PS: Para melhor entendimento da história, sugiro a leitura do primeiro livro — Até a última folha.
Seis anos antes…
Estava tudo escuro, eu sentia meu coração acelerado e o medo tomando conta de cada centímetro do meu pequeno corpo, ainda estava atordoado devido ao sono. Lágrimas inundavam meu rosto, dava para sentir o gosto salgado delas ao parar em meus lábios. Meu corpo inteiro tremia, era difícil saber a causa ao certo, se era por conta do medo, ou do frio, mas qual fosse o motivo me assustava de todo jeito. Comecei a chamar por ela diversas vezes.
— Mamãe? Mamãe, estou com fome… Cadê você? — me pendurei nas barras divisórias do meu berço e fui escalando até meus pés encostarem no piso frio. Um leve arrepio percorreu meu corpo assim que senti a madeira gelada sob meus pequenos dedos.Senti meu estomago doer de fome, em pequenos passos fui andando pela casa, a procura de algo que matasse um pouco da minha fome. As luzes estavam apagadas, o que me assustava cada vez mais. Sorte que as cortinas estavam abertas e a lua iluminava um pouco da casa. Cheguei até a cozinha, olhei com muita atenção para cada lugar daquele cômodo, procurando qualquer coisa que me ajudasse a tampar o vazio do meu estomago. Sem êxito algum.Sentei no chão frio e cruzei minhas pequenas pernas, abracei meu corpo e tentei não pensar mais na fome. Eu não tinha altura para abrir a geladeira e mesmo se eu tivesse, eu sabia que não teria nada ali que me alimentasse. O barulho vindo da minha barriga estava aumentando, minhas pernas estavam geladas devido à falta de agasalhos em que eu estava, vestia somente uma camiseta e uma cueca. Me lembrei que a mamãe sempre mantinha uma manta no sofá, como decoração. Fui andando até ele, me aninhei em cima do estofado rasgado e me cobri. Meu corpo tremia por inteiro, não apenas pelo frio, mas pelos espasmos que meu choro estava causando.— Mamãe! Mamãe! Cadê você? Estou com medo… — minha garganta doía de tanto que estava gritando.***
Acordo assustado e com o coração acelerado. Outro pesadelo, é a quarta vez que sonho novamente com isso essa semana e ainda nem é sexta-feira. O lençol gruda em minha pele devido ao suor que escorre pelo meu corpo. Sendo a maioria no rosto, costas e peito.
— Mas que porra! — esbravejo pegando meu celular e olho no visor, vendo que são três horas da manhã.O quarto é iluminado apenas pela luz da lua, que entra pelas enormes janelas panorâmicas que pegam do teto ao chão. Dormir totalmente na escuridão nunca foi uma opção para mim, desde pequeno é a única coisa que me deixa claustrofóbico. Mesmo já passando 20 anos desde que tudo ocorreu, as lembranças permanecem em mim, cravadas na pele como uma m*****a tatuagem.Levanto e caminho até o mini bar que tenho no quarto, me sirvo de uma dose de bebida, a mais forte que tem ali dentro, um whisky escocês. Sento na poltrona que fica de frente para a janela.Uma das coisas que mais amo em Chicago é a forma que a cidade fica a noite, é quase como uma terapia olhar para ela de madrugada.
Moro em Chicago, mais precisamente na North Wells Street, que fica quase no coração da cidade.Pego um charuto na pequena caixinha de madeira que sempre deixo na mesa ao lado da poltrona e o acendo com o isqueiro que fica ao lado da caixa. Deixo o aroma floral, misturado com baunilha e tabaco, invadir o quarto e impregnar minhas narinas.O pesadelo ainda ecoa em minha mente, ainda consigo sentir o medo percorrendo minha corrente sanguínea. Só tem um modo de esquecer momentaneamente tudo isso.Me levanto e caminho até a mesa de cabeceira, pego o aparelho entre os dedos, prendo o charuto entre os lábios e disco o número dela, que atende no segundo toque.
Ela sempre está disponível para mim.— Oi, docinho… Querendo relaxar novamente? — quem ouve essa voz doce nem imagina o que fazemos entre quatro paredes.— Chega aqui em quanto tempo? — falo, prontamente.Só de lembrar do tesão que ela me causa, meu pau já lateja na cueca.
— Chego em vinte minutos! — responde manhosamente.— Te dou 10 minutos, antes que eu desista… — rebato, impaciente.— Impaciente como sempre… — consigo notar o tom malicioso em sua voz — como quiser, esteja preparado para mim, docinho!— Acho que você se esqueceu quem é que dá as ordens aqui, Mon Amour! — provoco, consigo sentir a mudança na voz, ficando mais grave devido à excitação.Ela ri, fazendo o som quase reverberar pelo telefone, se fosse possível.
— Uma submissa pode sonhar, não pode? — fala, provocando a gargalhada que escapa de meus lábios e ela geme, quase como um rosnado — Até daqui a pouco, mestre!Essa última parte faz o volume em minha calça pulsar mais forte, quase ao ponto de doer.
Tomo mais uma dose de uísque e antes que consiga colocar o copo vazio na mesa, ouço a campainha. Coloco o copo na mesa e o charuto no cinzeiro, antes de caminhar até a porta.— Olá, docinho! Fiquei surpresa com a sua ligação. Duas noites seguidas. Uau! Temos um recorde aqui… — Melissa entra já tirando seu enorme sobretudo, exibindo um minúsculo vestido vermelho e andando sem a menor dificuldade em cima dos enormes saltos vermelho.Seu vestido é tão justo que deixa cada curva do seu corpo em destaque. Sinto minha ereção latejar novamente de prazer.Ela sabe exatamente como me excitar. Fecho a porta e sem dizer uma palavra sequer, a puxo pelo rabo de cavalo até mim. Ela encaixa sua bunda em cima da minha ereção, desço as mãos até seus seios, apertando-os levemente e ela geme prazerosamente, fazendo todo meu sangue ferver, se concentrando a maior parte entre minhas pernas.— É isso que você quer? — Pressiono o volume contra sua bunda. — Pode ter certeza que é exatamente isso que quero. — Ela morde o lábio e suspira de prazer. A viro para mim e subo uma das minhas mãos até seus cabelos, puxando o rabo de cavalo para trás. Ela grita, soltando uma pequena ris
Entro no enorme closet, indo até a primeira gaveta do lado direito, pego a camisinha e um par de algemas que sempre tenho por perto para essas ocasiões. Tiro a cueca antes de sair, a jogando no canto e fazendo um lembrete mental para levá-la até o cesto depois.Volto para a sala e a encontro de quatro, com os braços e o rosto apoiados no vidro e com a magnífica bunda empinada, me esperando. Meu pau lateja e quase cria vida própria ao me deparar com a cena. — Braços para cima — a voz rouca deixando o tesão transparecer.Ela obedece e prendo as algemas em seu pulso assim que paro atrás dela, prendo o objeto na corrente que fica na barra de ferro chumbada ao teto.A deixando ainda mais a minha mercê.Meu apartamento inteiro é adaptado para práticas envolvendo BDSM. Desde barras nas laterais da cama, até suporte para deixá-las içadas no alto. Melissa quase fica pendurada, com os braços para cima e a bunda empinada. Ela tenta se equilibrar em cima dos saltos e mordo o lábio inferior ac
Melissa tem um sorriso travesso nos lábios e crava as unhas ainda mais fundo em minha perna, solto um grito rouco, é dolorosamente prazeroso. Seus olhos brilham maliciosamente e ela gruda a boca indo mais fundo ao redor do meu pau, como cachorro brincando com o osso. E ela não vai soltar. — Vou gozar na sua boca desse jeito, porra! — murmuro rouco e isso só a faz sugar ainda mais, provocando uma pressão maravilhosa e me fazendo cravar as unhas em sua nuca, sem me importar se vai machucá-la ou não.Quase me esqueço que o charuto continua em meus lábios.— Filha da puta! — murmuro, fechando os olhos e tombo a cabeça para trás, sentindo as primeiras ondas de espasmos tomar conta do meu corpo. Minha barriga se contrai e meu corpo inteiro treme, desde os dedos dos pés. Ela engole cada gota do meu gozo como se fosse um manjar tão saboroso e precioso. — Desgraçada — provoco, deixando um riso curto escapar de meus lábios enquanto tento me recuperar da intensidade que isso me causou. Colo
Seus espasmos vêm mais fortes do que o anterior, suas pernas tremem e ela aperta os dedos em meus ombros, tentando manter o equilíbrio. Meu nome sai misturado com seus gemidos, de seus lábios, me fazendo a penetrar com menos delicadeza do que de costume, sem esperá-la se recuperar do clímax que estava tendo. Quero sentir a boceta dela pulsando pelos últimos espasmos que seu corpo está liberando. — Porra… — murmuro enquanto a sinto desliza mais fundo em cima de mim e começar um rebolado torturante. Agradeço por essa sensação, sem o látex incomodando e por saber que ela toma remédio.Aperto sua bunda com as duas mãos e a subo, quase tirando meu pau de dentro dela. Ela geme.E meu sorriso malicioso aumenta.A penetro com força, fazendo sua bunda se chocar contra mim e ela tomba a cabeça para trás. Com as mãos em sua bunda, começo um vaivém rápido, fazendo nossos corpos colidirem e os gemidos aumentarem. Os dela saem tão alto que começo a notar a falha em sua voz. Minha garganta arde
Termino de abotoar a camisa e olho o relógio em meu pulso, o ponteiro marca 22h50 e sei que logo a campainha irá tocar.Ela sabe que detesto atrasos, principalmente quando vamos para o swing bar. A campainha toca, termino de colocar o sapato e vou em direção à entrada, assim que a abro, Melissa não perde tempo e adentra o apartamento. Vestida da maneira que ordenei, sem cometer nenhum erro.A esquadrinho lentamente, observando cada detalhe, o salto alto branco, a meia calça fina vermelha e o sobretudo preto até os joelhos, cobrindo a lingerie que tenho certeza que está usando por baixo.— Sem atrasos — digo, passando delicadamente os dedos pela maçã do seu rosto, a fazendo soltar um suspiro baixo — Boa garota! — Aperto sua bochecha e aproximo meus lábios dos seus — Antes de ir, tenho uma coisa para te dar — sussurro, contra sua boca.Dou meia volta e vou até o meu quarto, abro a gaveta da cômoda e tiro um pequeno adorno da cor dourada. Passo os dedos pelo objeto, sentindo a gravura de
Subo os olhos até os dela e observo enquanto morde a ponta do lábio, seu peito vibra contra o meu, denunciando a risada contida que está engolindo e pela forma que seus olhos brilham, sei que não está para brincadeira.Melissa é a única submissa que aguentou por tanto tempo e deve ser exatamente por isso que ainda não a dispensei. Ela sempre topa tudo e nunca reclama, ou exigi coisas que sabe que nunca poderei dar.Desço os dedos até sua calcinha, deslizando dois dedos dentro dela e sorrio satisfeito ao sentir seu corpo se desmanchar sob o meu. Seus olhos se fecham e sua boca se abre, formando um “O” perfeitamente redondo, seus gemidos saem alto e quanto mais fundo meus dedos vão, mas alto ela geme. Introduzo um terceiro e ela crava as unhas em minha pele, puxo seu cabelo com mais força, a repreendendo. Instantaneamente, ela afrouxa o aperto em meus ombros.— Você quer isso? — provoco, tirando os dedos de dentro dela e pressiono o polegar em seu clitóris, causando um pequeno espasmo
Todos da casa já nos conhecem, sou frequentador assíduo do local há alguns anos, mas, é a primeira vez que venho tantas vezes seguidas com a mesma acompanhante. Normalmente minhas companheiras são mulheres de apenas uma noite. A luz avermelhada preenche todo o local e há apenas alguns clientes, já que o local é apenas para convidados da Elite de Chicago. O espaço é comprido, decorado com vários sofás de couro, na cor preta e posicionados na lateral do salão. No centro possuem dois palcos, ambos decorados com barra de pole dance e ao fundo tem algumas mesas de madeiras, com cadeiras acolchoadas, terminando de preencher a decoração. Assim que entro, avisto o barman e a gerente do local, cumprimento-os e me sento na banqueta do bar. — Cheguei até a achar que não viria hoje — a gerente brinca, se aproximando de onde estou — Seria a primeira vez, em meses, que isso aconteceria e confesso que seria uma lástima não ter o meu melhor cliente na casa — fala melodiosamente. — E desde quando f
O relógio já está quase marcando meia-noite quando enfim entramos no quarto privativo, com pouco mais de 40² metros. Ele possui 2 camas king size com dorsais, um divã erótico e um sofá de pouco mais de 2 metros de comprimento. Os móveis em cor preta, contrata bem com as paredes vermelhas. Caminho em direção à cama, me sentando na beirada e puxo Melissa pela guia da coleira, sentando-a entre minhas pernas, no carpete. Ela se senta com os joelhos no chão e as mãos apoiadas nas coxas, recostando as costas na cama. Deslizo as mãos por seus cabelos enquanto observo os rapazes se acomodando na suíte. Cada um em um canto.— Então?Matteo questiona enquanto se agacha próximo à mesa de centro e abre a pequena capsula de cocaína, jogando o conteúdo por completo em cima da mesa. — Quem vai ser o primeiro? — pergunta enquanto retira um cartão qualquer de dentro da carteira e separa o pó branco em pequenas fileiras.Se abaixa em seguida, tampa um lado da narina e com o outro lado aspira o pó co