Quando comecei a contar essa história, realmente achei que não seria forte o suficiente, mas vejo agora o quanto estava enganada. Isso porque encontrei o homem mais incrível do mundo, da forma mais inusitada possível. Quem diria que alguém que inicialmente se mostrou tão distante, procurando apenas uma noiva falsa para fechar um negócio, se revelaria esse homem tão amoroso, gentil e cuidadoso? Sim, eu tive sorte; encontrei o melhor apoio para enfrentar essa batalha, e sinto que poderia superar qualquer obstáculo ao lado dele, com seu sorriso encorajador e seu abraço que sempre me faz sentir segura.Mas não foi só ele. Também posso dizer que tive a sorte de ter a família mais amorosa do mundo. Eles são meu pilar para enfrentar os desafios, me dão forças nos momentos mais difíceis, e nunca deixam de me lembrar o quanto sou importante para eles. Cada palavra de carinho, cada gesto de apoio, sempre veio no momento certo. E ainda tive a melhor amiga do mundo, que entrou na minha vida como
Acho que nem consigo me lembrar do homem que eu era antes de conhecer Vivian. Minha vida era solitária; eu não sabia o que era o amor de uma mãe e pouco conhecia o amor do meu pai, que passava mais tempo trabalhando do que com a família. A exceção era quando ele se dedicava à sua eterna adoração por minha mãe, que parecia não dar a mínima atenção ao seu amor. Agora, sei o motivo de as coisas terem sido assim e consigo compreender bem melhor minha própria história.Eu até achei que tinha encontrado o amor antes, mas fui traído da pior forma possível: pelo meu melhor amigo. Isso me fez perder a fé tanto no amor quanto nas amizades, a ponto de, quando conheci Benny, eu ter feito vários testes para saber se ele seria um amigo confiável. Mas ele se mostrou muito mais do que um amigo confiável; ele se tornou um irmão de coração, e mais tarde descobri que era também um irmão biológico, o melhor que eu poderia ter. Nós curtimos a vida juntos, e por não acreditar no amor, eu me envolvia com vá
Ver minha mãe descendo as escadas carregando as cinzas de meu pai doeu muito. Por mais que eu soubesse que esse era o ciclo natural da vida, ainda sentia que não tinha tido tempo suficiente com ele. Minha mãe caminhava com calma, como se cada passo pesasse uma tonelada, e mesmo que exibisse seu sorriso terno, eu sabia que ela estava sofrendo.Seus cabelos estavam grisalhos, e ela não os pintava, pois meu pai gostava deles assim. Ela colocou o vaso sobre a mesa, veio em nossa direção e nos abraçou, um abraço quente e aconchegante. Com seus 83 anos, seus toques, apesar de suaves, transmitiam todo o amor que ela sentia.Acho que estou aqui para satisfazer a curiosidade que meu pai deixou no ar, então vou começar sem mais delongas...O primeiro filho que eles tiveram foi Eduardo. Ele era a cópia do meu pai, inclusive herdando seu charme. Eduardo sempre amou aviões e se tornou engenheiro aeronáutico. Casou-se com Isabella, uma jornalista, e tiveram três filhas: Elizabeth, Rafaela e Mariana
Durante muitos anos, amei uma mulher com toda a alma e coração. Passar os dias com ela era um bálsamo para minha vida. Viagens, joias, roupas... nada parecia suficiente. Sempre a mimava e sonhava com o dia em que teríamos um filho, fruto do nosso amor.Para mim, não existia mulher mais perfeita. Ela era bonita, íntegra, de coração puro e sempre tinha a palavra certa para fazer meu coração palpitar.Mas um dia, descobri que tudo não passava de um delírio dos meus pensamentos. Esther Torres nunca foi uma pessoa boa e honesta, muito pelo contrário.Ela usava suas doces palavras para manipular meu coração. Como descobri isso? Alguns dias antes do nosso casamento, peguei-a na cama com meu melhor amigo. Naquele momento, só queria sair dali. Olhar para suas expressões de pavor, tentando se justificar, era o cúmulo do ridículo para mim.Mas logo suas máscaras caíram, revelando a verdade suja: ela nunca me amou, e ele nunca foi meu amigo. Eu estava destruído por dentro, e isso fez meu coração
Meu nome é Vivian Rocha, tenho 25 anos e sou formada em publicidade. No entanto, descobri minha verdadeira vocação ao escrever livros. Ainda faço alguns trabalhos publicitários, mas nada relevante. Sempre vivi conforme a minha vontade, sem me importar com os julgamentos alheios.Eu sei o que você pode estar pensando, mas minha vida era bastante comum. Vivia com o pouco dinheiro que ganhava dos meus livros e dos meus bicos com publicidade. Nada para exaltar, mas o suficiente para manter um padrão de vida confortável.Cresci em uma família simples, mas todos eram gentis e amáveis, especialmente meu irmão, Bruno. Ele era superprotetor por ser mais velho e sempre achou que era responsável por mim. Às vezes, era um pouco sufocante, mas reconfortante saber que tinha alguém para me apoiar sempre que eu precisasse.Agora, estou passando por um momento difícil. Sinto que terei que fazer uma longa viagem em breve e talvez nunca mais volte, mas não quero falar sobre isso agora. Decidi aproveitar
Depois de pensar por muito tempo, não consegui chegar a nenhuma resposta sobre o que deveria fazer. Estava no meu escritório, revisando alguns documentos, quando meus pensamentos foram interrompidos por alguém batendo à porta. Era meu amigo Benício, ou Benny, como costumo chamá-lo.— E aí? Como tem passado esses dias, meu amigo? — ele perguntou ao entrar.— Com muito trabalho e um problemão para resolver — respondi, esfregando as sobrancelhas.— Sério? O que seria? Se estiver ao meu alcance, posso te ajudar — ele disse com o mesmo sorriso travesso de sempre.— Senta aí, para você eu posso contar, porque confio — disse, indicando a cadeira.— Pode falar, sou todo ouvidos — ele brincou.— Eu já te contei sobre aquele negócio com o Edgar Santos, né? O empresário que estava procurando alguém para administrar sua rede de hotéis? — questionei.— Claro, você estava louco para conseguir isso. Sinceramente, nunca vi alguém mais fanático por trabalho que você. — ele disse rindo.— Isso não vem
Quando eu estava prestes a inventar uma desculpa para ir embora, a amiga dela chegou e nos puxou para a pista de dança. Vi as duas sussurrando algo, mas não consegui entender por causa da música alta.— Você deveria se soltar mais e aproveitar a música — ela disse, se aproximando.— Eu não sou muito bom nisso — respondi, sorrindo.— Não tem problema, eu também não sou — ela respondeu.Dançamos no ritmo da música, às vezes bem próximos. Aproveitei o momento para descobrir mais sobre ela. Repensei minhas atitudes; se uma mulher conseguia mexer assim com meus sentimentos, eu precisava aprender a lidar com isso para me proteger no futuro. Talvez, se ela concordasse, eu poderia usar essa experiência para me tornar imune a futuras tentativas de sedução.— Eu queria te fazer uma proposta. Será que podemos ir a um lugar mais reservado? — perguntei, sussurrando para ela.— Que tipo de proposta você quer fazer? — ela questionou, curiosa.— É algo que pode beneficiar nós dois, mas não posso cont
Acho que esta foi uma das noites mais loucas que já tive em minha vida. Julian parecia um pouco estranho quando começamos a conversar, sempre cauteloso, como se estivesse investigando meu passado com suas perguntas. De certa forma, ele não parecia a pessoa que a mídia pregava.Eu estava até simpatizando com ele, mas me preocupou a forma como ele fez uma proposta tão complicada para alguém que ele mal conhecia. Não me parecia seguro. Não sei se ele não tinha pensado muito sobre isso ou se estava apenas desesperado, mas com certeza seria um desastre se ele fizesse essa proposta para a pessoa errada e ela resolvesse se aproveitar dele.Não que eu esteja duvidando de sua inteligência. Na verdade, eu nem deveria estar preocupada com ele, mas resolvi ajudá-lo. Se alguém precisava fazer aquilo, melhor que fosse eu, assim ele não teria que se machucar depois. Digamos que será minha última boa ação antes de eu ir embora.Percebo que ele ficou visivelmente receoso com minhas exigências, como se