Natal chegou e nada me traz mais melancólia do que está data, o hostel está uma festa só, risadas para todos os lados, Carol me convidou para a ceia em sua casa, porém recusei, não estou com clima para festividades, ela insistiu achando estranho o motivo de minha tristeza, não queria ter que explicar nada a ninguém, no entando, Carol se tornou em pouco tempo uma amiga querida, então abri minha vida a ela, que ficou chocada com toda minha desgraça.
Agora estou aqui na praia sem rumo, estou arrumada, alguns homens me viram sozinhas e se aproximaram, mas não dei confiança, quando recusei o convite de Carol para passar o natal com sua familia, ela imediatamente disse que até poderia não ir com ela, entretanto, não ficaria sozinha naquele quarto, em poucos minutos a maluca volta com um micro-vestido, um salto graças a Deus não muito alto e uma bolsa que combinou perfeitamente com o vestido, apesar de, não termos a mesma estatura corpal, pois Carol é magrinha porém linda, eu já sou como dizem por aí voluptuosa, sou um pouco mais alta que ela, por isso o vestido ficou um pouco curto, segunda ela fiquei um arraso, neste caso não posso discordar.
Realmente o vestido ficou bem legal mesmo, ela me maquiou, fez uns trens no cabelo, e sinceramente ao me olhar no espelho me senti um mulherão da porra ''só que não'' rio da minha palhaçada. Observo as pessoas indo e vindo, casais apaixonadas tirando selfs registrando o momento feliz.
- Menina vamos naquela boates que inaugurou essa semana, fiquei sabendo lá é babado, só dá homem gostoso - ouço a conversa de duas moças - OCEAN... estou louca pra conhecer.
A moça completa, hummm boate, acho que vai ser bom, preciso me distrair. Pego o celular da bolsa e pesquiso sobre a tal boate, OCEAN Barra da tijuca, parece ser bem legal, gostei do ambiente, decido ir nessa aventura, chamo Uber que chega logo, não me passa despercebido a olhada que me dá.
- Boa noite, Feliz Natal - diz sorrindo.
- Feliz Natal - respondo educadamente.
- Boate? - pergunta curioso.
- Humrum - respondo sem vontade, ele percebe que não quero conversa e não fala mais nada, porém a todo momento ele me observa através do retrovisor, o que me deixa incomodada, graças aos céus chegamos rápido, e mais graças ainda o pagamento foi online, não perco mais tempo, assim que ele para, saio quase correndo.
A entrada está movimentada, já são quase meia noite e a fila está enorme, me arrependo de imediato, quando estou dando meia volta, percebo que o carro do uber ainda está estacionado no mesmo lugar, e ele me olha, dou meia volta novamente a caminho da entreda onde está dois enormes seguranças, explico a situação e eles realmente confirmam o que falei e e me deixam entrar para passar um tempo até o homem que me espreita ir embora, o que leva as pessoas que aguardam na fila reclamarem, pois furei fila.
- Eiiii, ela não é melhor que ninguém aqui - um cara grita, seguida de outros pessoas, faço a mensão de sair, mas o segurança não deixa.
- Pode ir lá, não liga não - diz.
Com isso entro em um enorme correndo escuro, mas no final algumas luzes coloridas piscam freneticamente. Não estava preparada para o mar de gente que encontro naquele lugar, pessoas dançam no espeço apertado, pergunto a uma mulher onde fica o bar e ela aponta para uma escada, sigo o caminho que ela indicou, acabo entrando em outro salão, esse parece ser mais exclusivo, pois há poucas pessoas, alguns homens e mulheres conversam, a músoca também é diferente, um tom mais baixo, posso até ouvir as pessoas falando.
Enfim consigo encontrar o bar, e fico impressionada com o quanto é luxuoso, bonito.
- Boa noite princesa - o barman galantiador cumprimenta - posso lhe oferecer o especial de natal? - pergunta com um sorriso.
- Sim se for bom.
- Você irá adorar.
O homem de sorriso bonito se vai, e fico que nem lesa com um sorriso bobo na cara. Assim do nada sinto um arrepio na espinha, olhos para os lados, tenho a impressão de está sendo observada, no entanto, nada vejo.
Poucos minutos depois o barman volta com um drink vermelhor, faço a mensão de pegar a carteira.
- Nao, o primeiro é por conta da casa - diz e agradeço e realmente a bebida é deliciosa.
Nunca havia ingerido alcóol na vida, e por nunca ter bebido tento me controlar, pois estou em cidade que não conheço ninguém alé de Carol e nem o número dela tenho se precisar de socorro. Estou no segundo drink quando sinto novemente o arrepio, só que dessa vez sei o motivo.
Ao olhar para o lado vejo um par de olhos azuis, não iguais aos meus, mais os azuis mais lindos que já, seu olhar é intenso, e ao mesmo tempo sexy, tento desviar o olhar, mas parece que estou hipnotizada, presa. Não sei por quanto tempo ficamos nos encarando, graças ao barman sou tirada do transe.
- Princesa, mais um drink?
- Oh, não! uma água por favor - peço e ele assente.
Volto a olhar para onde o bonitão estava e ele simplesmente sumiu ''uma pena'' lamento, não que fosse acontecer algo, mas o homem era lindo, um verdadeiro limpa olhos.
- Aceita uma bebida? - uma voz grossa e rouca pergunta me fazendo arrepiar, ao ver o dono da voz, meus olhos arregalam, é o bonitão, e nesse momento o barman trás a água que pedi.
- Aqui princesa - o cara dá uma olhando arrepiante para o barman, que apenas deixa a água e sai em seguida.
- Esgotei minha cota de bebidas por hoje, mas obrigada - digo e vejo sua pupila dilatar.
- Então posso lhe fazer companhia? - pergunta olhando em meus olhos, quase não consigo responder.
- Sim...
- Prazer Lucca - estende a mão.
- Lia prazer - ao tocar sua mão, sinto um choque percorrer todo meu corpo, acho que ele sente o mesmo pois, olha para nossas mãos, depois para mim.
- O prazer é todo meu pode ter certeza - diz e deixa um beijo em meu rosto.
- O que faz uma mulher tão linda sozinha na noite de natal?
- Poderia replicar a pergunta - digo e percebo que ele não é brasileiro, apesar de que sua fala é quase perfeita.
- Touche! espertinha - diz brincalhão.
Entre conversar e risos, não percebi em que momento saimos da boate e viemos parar em seu quarto de hotel.
Só que sei que isso pode ser um erro.
Um super erro.
UM ERRO MONSTRUOSO
Estou perdida.
O ar prende nos meus pulmões, nunca fui um cara de me impressionar com beleza, sempre tive ao meu alcançe todos os tipos de mulheres, modelos, atrizes, mulheres lindas, mas essa que acaba de entrar, que monopolizou minha atenção, a bela mulher desfila pelo ambiente parecendo deslocada, é evidente que ela não pertence a esse tipo de local. - Oi gato, sozinho? - uma linda loiro pergunta ao sentar-se ao meu lado, ainda com os olhos na linda mulher que acabara de entrar a respondo. - Agora não mais - a loira entende e se vai. Observo melhor a mulher que chamou minha atenção, agora mais próxima a mim, não tão próximo quanto gostaria, no entanto próximo o suficiente para admirá-la melhor. Meus olhos não conseguem desprender dela, a roupa que está usando está me deixando louco, a mulher é um verdadeiro espetáculo, nunca fui um cara de me surpreender com beleza, pois sempre tive a minha disposição as mais belas, mas essa aqui, há algo diferente nela, ela sente que está sendo observada, olh
Respiro com dificuldade, ofego desejosa, nunca imaginei que transar seria deliosamente bom, apesar de um começo quase desastroso, pois por um momento achei que Lucca não fosse me querer pelo fato de ser virgem, mas no entanto, não apenas me quis como repetiu várias vezes. Minhas partes íntimas estão em frangalhos, a ardente latente neste lugar está quase insuportável.Levanto-me devagar para não acordar o pelo espécime masculino que se encontra apagado neste momento, o movimento de andar faz com que a ardência se intensifique. Caminho até o enorme banheiro, tomo uma ducha rápida, procuro por minha roupa e não a encontro.- Droga onde você está vestido? - sussuro para mim mesma, não tenho sorte.Procuro por algo que posso vestir, encontro o closet, pego uma box e uma blusa, enrolo a manga e saio a procura de minha bolsa, a encontro na mesinha ao lado da cama, com o todo eu movimento o homem se remexe, porém não acorda e agradeço aos ceús por isso.Com cuidado, saio sem me despedir, eu
Há exatamente 30 dias me pergunto que porra tá acontecendo comigo, desde que voltei do Brasil aquela feitiçeira não sai da minha cabeça. - Senhor, sua mãe lhe aguarda em sua sala - Jacob avisa assim que a reunião termina. - Ok. Levanta-me sem pressa, ajeito o palitó, e ando com a lentidão de uma tartaruga, antes de entrar na sala respiro fundo, pois tenho certeza que ela não está sozinha. - Enfim meu filho - diz assim que passo pela porta - pensei que iria me deixar o dia todo a sua espera - diz dramática. - Tenho trabalho a fazer - digo irritado. - Isso não é desculpa para deixa sua mãe e uma convidada esperando - diz e só ai me dou conta de ter outra pessoa na sala. - Diga logo o que quer. - Meu filho que modo são esses? - apenas lhe dou um olhar frio e ela torce o nariz, minha acha que me domina. - Se a senhora não tem o que fazer, eu tenho - ela estreita os olhos. - Lucca meu filho - minha mãe sabe ser dissimulada - só que um pouco de sua atenção, será que é pedir muito
Minha visão escure, minha cabeça grira, a bile arde na garganta.- Meu Deus o que está acontecendo - sussuro para mim mesma, sentada com a cara enfiada na privada da faculdade.Respiro fundo fechando os olhos com força.- Lia está tudo? - Letícia bate na porta e pergunta preocupada.Letícia é a única amiga que fiz nesses primeiros três meses de faculdades, ela percebeu que não estava bem durante a segunda aula.- Lia, amiga!- Tô bem - pelo menos ainda tô viva.Saio com certa dificuldade, Letícia me ajuda a chegar até a pia, lavo o rosto agora sem cor.- Amiga você está pálida - constata Letícia.- Acho que devo estar doente, devo ter comido algo estragado só pode - digo mais para mim mesma do que para Letícia, ela me dá um olhar estranho - o que foi? - indago.- Amiga posso ser sincera com você?- Claro que pode, ué!- Ok, vamos lá... - ela faz uma pausa meio dramática.- Fala Letícia, o que é.- Calma vou falar.- Então para de enrolação e diz logo o que se passa nessa cabeçinha.-
- Senhor seus dentes estão em perfeito estado, não há presença de cárie, o raio x mostra que não qualquer tipo de inflação na raiz, entendo o motivo de dor - explica o cirurgião odontológico.- Se você que é o especialista não consegue explicar o motivo desse dente estar doendo tanto e por tanto tempo, quem mais poderá me dá essa explicação? - indago irritado.- Sinceramente não sei senhor Matarazzo.- Incompetente!Saio batendo a porta. Estou muito irritado e com dor de dente, o que me deixa mais irritado ainda.- Senhor, achei outro especialista, esse é bem conceituado no meio - Marcus o assistente que ficou no lugar de Jacob após ele ser promovido à meu vice-presidente.- Horário?- Ele já lhe aguarda.- Ok.No caminho para o consultório do mal médico, tomo um analgésico, na verdade tomo dois comprido, e espero que faça efeito, essa dor é quase insulportável, fecho os olhos e encosto no banco, aos poucos sinto aliviar, porém não, apenas fica moderada.- Chegamos senhor - Marcus avi
- Aiiiiiiiiiiiiii - grito.- Empurra Lia, falta pouco - pede a médica.- Não consigo, não dá, não tenho mais forças - digo já por um fio.Entrei em trabalho de parto tem pouco mais de 9 horas, e puta que pariu, nunca mais, escutem bem nunca mais quero ter filho.- Vamos Lia - digo a mim mesma quando uma contração forte vem, faço como pedem, empurro com todas as minhas forças.Enfim escuto um choro agudo, que enche meu coração.- Aqui mamãe - me passam meu pacotinho.- Bem vindo meu amor - beijo sua cabecinha.- Oh que coisinha mais linda - Letícia diz aos prantos - titia ama muito você viu, ele é lindo Lia.- É eu sei - digo sorrindo - ele é perfeiro, meu erro mais que perfeito.Depois de 9 horas de um parto extremamente doloroso, não quero sentir essa dor nunca mais na vida, quando disse isso a médica e a enfermeira riram da minha cara ainda disseram ''até ano vem'' é pra acabar mesmo.- Lia, acho que Lucas quer mamar - estava tão perdida em pensamentos que não o escutei choramingar.
A maternidade é uma grande loucura, observando meu pequeno bezerrinho dormir tranquilamente, não consigo mais imaginar minha sem esse pequeno ser, minha vida gira literalmente em torno dele e suas necessidades, posso afirmar que não tenho mais própria, beijo sua mãozinha gorduchinha, ''lindo da mamãe'' minha nossa sou mãe, realmente sou mãe.Aproveito que meu bebê está dorminando para limpar a casa, fazer meus deveres, colocar as roupas na máquina, e tomar um banho. Minha vida está corrida agora que as aulas começaram, estou quase enlouquencendo, mas tudo bem, tô de boa! nos primeiros meses Letícia estava me ajudando, mas ela tem vida própria, também estuda e tem suas coisas, não posso julgá-la de ter se afastado, apesar de achar que ela só fez isso por causa de seu novo namorado babaca, mas.... cada um com suas escolhas.A ajuda dela com Lucas era muito importante, pois estudamos em horários diferentes, ela ficava com ele no meu horário e isso me ajuda muito, agora tenho que carregá-
A festa de 2 aninhos do meu bebê foi um sucesso apesar de já ter se passado 3 meses da data, pois queria muito comemorar junto com o meu, então fiz uma festa só, para poucos convidados lógico, apenas alguns amigos da faculdade, e alguns amiguinhos da creche, isso bastou para praticamente encher meu apartamento, também havia convidado Letícia, ainda tinha esperança que ela aparecesse, sendo ela a madrinha de Lucas, no entanto ela não apareceu, nem ao menos ligou para negar o convite, tenho um pressentimento ruim sobre esse namoro.- Obrigada pela presença - agradeço a última pessoas que passa pela porta.- Ufa - Augusto dispara ao se jogar no sofá.- Meu Deus que bagunça - resmungo ao olhar o estado da minha casa - mas o Lukinha amou tudo - constato mais que feliz.- Isso é verdade, o garotão tava ligado no 220 - rio, porque realmente Lucas não parou por um minuto.- Bom, a conversa tá boa, estou exauta e com certeza vou deixar essa bagunça para amanhã - digo levantando.- Se quiser aj