Murat
— Oh, vocês chegaram! — Dilara cantarola quando chegamos no topo da escadaria. Inevitavelmente percebo a curta camisola vermelha de seda rendada, que deixa pouco para a imaginação masculina e o meu olhar corre imediatamente para Sila que parece avaliar a intensão da minha cunhada.
— Acordada a essa hora? — inquiro com desdém, voltando o meu olhar para a garota imediatamente.
— Você sabe que eu não durmo até que o meu pequenino esteja quentinho e confortável em sua cama, certo, Ali? — A tia sorri para o seu sobrinho, e tenta uma aproximação, mas o menino se agarra as minhas pernas e ela me fita com um meio sorriso. — Vamos, Ali, já está tarde, querido. Você precisa ir para a sua cama. — Dilara insiste, estendendo os seus braços para ele.
— Deixe-o comigo, Dilara! — A impeço de tirá-lo de perto de mim. — Eu mesmo o ponho na cama essa noite.
— Oh, tem certeza, querido? — Ela pergunta docemente e no mesmo instante escuto um grunhido de desagrado
MuratPenso quando não me contenho e a abraço por trás, apertando-a nesse abraço e aspiro profundamente o seu cheiro algumas vezes, sentindo o meu corpo inteiro se despertar, se aquecer e pulsar por ela. E logo começo a beijar a sua pele com uma sede imensurável. No mesmo instante o seu corpo relaxa no meu, a sua mão envolve a minha nuca e os seus dedos massageiam os meus cabelos. O seu toque macio me faz resfolegar, ansiar e querer tomar mais dela para mim, e como se pudesse ler os meus pensamentos, Sila vira o seu rosto para me beijar na boca. O fogo parece crescer dentro de mim agora. Sim, estou ardendo por ela. Completamente em chamar por essa mulher e com esse pensamento colo ainda mais o seu corpo no meu, ralando a minha pélvis no seu traseiro, fazendo-a sentir a minha dureza. — Eu quero você, Sila! — rosno raivoso, absorvido por essa chama eloquente. — E a quero bem aqui! — A faço virar-se de frente para mim, fazendo-a se sentar no espaldar da jane
Sila— Bom dia, Senhor Arslan! — sibilo com a voz rouca e extremamente ofegante devido o orgasmo que acabara de me proporcionar. Inevitavelmente ele se deixar cair no colchão e logo estou apreciando o som da sua respiração pesada e ritmada do meu lado.— Bom dia, Senhora Arslan! — Me viro de lado e ele se vira também.— Você ficou — afirmo com um sorriso que eu não consigo segurar.— Você me pediu para ficar. — Sorrio ainda mais e me deslumbro com o sorriso que ele retribui. — Mas agora estou atrasado, Senhora Arslan e não vou poder ficar para tomar café da manhã com você. — Ele ralha com fingido mal humor, porém, suspiro baixinho diante dessa declaração.— Não dá para ter tudo nessa vida, não é? — retruco, declarando a minha frustração, porém, com humor e em troca, recebo um beijo cálido na minha boca. Devo dizer que estou cada vez mais envolvida por esse homem intrigante, mas devo admitir que isso é assustador também, porque não sei
SilaResmungo completamente apavorada.— Vamos, Ali, precisamos ir! — Me levanto abruptamente do chão e lhe estendo a minha mão. Contudo, o menino segura um dos brinquedos e o abraça, olhando direto para mim.Sabe o que me deixou completamente sem ação? A boneca representou o meu papel durante toda a nossa brincadeira.— Você quer levá-la consigo? — Ele faz um sim, a abraçando fortemente. Satisfeita, me ajoelho-me para ficar da sua altura e olho dentro dos seus olhos. — Tudo bem, estou muito feliz que me escolheu para fazê-lo companhia — sussurro, ajeitando algumas mechas dos seus cabelos no lugar e o meu coração dispara fortemente quando ele desenha um coração com os seus dedos, me abraçando em seguida.Beijo várias vezes o topo da sua cabeça.— Agora precisamos ir, Ali. Eles devem estar malucos nos procurando.Saber que passamos horas trancados nessa casa e longe de todos do casarão deve ter deixado os empregados em polvorosa. Só es
MuratMomentos antes de encontrar o filho…— Bom dia, Senhor Arslan!— Bom dia, Isla, alguma novidade?— Sem reuniões por hoje, Senhor, mas o Senhor precisa ir até a plataforma da BlakSea II.— Por quê?— Parece que houve um problema com uma das hélices das escavações, Senhor Arslan.— Entendi. Chamaram o técnico responsável?— Sim, ele já deve estar chegando. E já acionei um helicóptero para levá-los também.— Perfeito, Isla, obrigado! — Observo a minha funcionária seguir para a saída do meu escritório. Contudo, ao levar a sua mão para a maçaneta da porta ela para e me olha.— Desculpe, Senhor Arslan! — Ela diz meio encabulada. — Eu posso dizer uma coisa? — Faço um gesto de mão para ela continuar. — É bom tê-lo de volta! — Confuso, uno as sobrancelhas.— Desculpe, eu não entendi!— É que… faz tempo que não vejo sorrir assim e… o Senhor está até mais calmo esses dias. Até se parece
Murat— Que conversa é essa? Por que a Sila usaria o meu filho para especular a minha vida?— Porque eu a vi, Murat. — Franzo a testa.— O quer dizer com isso, Dilara? Onde você a viu?— A sua querida esposa estava na ala sul do casarão mais cedo. — Fecho as mãos em punho, pressionando fortemente os meus dedos.Não é possível! Não quando a pedi para ficar longe.— Você tem certeza disso? — O meu tom frio sai rasgando a minha garganta como espinhos perfurando a minha carne.— É claro que eu tenho! E quando a contestei ela disfarçou, mas eu a vi saindo do seu quarto.Apenas trinco o maxilar.— Certo, conversarei com ela sobre isso. No mais, eu preciso que a deixe à vontade com o Ali.— Murat, você me ouviu? Eu disse que a Sila… —
Murat— Eu já disse que não sei, Murat! — Sila esbraveja, porém, o seu olhar assustado ganha uma determinação ímpar e para a minha surpresa, ela dá um passo firme na minha direção.Afrontosa como sempre. Penso ainda mais irritado.— Então você não sabe? — ralho com desdém.— Não, eu não sei, Senhor Arslan! — Chego perto demais dela para olhar bem dentro dos seus olhos. Minha esposa une as sobrancelhas em meio a uma tempestade furiosa que nublam as suas retinas e a sua respiração ofegante chega a aquecer a minha pele.— Pois eu vou lhe dizer, Sila Arslan. Esse é o diário pertenceu a Cecília e ele deveria estar no meu quarto agora, mas por algum motivo ele estava em cima do seu criado mudo! — vocifero. Contudo, Sila olha para o objeto na minha mão com
— Pare, Dilara! — ordeno, mas ela não para e logo os seus lábios tocam no meu rosto, roçando a sua pele sensível com suavidade pela minha pele, causando-me uma repulsa incontrolável.— Oh, Murat, será que não consegue ver, querido? — Ela sibila com um doce lamento que me irrita. Um som arrastado, sensual e preguiçoso que surte um único efeito, me deixa furioso. — Por que não esquece essa maldita mulher? — Meu sangue ferve com esse pedido eloquente. — Por que não ver que ela não te faz bem, querido? — Fervilhando por dentro, seguro nos seus pulsos sem qualquer delicadeza e os seus olhos me encaram amedrontados no mesmo instante. Entretanto, a faço afastar-se de mim bruscamente, porém, olhando-a duramente nos seus olhos assustados.— Eu pedi pra você parar com isso, Dilara! — rosno gélido.&mdash
MuratComo mensurar o que estou sentindo agora? O meu coração está batendo tão forte dentro do meu peito que é possível ouvir o som das suas batidas dentro dos meus ouvidos e eu não consigo evitar de segurar as minhas lágrimas. Elas simplesmente estão brotando dos meus olhos com uma corrente de águas agitadas, e respirar é algo difícil de se fazer. Impactado, adentro o quarto silenciosamente, fechando a porta atrás de mim e caminho suspenso do chão na direção da sua cama sem perder um segundo sequer dessa linda visão.Ali, meu filho, por que ele está aqui?Por que ela o está abraçando tão protetoramente como se fosse a sua mãe?E quando ela conquistou a sua confiança que eu não percebi?Enquanto dezenas de questionamentos preenchem os meus pensamentos, eu m