Desejo Entrelaçado
Desejo Entrelaçado
Por: Patricia Oxford
O Encontro Inesperado

A chuva fina batia contra as janelas da pequena cafeteria no centro de Málaga, criando uma melodia suave que parecia acalmar os nervos de Clara. Ela estava sentada num canto, observando as gotas deslizarem pelo vidro enquanto aguardava o seu cappuccino. Com a câmara ao lado, ela estava ali para procurar inspiração para sua próxima exposição de fotos. Fez muitos km e pesquisou muito sobre a cidade para sair da caixa e procurar algo de novo.

Clara, uma jovem fotógrafa de 28 anos, tinha olhos castanhos profundos e cabelo longo e ondulado que caía em cascata sobre os seus ombros. Ela usava uma blusa branca simples, complementada por uns jeans escuro. A sua aparência natural e despretensiosa atraía olhares curiosos, mas Clara estava imersa nos seus pensamentos, alheia ao mundo ao seu redor.

Do outro lado da pastelaria, Lucas, um escritor em crise, lutava para se concentrar no seu portátil. Ele estava preso num bloqueio criativo que parecia não ter fim. Aos 32 anos, Lucas era um homem de presença marcante, com cabelos castanhos levemente despenteados e uma barba bem aparada. Os seus olhos verdes revelavam uma intensidade e uma paixão que poucos conheciam. Vestindo uma camisa social azul e calça preta, ele parecia mais um executivo do que um escritor, mas a verdade era que Lucas estava desesperado para encontrar uma nova história, algo que o libertasse do vazio que sentia.

Quando o cappuccino de Clara chegou, ela levantou os olhos e, por um breve momento, seus olhares se cruzaram com os de Lucas. Foi como um choque elétrico, uma conexão instantânea que fez ambos sentirem algo inexplicável. Clara sorriu timidamente, e Lucas, surpreso com a sua própria reação, devolveu o sorriso.

Sem pensar muito, Clara pegou sua câmara e começou a fotografar discretamente o ambiente da pastelaria. Através da lente, ela focou o Lucas, capturando a expressão concentrada e levemente frustrada do seu rosto. Havia algo nele que a intrigava profundamente.

Lucas, percebendo que estava a ser observado, olhou para Clara e levantou uma sobrancelha, curioso. Decidiu que precisava falar com ela. Levantou-se e caminhou até a mesa dela, tinha o coração a b**e de forma descompassada e acelerada.

— Olá — disse ele, com um sorriso que revelava um charme natural. — Notei que estava a ser fotografado… posso ver?

Clara corou ligeiramente, surpresa pela abordagem direta, mas manteve a compostura.

— Desculpe se fui invasiva. Sou fotógrafa e estou à procura de inspiração. Algo em você parecia... interessante.

Lucas riu, um som que fez Clara sentir um calor agradável no peito.

— Interessante, é? Bem, isso é uma novidade para mim. Posso me sentar?

Clara assentiu, e Lucas puxou uma cadeira, sentando-se de frente para ela. A proximidade fez com que ambos sentissem um leve arrepio.

— Então, você é fotógrafa. Eu sou Lucas, por sinal. Escritor, ou pelo menos tento ser.

— Prazer, Lucas. Eu sou Clara. Fotógrafa e, às vezes, uma aspirante a artista.

O sorriso de Lucas se alargou, e ele sentiu uma conexão imediata com Clara. Havia algo na sua presença que o acalmava e o excitava ao mesmo tempo.

— Então, Clara, o que estava tentando capturar em mim?

Clara mordeu o lábio inferior, um gesto que Lucas achou incrivelmente sensual.

— Acho que estava tentando capturar uma história. Você parecia perdido em seus pensamentos. Isso me intrigou.

Lucas inclinou-se um pouco mais perto, seus olhos fixos nos de Clara.

— Talvez eu estivesse esperando encontrar uma história. E talvez essa história esteja bem na minha frente.

Clara sentiu um calor subir por seu corpo com a insinuação de Lucas. Havia algo inegavelmente sedutor em suas palavras, algo que ela não conseguia ignorar.

— Quem sabe? — respondeu Clara, tentando manter o tom casual, mas sentindo seu coração acelerar.

Eles conversaram por horas, esquecendo-se completamente do tempo. Cada palavra trocada, cada olhar, aumentava a tensão entre eles. Era como se estivessem num jogo de sedução, onde cada movimento era cuidadosamente calculado para provocar e encantar o outro.

Clara riu de uma das histórias de Lucas sobre suas tentativas frustradas de encontrar inspiração, e sem perceber, colocou a mão sobre a dele. O toque foi elétrico, e ambos sentiram uma corrente de desejo passar pelos seus corpos.

Lucas, sentindo a intensidade do momento, virou a mão para segurar a de Clara. Seus dedos se entrelaçaram, e eles se olharam profundamente nos olhos. Havia uma promessa não dita ali, uma conexão que ia além das palavras.

— Clara, eu sinto que preciso te conhecer melhor. Há algo em ti que desperta algo dentro de mim, algo que eu pensei ter perdido.

Clara sentiu sua respiração acelerar com as palavras de Lucas. Havia uma sinceridade crua em seus olhos, algo que ela não podia ignorar.

— Eu também sinto isso, Lucas. É como se... como se estivéssemos destinados a nos encontrar.

Lucas sorriu e, lentamente, levou a mão de Clara aos lábios, depositando um beijo suave que fez cada célula do corpo dela vibrar.

— Acho que este é apenas o começo de algo muito especial — disse ele, sua voz rouca de desejo.

Clara sorriu, sentindo uma mistura de excitação e antecipação. Sabia que aquele encontro inesperado mudaria suas vidas para sempre. E mal podia esperar para ver onde aquela nova história os levaria.

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