Capítulo 6 - Lia

Respiro com dificuldade, ofego desejosa, nunca imaginei que transar seria deliosamente bom, apesar de um começo quase desastroso, pois por um momento achei que Lucca não fosse me querer pelo fato de ser virgem, mas no entanto, não apenas me quis como repetiu várias vezes. Minhas partes íntimas estão em frangalhos, a ardente latente neste lugar está quase insuportável.

Levanto-me devagar para não acordar o pelo espécime masculino que se encontra apagado neste momento, o movimento de andar faz com que a ardência se intensifique. Caminho até o enorme banheiro, tomo uma ducha rápida, procuro por minha roupa e não a encontro.

- Droga onde você está vestido? - sussuro para mim mesma, não tenho sorte.

Procuro por algo que posso vestir, encontro o closet, pego uma box e uma blusa, enrolo a manga e saio a procura de minha bolsa, a encontro na mesinha ao lado da cama, com o todo eu movimento o homem se remexe, porém não acorda e agradeço aos ceús por isso.

Com cuidado, saio sem me despedir, eu sei que estou sendo escrota em sair assim, mas foi apenas uma noite, estou sendo realista, Lucca não é daqui e está apenas de férias, com certeza hoje a noite terá ou mulher em sua cama. Com isso em mente, que foi apenas uma noite, um erro, delicioso, mas um erro, saio sem olhar para trás.

Já no saguão do luxuoso hotel chamo um uber direto para o hostel, ainda é muito cedo, então quando chego Carol ainda não está, passo direto para meu quarto, hoje é 25 de Dezembro ''feliz natal vozinha, hoje fiz algo que jamais faria, você ficaria orgulhosa, pois fiz algo impulsivo, na hora foi bom, mas agora parando pra pensar, acho que foi um erro'' converso como se minha melhor amiga ainda estivesse aqui nesse mundo.

Deixo uma lágrima cair, a tristeza que havia esquecido por um breve momento volta. Não penso muito após o banho, deito-me e apago, não tenho sonhos ou pesadelos, nada, um sono vazio.

Acordo com batidas na porta, meio irritada por ser acordada abro a porta para dar de cara com uma Carol afoita.

- Vamos flor do dia, é hora de acordar -  a bonita diz entrando.

- Ah não Carol, cheguei cedo e só dormir - digo já me jogando na cama e me enrolando da cabeça aos pés.

- Nem pensar hoje é natal LIA - praticamente grita.

- E? - sento-me de braços cruzados.

- Não vou deixar você aqui nessa tristeza sem fim no natal - diz e estreita os olhos.

- Não estou numa tristeza sem fim para começo de conversa - digo na defensiva - só quero recuperar o sono perdido ok - Carol estreita mais os olhos.7

- O que você fez a noite passada hum, pra está nesse cansaço? - pergunta curiosa.

- Nada demais - digo virando de costa para ela não perceber nada.

- Lia...

- Não aconteceu nada Carol.

- Sei... não é o que parece - fala ao se sentar ao meu lado na cama.

- Transei - digo baixo.

- Oi??

- Conheci um cara na boate, dai tomamos um drink, acabei no quarto de hotel onde ela está hospedado e transamos ok - digo de uma vez, fazendo Carol arregalar os olhos.

- Menina... - me cubro novamente e Carol puxa a coberta - detalhes e bem sórdidos.

- Não tem muita coisa pra dizer não mulher - acho que minha cara entrega a mentira deslavada.

- Até parece, e essas bochechas vermelhas, anda logo abre o bico - respiro fundo.

- Como disse deflorei minha florzinha - os olhos de Carol se abrem dez vezes mais, ela também não sabia desse detalhe, não é como se saísse por ai gritando aos quatro ventos sobre minha ex virgendade - o cara era um Deus do sexo, maravilhoso, e é isso, sem muitas coisas - digo tentando soar casual e a cara da Carol é de pura incredulidade.

- Lia virgem? - falei tanta coisa e ela só captou essa parte.

- Sim, é tão incomum asim aos 17 anos ainda ser virgem? - pergunto.

- Menina hoje em dia aos 17 as criaturas são até mãe.

- Desulivre - digo e algo acende em minha cabeça, não, não, não, levanto-me mais que depressa, assustando Carol.

- O que foi? - pergunta preocupada.

Corro pelo quarto atrás de roupas, pois ainda estou com a roupa de Lucca no corpo.

- Lia fala comigo mulher - pede Carol.

- Camisinha Caraol, esquecemos da camisinha - quase grito - sabia que era um erro - falo quase entrando em desespero.

- Calma respira, se senta - Carol pede - fica aqui, não sai.

Carol sai, 20 minutos depois volta com garrafinha de água e um comprimido.

- Toma - me passa as duas coisas - pílula do dia seguinte, não se preocupa, sempre funciona - faço assim como diz, tomara que funcione mesmo, pois a última que coisa que preciso nesse momento caótico da minha vida é um filho - vai dá certo - tenta se confortar, mas pela minha cara não funciona muito não.

Um mês depois...

Termino de arrumar minha cama, se não sair agora vou e atrasar, no inicio de janeiro como já havia dito iria dá um jeito na vida, decidir alugar um apartamento na barra, o valor é um pouco salgado, mais tenho uma reserva, que poderá me manter por um tempo, me matriculei na faculdade, fiz uma boa pontuação no ENEM e com isso posso me inscrever no sisu, o que já vai ajudar muito, não vou precisar gastar dinheiro com matricula ou mensalidades de faculdade, minha vida está começando a entrar no eixo, semana que vem já cameça as aulas, já estou ansiosa para que comece logo, preciso me distrair com algo, Lucca não sai da minha cabeça, e tudo o que aconteceu entre nós, foi apenas uma noite, mas me deixou marcada.

Meu celular e já sei quem é, só uma pessoa que me ligaria nesse mundo todos os dias.

- Carol mirmã.

- Mirmã, você nem sabe - diz já querendo fofocar, recentemente a dona do hostel contratou um novo cozinheiro que Carol resolveu implicar.

- O que o cozinheiro fez dessa vez? - pergunto divertida.

- Acredita que aquele cretino gostoso encheu meu ovo de sal, só por que reclamei que estava ensosso - diz rio da cara de pau dela.

- E estava ensosso? - pergunto ja sabendo a resposta.

- Não - diz olhando para as unhas - caio na gargalhada.

- Carol te ajeita mirmã - digo e ela revira os olhos.

- Esse cara se acha demais - diz com raiva.

Continuo rindo pois esse tal cozinheiro e carol vivem que nem cão e gato.

- Lia você tem que ficar do meu lado - diz fazendo um bico enorme.

- Tá bom amiga, vou aí e te ajudo a matar ta bom - digo entre risos.

- Tá bom vou te esperar - Carol rir da gracinha - mas iai, a casa nova? está se adptando bem? algum vizinho gostoso? - essa Carol não tem jeito, muda de assunto da água para o vinho.

- Tem um gostosão aqui do lado - digo e Carol se empolga.

-  Sério amiga.

- NÃO - gargalho da cara que faz.

- Palhaça, Tchau - diz e desliga na minha cara.

Continuo rindo dessa doida, o que faz a dor de cólica que estou sentindo aumentar. É isso mesmo, a pílula do dia seguinte deu super certo, minha menstruação desceu no dia certo, só que não do mesmo jeito, veio mais fraquinha, mas o importante é que veio, ainda que um fluxo menor, bem menor.

Tomo um rémedinho pra cólica e saio, preciso abastecer a geladeira, comprar alguns materias que vou precisar levar para a faculdade, fui em uma auto escola, tentar pagar para tirar a carteira, mas não deu muito certo, mesmo sendo emancipada não posso tirar a habilitação, então tenho que me contentar com o transporte público mesmo, pelo menos até dia 17 de Dezembro quando faço 18 anos.

Corro de algum posto onde possa tirar a DNE, pois precisar e muito dessa carteirinha. Já no final da tarde com tudo pronto, volto para casa com minhas compras, amanhá é sábado e não tenho nada pra resolver, posso acorda bem tarde, vou aproveitar esse doisas de folga que terei antes de começar as aulas, vou cursar gestão administração e estou super ansiosa, um dia serei diretora de uma grande empresa.

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