Subo os olhos até os dela e observo enquanto morde a ponta do lábio, seu peito vibra contra o meu, denunciando a risada contida que está engolindo e pela forma que seus olhos brilham, sei que não está para brincadeira.Melissa é a única submissa que aguentou por tanto tempo e deve ser exatamente por isso que ainda não a dispensei. Ela sempre topa tudo e nunca reclama, ou exigi coisas que sabe que nunca poderei dar.Desço os dedos até sua calcinha, deslizando dois dedos dentro dela e sorrio satisfeito ao sentir seu corpo se desmanchar sob o meu. Seus olhos se fecham e sua boca se abre, formando um “O” perfeitamente redondo, seus gemidos saem alto e quanto mais fundo meus dedos vão, mas alto ela geme. Introduzo um terceiro e ela crava as unhas em minha pele, puxo seu cabelo com mais força, a repreendendo. Instantaneamente, ela afrouxa o aperto em meus ombros.— Você quer isso? — provoco, tirando os dedos de dentro dela e pressiono o polegar em seu clitóris, causando um pequeno espasmo
Todos da casa já nos conhecem, sou frequentador assíduo do local há alguns anos, mas, é a primeira vez que venho tantas vezes seguidas com a mesma acompanhante. Normalmente minhas companheiras são mulheres de apenas uma noite. A luz avermelhada preenche todo o local e há apenas alguns clientes, já que o local é apenas para convidados da Elite de Chicago. O espaço é comprido, decorado com vários sofás de couro, na cor preta e posicionados na lateral do salão. No centro possuem dois palcos, ambos decorados com barra de pole dance e ao fundo tem algumas mesas de madeiras, com cadeiras acolchoadas, terminando de preencher a decoração. Assim que entro, avisto o barman e a gerente do local, cumprimento-os e me sento na banqueta do bar. — Cheguei até a achar que não viria hoje — a gerente brinca, se aproximando de onde estou — Seria a primeira vez, em meses, que isso aconteceria e confesso que seria uma lástima não ter o meu melhor cliente na casa — fala melodiosamente. — E desde quando f
O relógio já está quase marcando meia-noite quando enfim entramos no quarto privativo, com pouco mais de 40² metros. Ele possui 2 camas king size com dorsais, um divã erótico e um sofá de pouco mais de 2 metros de comprimento. Os móveis em cor preta, contrata bem com as paredes vermelhas. Caminho em direção à cama, me sentando na beirada e puxo Melissa pela guia da coleira, sentando-a entre minhas pernas, no carpete. Ela se senta com os joelhos no chão e as mãos apoiadas nas coxas, recostando as costas na cama. Deslizo as mãos por seus cabelos enquanto observo os rapazes se acomodando na suíte. Cada um em um canto.— Então?Matteo questiona enquanto se agacha próximo à mesa de centro e abre a pequena capsula de cocaína, jogando o conteúdo por completo em cima da mesa. — Quem vai ser o primeiro? — pergunta enquanto retira um cartão qualquer de dentro da carteira e separa o pó branco em pequenas fileiras.Se abaixa em seguida, tampa um lado da narina e com o outro lado aspira o pó co
Melissa está deitada do meu lado e mesmo que seus olhos estejam fechados, sei que não está dormindo, dado que ao me levantar consigo sentir seu olhar me queimando a nuca.Não me dou o trabalho de vestir o resto das minhas roupas, por isso, ando em direção ao Matteo usando apenas a cueca boxer preta. Me sento no sofá do seu lado e viro a cabeça em sua direção. Ele está com a cabeça recostada no encosto do sofá e com um charuto aceso entre os dedos.— Está em cima da mesa — fala, antes que eu mal abra a boca para perguntar.Ele já me conhece.Não me dou ao trabalho de rebater, apenas me viro para a mesa de centro e não preciso procurar muito para achar a capsula de cocaína, ao lado do cartão dele. Me agachei, apoiando os joelhos no chão e me reclino em direção à mesa, abro a capsula e jogo um pouco do pó em cima do vidro, formando com o cartão uma fileira da grossura do meu dedo mindinho e aspiro de uma única vez só.Tombo para trás, me recostando no sofá e aperto os olhos, respirando
Após trocados, resolvemos descer para o bar da casa. Olho o relógio em meu pulso e nem me preocupo quando vejo que já passa das 3h, mesmo sabendo que terei aula no dia seguinte.Pego novamente a guia e a afivelo em sua coleira, entregando o sobretudo que pego com o barman, ela veste e se coloca atrás de mim. Antes de me sentar no bar, entrelaço as mãos em seus cabelos e a puxo com força até mim, chocando meus lábios nos dela num beijo ávido.Tenho ciência de que ela prefere o Caleb sob efeito de drogas e álcool, sei que fico muito mais receptivo para o mundo, mesmo ficando devastado depois que o efeito passa. Não posso julgar, também me prefiro assim. Não ligo para o efeito que o famoso “demônio da droga” me causava depois. A droga adormece o peso que carrego há muitos anos em meus ombros, agarrado a culpa que me atormenta. Dia após dia.Afundo os demônios novamente para dentro do baú, trancando-os e jogando a chave fora. Me acomodo na banco do bar e peço uma garrafa de whisky para o
Abro o pino e jogo todo o conteúdo dele na mesa, uso novamente o dedo para alinhar o pó numa linha reta, sem me importar que tenha despejado o dobro da quantidade que estou habituado a ingerir. Preciso inalar duas vezes para conseguir acabar com tudo, fecho os olhos enquanto sinto minhas narinas arderem e tombo a cabeça para trás, no encosto da cadeira enquanto sinto pó se misturando com a saliva e descendo pela garganta. Puxo a carteira do bolso e retiro algumas notas de alto valor, entregando-as para Matteo que agradece com um sorriso no rosto e enfia o dinheiro no bolso da calça. — Pode dobrar a quantidade na próxima semana — falo, estico o braço e dou alguns tapinhas em suas costas. Seu sorriso aumenta e ele apenas confirma com a cabeça, então, foco minha atenção na dançarina que caminha para o centro da pista e se aproxima do pole dance. A morena começa a se esfregar na barra de ferro, ao som da música que toca ao fundo, a dança totalmente sincronizada com a melodia. Meus ol
Permaneci mais alguns dias no hospital, em observação e sendo monitorado a todo momento como se fosse um maldito criminoso.— É sério isso? — questiono incrédulo ao mesmo tempo em que sigo até o banheiro.O segurança permanece recostado na porta, me encarando, de braços cruzados e em silêncio.— Não confiamos em você ao ponto de te deixar sozinho!A rispidez em sua voz já me é familiar.— E você alguma vez já confiou? — murmuro — Ao menos sabe o que significa confiança?David cerra os punhos e trinca a mandibula, se afastando da janela e caminha em minha direção.— Não me teste, Caleb! O olhar que me direciona é tão gélido que até o inverno do Alasca deve ser mais caloroso que isso. — Nesse jogo só existe um ganhador… — provoca, a voz tão baixa que se torna dificultoso de entender.Ele aproxima o rosto do meu de tal maneira que sinto seu hálito em minha pele arrepiando cada célula em meu corpo. Ele sorri, mas não chega aos olhos, é um sorriso diabólico.— E você sabe bem quem é!É
Só percebo que estou puxando os fios soltos da toalha quando sinto o calor das mãos dela sob as minhas e foi o ápice para mim. Foi como abrir a porta e deixar sair todos os sentimentos que estavam presos dentro de mim por tanto tempo, e com apenas esse mísero toque, eles foram libertos e não foi bonito. As lágrimas escorriam em abundância, como se fizessem anos que não chorava de verdade e me senti novamente uma criança abandonada, outra vez com apenas três anos, indefeso em uma casa.— Sério que… — David começa a falar, mas é interrompido pela minha mãe.— Cala a boca, David! — o tom firme não deixa brechas para objeções da parte dele.Só percebo que está saindo do quarto porque ouço o barulho dos sapatos sob o piso. Ele sai do quarto, pisando forte e soltando palavrões pelo caminho. Às vezes, parece adolescente. Não que eu seja a pessoa mais sensata para falar isso. Não possuo moral alguma para reclamar do comportamento dele.— Vai ficar tudo bem. — diz, me puxando para mais perto.