Derretendo o coração do CEO arrogante
Derretendo o coração do CEO arrogante
Por: Andréa D. Silva
Capítulo 1: O ultimato de Edgar Santos

Durante muitos anos, amei uma mulher com toda a alma e coração. Passar os dias com ela era um bálsamo para minha vida. Viagens, joias, roupas... nada parecia suficiente. Sempre a mimava e sonhava com o dia em que teríamos um filho, fruto do nosso amor.

Para mim, não existia mulher mais perfeita. Ela era bonita, íntegra, de coração puro e sempre tinha a palavra certa para fazer meu coração palpitar.

Mas um dia, descobri que tudo não passava de um delírio dos meus pensamentos. Esther Torres nunca foi uma pessoa boa e honesta, muito pelo contrário.

Ela usava suas doces palavras para manipular meu coração. Como descobri isso? Alguns dias antes do nosso casamento, peguei-a na cama com meu melhor amigo. Naquele momento, só queria sair dali. Olhar para suas expressões de pavor, tentando se justificar, era o cúmulo do ridículo para mim.

Mas logo suas máscaras caíram, revelando a verdade suja: ela nunca me amou, e ele nunca foi meu amigo. Eu estava destruído por dentro, e isso fez meu coração esfriar.

Mesmo relutante em aceitar a verdade, dei um basta ao nosso relacionamento e a qualquer sentimento que pudesse surgir no meu coração. Nunca mais seria iludido dessa forma; mulher nenhuma me usaria como Esther usou.

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Dias atuais...

— Senhor Julian? — disse minha secretária, percebendo que eu estava desatento.

Eduarda era uma mulher muito bonita, alta, com grandes olhos azuis e lábios rosados. Poderia conquistar qualquer homem, mas nunca senti interesse por ela. Também não queria me relacionar com pessoas do trabalho. Afinal, eu poderia ter a mulher que quisesse, apenas indo a uma balada qualquer.

— O que você deseja? — questionei, estressado.

— O senhor precisa assinar esses documentos. Eles são importantes para a abertura do nosso novo shopping — ela disse, entregando a papelada.

Após ler calmamente, devolvi os documentos assinados e ela sai. Estava distraído, ansioso pelo encontro com um empresário do ramo de hotéis que pretendia se aposentar. Como não tinha tido filhos, queria encontrar alguém para administrar seus negócios.

Tinha um péssimo pressentimento. Edgar Santos era conhecido por ser um empresário conservador e certamente implicaria com minha reputação. Não que eu me orgulhasse, mas era conhecido por ter muitos relacionamentos, algumas vezes simultâneos, sem nunca firmar laços.

Não preciso disso. Minha vida é perfeita como está. Não pretendo me envolver com alguém que só quer arrancar meu dinheiro. Trabalho duro para consegui-lo e não vou jogá-lo nas mãos de uma mulher qualquer que busca sucesso de forma fácil e leviana.

O toque do telefone me desperta dos pensamentos. Era minha secretária informando que Edgar havia chegado para a reunião. Peço para trazê-lo até minha sala. Depois de desligar, ajeito-me na cadeira e coloco o sorriso mais convincente no rosto. Esse empreendimento será meu. Ninguém mais controlará essa rede de hotéis além de mim.

— Senhor Santos, é um prazer recebê-lo no meu humilde escritório — disse com um sorriso simpático ao vê-lo entrar.

— O prazer é todo meu, filho. Sabe que sempre tive grande admiração por seus métodos de administração. Se eu tivesse um filho, queria que ele tivesse os mesmos dons que você para o mundo dos negócios — brincou Edgar.

— É uma honra muito grande ser elogiado pelo senhor. Sua rede de hotéis é um empreendimento incrivelmente valioso que o senhor sempre administrou com maestria — retribuí o elogio.

Nós realmente sempre tivemos um bom relacionamento, apesar de eu ter que escutar várias vezes seus intermináveis sermões sobre como eu deveria me casar e largar minha vida de Don Juan.

— Por favor, sente-se, vamos falar sobre negócios — disse gentilmente, mostrando a cadeira para ele.

— Julian, vou direto ao ponto. Eu realmente queria que você administrasse minha rede de hotéis, mas não quero ver ela sendo mal falada na mídia por causa de sua fama. Você sabe como sou um homem tradicional e que busca sempre o respeito pelo seio familiar. Então, temo que terei que procurar outra pessoa para administrar minha empresa, alguém que não vá manchar o nome dela — disse com a maior tranquilidade do mundo.

Tentei não demonstrar, mas a raiva estava me consumindo. Aquele velho realmente iria colocar problemas para mim. Respirei fundo, eu tinha que me acalmar e resolver aquele imbróglio. Não podia deixar essa chance escapar de minhas mãos.

— O que você sugere então, senhor Edgar? Não creio que você viria aqui apenas para me informar que não deseja mais minha ajuda nos seus negócios — disse, tentando extrair alguma informação que me ajudasse.

— Você é sempre muito perspicaz. É isso que eu gosto em você, meu jovem... é o seguinte: vou te dar seis meses. Se você conseguir mudar sua fama de mulherengo, coloco minha empresa totalmente em suas mãos — Edgar sugeriu com um sorriso de apreciação, com certeza querendo saber como eu iria fazer para sair desse problema.

Estando em um beco sem saída, eu deveria pensar em algo, mas o que eu poderia fazer? Muitos pensamentos passaram em minha mente, mas eu não tinha tempo. Então, falei a primeira ideia que tive.

— Senhor, a verdade é que eu já estou mudando de vida. Encontrei uma mulher que roubou meu coração e já estamos noivos. Nunca lhe falei nada porque ela é muito discreta — disse rapidamente, mas ver o sorriso de Edgar se iluminar me deu uma pontada de esperança.

— Isso é ótimo, meu filho. Então, vamos fazer assim: quando você estiver casado e com o nome limpo na mídia, finalizaremos nosso acordo e você será o administrador dos meus hotéis. O que acha? — Edgar sugeriu com um sorriso triunfante.

Eu sabia que ele não seria fácil de enganar. Por que eu falei isso? Agora vou ter que arrumar uma noiva. Mas onde posso fazer isso sem sair prejudicado? Com certeza, as candidatas prováveis tentariam arrancar o máximo de dinheiro de mim. Tinha que pensar em algo, mas naquele momento só podia aceitar o acordo de Edgar para não levantar suspeitas.

— Como desejar, senhor. Assim que encontrar tempo na agenda, eu apresento os dois — disse, demonstrando confiança, e para minha felicidade, ele acreditou.

Após nos despedirmos, ele saiu, me deixando no meu escritório a lamentar minhas desventuras. Eu deveria ter muito azar para ser pego na armadilha desse homem. Não entendia o que tinha de mais em ser solteiro. Casar não era prioridade na minha vida e estava sendo obrigado por causa do trabalho. Era um grande infortúnio.

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