tudo certo para poder tirar minhas tão sonhadas férias, e essa reunião de hoje será primordial para que isso se concretizo logo.
- Bom dia senhor.
- Bom dia Hanter.
- A loira saiu bufando - diz e sorrio de canto.
- Quer mais do que posso dá meu caro - ele também ri, Hanter além de meu motorista e segurança, ele é um amigo de faculdade.
- Todas querem - ri e eu também.
O trajeto até o centro é tranquilo, nem parece que estamos no mês natalino, Nova Iorque a cidade que não dorme está iluminada, em pouco minutos chegamos a Lower Manhattan, onde se encontra localizada a sede da minha empresa, empresa essa que é minha vida, Indústrias Matarazzo cia.
Admiro o enorme prédio de 30 andares, ''vamos lá Lucca'' entro no prédio e todos param de respirar, não gosto que tenham medo de mim, mas sou conhecido no meio empresárial como o Lobo, atravessou meu caminho como a chapeuzinho. Sou impiedoso, frio e calculista, não é a toa que aos 29 anos tenho um patrimônio animalesco, e busco por mais, sempre quero mais.
- Bom dia senho Matarazzo - Lúcia a recepcionista cumprimenta e sorrir envergonadamente, lhe ofereço apenas um aceno de cabeça.
Meu escritório fica o último andar, e esse fato me irrita um pouco, pois demora uma vida chegar ao meu destino. Quando finalmente chega Jacob já me aguarda com a agenda na mão.
- Bom dia senhor, hoje... - o corto.
- Café - digo e logo o vejo correr.
Um minuto depois Jacob b**e na porta e entra, deixa a xícara a minha frente, dá a volta na mesa e senta-se com a agenda aberta.
- A sala de reunião está preparada e todos já lhe aguardam.
- 5 minutos - digo e ele assente já se levantando.
- Senhor seus pais estão a confirmação para o natal - estreito os olhos e jacob engole em seco.
- Não confirme nada.
- Sim senhor - e sai praticamente correndo.
Só de imaginar um tempo com minha já me dá urticária. Por favor não me entendem mal, amo meus pais, eles são o que tenho de mais precioso, mas minha mãe enche meu saco com esse negócio de casamento e filhos e sossegar o facho, me irrita em nivéis colossais. Falando na fera, meu telefone toca e ''Mãe'' aparece na tela.
- Oi mãe.
- Oi filho desnaturado - já tramatizando - não lembra mais dos pais, não liga pra mãe - diz quase chorando e eu reviro olhos.
- Mãe vou entrar em um reunião agora - ela me corta.
- Está vendo, não tem tempo nem para dá um Oi para a mãe - diz agora brava.
- Mãe, lhe vi ontem, ontem almocei com você - digo, já sentindo a dor de cabeça.
- Não foi o suficiente - diz enfática - vem para jantar hoje meu filho, Cecília está passando uma temporada aqui conosco, seria bom se... - a corto.
- Não mãe, pare - digo sério, esse era o ponto dela, um encontro com algumas das escolhidas dela - agora me deixe trabalhar.
- Ok, não falo mais nada, mas não chore no meu caixão - diz e desliga na minha cara.
O que uma coisa tem haver com a outra? minha mãe e suas loucuras. Entro na sala de reunião e todos já estão e aguardando, passo por todos e sento-me em minha cadeira, olho para todos e começo.
- Bom dia senhores, pedir essa reunião extraórdinaria para deixar tudo em seu devido lugar antes de tirar alguns dias de férias - todos arregalam os olhos, pois em 10 anos que estou a frente dessa empresa, nunca tirei férias, então a surpresa é geral - como todos sabem, não tenho uma rede de acionista, então eu decido tudo, porém tenho uma equipe de excelência e sei que em minha ausência, tudo continuará em pleno vapor, todos aqui presente sabem que são da minha inteira confiança - todos assentem - bom vamos lá, quero um resumo de como aanda todos os setores - digo e mais uma vez todos arregalam os olhos, sabendo que quero o balanço - quem será a primeiro setor a se apresentar? - pergunto e um olho para o outro - Henri - digo e meu vice presidente engole em seco, ele já sabe que descobri seu roubo, sei também que ele irá me apresentar um balanço maquiado.
- Lucca.., - engole em seco e me esntrega uma pasta, dou um sorriso de canto e verifico os papeis.
- Jacoa, o balanço - peço o balanço real e Jacob me entrega.
Nesse momento os olhos de Henri falta pular das órbitas, entrego as duas pastas a ele e ele a principio não entende e nem as outras pessoas, então levanto-me, vou até a porta onde os seguranças já estão aguardando.
- Bem para quem não está entendendo nada, vou explicar, Henri Smith meu braço direito, vice presidente desta companhia, achou que não descobriria seu roubo - digo olhando dentro de seus olhos.
- Não Lucca, espere posso explicar - ele se levanta e vem em minha direção.
- Não, não pode explicar, tudo o que você se tornou foi graças a mim, sua fortuna é graças a mim, ainda assim você ousou me roubar - digo com fúria - e não pense que vai ficar assim, você vai pagar, podem levá-lo - dou a ordem.
- Lucca, por favor... - o homem grita sendo arrastado pelo seguranças.
Todos olham a cena horrorizados.
- Quem será o próximo setor a se apresentar - digo ao sentar.
E assim foi meu dia, colocando ordem na casa antes de sair de férias rumo ao Brasil. Quase dez da noite finalizo minhas tarefas, e desço rumo ao hangar onde o jatinho particular já me aguarda, não aviso meus pai, quando souberem já estarei longe, sei que parece que estou fugindo e é bem isso mesmo.
Rio de Janeiro estou chegando.
Natal chegou e nada me traz mais melancólia do que está data, o hostel está uma festa só, risadas para todos os lados, Carol me convidou para a ceia em sua casa, porém recusei, não estou com clima para festividades, ela insistiu achando estranho o motivo de minha tristeza, não queria ter que explicar nada a ninguém, no entando, Carol se tornou em pouco tempo uma amiga querida, então abri minha vida a ela, que ficou chocada com toda minha desgraça.Agora estou aqui na praia sem rumo, estou arrumada, alguns homens me viram sozinhas e se aproximaram, mas não dei confiança, quando recusei o convite de Carol para passar o natal com sua familia, ela imediatamente disse que até poderia não ir com ela, entretanto, não ficaria sozinha naquele quarto, em poucos minutos a maluca volta com um micro-vestido, um salto graças a Deus não muito alto e uma bolsa que combinou perfeitamente com o vestido, apesar de, não termos a mesma estatura corpal, pois Carol é magrinha porém linda, eu já sou como diz
O ar prende nos meus pulmões, nunca fui um cara de me impressionar com beleza, sempre tive ao meu alcançe todos os tipos de mulheres, modelos, atrizes, mulheres lindas, mas essa que acaba de entrar, que monopolizou minha atenção, a bela mulher desfila pelo ambiente parecendo deslocada, é evidente que ela não pertence a esse tipo de local. - Oi gato, sozinho? - uma linda loiro pergunta ao sentar-se ao meu lado, ainda com os olhos na linda mulher que acabara de entrar a respondo. - Agora não mais - a loira entende e se vai. Observo melhor a mulher que chamou minha atenção, agora mais próxima a mim, não tão próximo quanto gostaria, no entanto próximo o suficiente para admirá-la melhor. Meus olhos não conseguem desprender dela, a roupa que está usando está me deixando louco, a mulher é um verdadeiro espetáculo, nunca fui um cara de me surpreender com beleza, pois sempre tive a minha disposição as mais belas, mas essa aqui, há algo diferente nela, ela sente que está sendo observada, olh
Respiro com dificuldade, ofego desejosa, nunca imaginei que transar seria deliosamente bom, apesar de um começo quase desastroso, pois por um momento achei que Lucca não fosse me querer pelo fato de ser virgem, mas no entanto, não apenas me quis como repetiu várias vezes. Minhas partes íntimas estão em frangalhos, a ardente latente neste lugar está quase insuportável.Levanto-me devagar para não acordar o pelo espécime masculino que se encontra apagado neste momento, o movimento de andar faz com que a ardência se intensifique. Caminho até o enorme banheiro, tomo uma ducha rápida, procuro por minha roupa e não a encontro.- Droga onde você está vestido? - sussuro para mim mesma, não tenho sorte.Procuro por algo que posso vestir, encontro o closet, pego uma box e uma blusa, enrolo a manga e saio a procura de minha bolsa, a encontro na mesinha ao lado da cama, com o todo eu movimento o homem se remexe, porém não acorda e agradeço aos ceús por isso.Com cuidado, saio sem me despedir, eu
Há exatamente 30 dias me pergunto que porra tá acontecendo comigo, desde que voltei do Brasil aquela feitiçeira não sai da minha cabeça. - Senhor, sua mãe lhe aguarda em sua sala - Jacob avisa assim que a reunião termina. - Ok. Levanta-me sem pressa, ajeito o palitó, e ando com a lentidão de uma tartaruga, antes de entrar na sala respiro fundo, pois tenho certeza que ela não está sozinha. - Enfim meu filho - diz assim que passo pela porta - pensei que iria me deixar o dia todo a sua espera - diz dramática. - Tenho trabalho a fazer - digo irritado. - Isso não é desculpa para deixa sua mãe e uma convidada esperando - diz e só ai me dou conta de ter outra pessoa na sala. - Diga logo o que quer. - Meu filho que modo são esses? - apenas lhe dou um olhar frio e ela torce o nariz, minha acha que me domina. - Se a senhora não tem o que fazer, eu tenho - ela estreita os olhos. - Lucca meu filho - minha mãe sabe ser dissimulada - só que um pouco de sua atenção, será que é pedir muito
Minha visão escure, minha cabeça grira, a bile arde na garganta.- Meu Deus o que está acontecendo - sussuro para mim mesma, sentada com a cara enfiada na privada da faculdade.Respiro fundo fechando os olhos com força.- Lia está tudo? - Letícia bate na porta e pergunta preocupada.Letícia é a única amiga que fiz nesses primeiros três meses de faculdades, ela percebeu que não estava bem durante a segunda aula.- Lia, amiga!- Tô bem - pelo menos ainda tô viva.Saio com certa dificuldade, Letícia me ajuda a chegar até a pia, lavo o rosto agora sem cor.- Amiga você está pálida - constata Letícia.- Acho que devo estar doente, devo ter comido algo estragado só pode - digo mais para mim mesma do que para Letícia, ela me dá um olhar estranho - o que foi? - indago.- Amiga posso ser sincera com você?- Claro que pode, ué!- Ok, vamos lá... - ela faz uma pausa meio dramática.- Fala Letícia, o que é.- Calma vou falar.- Então para de enrolação e diz logo o que se passa nessa cabeçinha.-
- Senhor seus dentes estão em perfeito estado, não há presença de cárie, o raio x mostra que não qualquer tipo de inflação na raiz, entendo o motivo de dor - explica o cirurgião odontológico.- Se você que é o especialista não consegue explicar o motivo desse dente estar doendo tanto e por tanto tempo, quem mais poderá me dá essa explicação? - indago irritado.- Sinceramente não sei senhor Matarazzo.- Incompetente!Saio batendo a porta. Estou muito irritado e com dor de dente, o que me deixa mais irritado ainda.- Senhor, achei outro especialista, esse é bem conceituado no meio - Marcus o assistente que ficou no lugar de Jacob após ele ser promovido à meu vice-presidente.- Horário?- Ele já lhe aguarda.- Ok.No caminho para o consultório do mal médico, tomo um analgésico, na verdade tomo dois comprido, e espero que faça efeito, essa dor é quase insulportável, fecho os olhos e encosto no banco, aos poucos sinto aliviar, porém não, apenas fica moderada.- Chegamos senhor - Marcus avi
- Aiiiiiiiiiiiiii - grito.- Empurra Lia, falta pouco - pede a médica.- Não consigo, não dá, não tenho mais forças - digo já por um fio.Entrei em trabalho de parto tem pouco mais de 9 horas, e puta que pariu, nunca mais, escutem bem nunca mais quero ter filho.- Vamos Lia - digo a mim mesma quando uma contração forte vem, faço como pedem, empurro com todas as minhas forças.Enfim escuto um choro agudo, que enche meu coração.- Aqui mamãe - me passam meu pacotinho.- Bem vindo meu amor - beijo sua cabecinha.- Oh que coisinha mais linda - Letícia diz aos prantos - titia ama muito você viu, ele é lindo Lia.- É eu sei - digo sorrindo - ele é perfeiro, meu erro mais que perfeito.Depois de 9 horas de um parto extremamente doloroso, não quero sentir essa dor nunca mais na vida, quando disse isso a médica e a enfermeira riram da minha cara ainda disseram ''até ano vem'' é pra acabar mesmo.- Lia, acho que Lucas quer mamar - estava tão perdida em pensamentos que não o escutei choramingar.
A maternidade é uma grande loucura, observando meu pequeno bezerrinho dormir tranquilamente, não consigo mais imaginar minha sem esse pequeno ser, minha vida gira literalmente em torno dele e suas necessidades, posso afirmar que não tenho mais própria, beijo sua mãozinha gorduchinha, ''lindo da mamãe'' minha nossa sou mãe, realmente sou mãe.Aproveito que meu bebê está dorminando para limpar a casa, fazer meus deveres, colocar as roupas na máquina, e tomar um banho. Minha vida está corrida agora que as aulas começaram, estou quase enlouquencendo, mas tudo bem, tô de boa! nos primeiros meses Letícia estava me ajudando, mas ela tem vida própria, também estuda e tem suas coisas, não posso julgá-la de ter se afastado, apesar de achar que ela só fez isso por causa de seu novo namorado babaca, mas.... cada um com suas escolhas.A ajuda dela com Lucas era muito importante, pois estudamos em horários diferentes, ela ficava com ele no meu horário e isso me ajuda muito, agora tenho que carregá-