MuratAlgumas semanas antes do casamento……— Mandou me chamar, querido? — Dilara, minha cunhada pergunta adentrando o meu escritório com o seu habitual sorriso doce, que como sempre não retribuo. Desfaço-me dos meus devaneios e levo algum tempo para virar-me e poder olhá-la dentro dos olhos.— Preciso que leve o Ali para a casa dos seus pais. Não é um pedido e ela sabe muito bem disso.— Por que você quer que eu faça isso, Murat? O Ali está…— Só faça o que eu estou pedindo, Dilara! — ordeno um tanto rude. Isso a faz se retrair e confesso que essa minha atitude grosseira tem acontecido muito ultimamente. Desde que perdi o meu amor, ela levou a minha alegria de viver e o que restou de mim foi um homem mandão e mal-humorado.— Mas, querido… — Dilara insiste, dando um passo na minha direção em uma tentativa inútil de me ludibriar. Contudo, a olho rigidamente, fazendo-a parar no seu lugar.Após a dolorosa partida de Cecília, devo dizer que Dilara tornou-se o meu braço forte em meio a u
SilaSolto um resmungo baixo, seguido de um gemido mais baixo ainda e por fim abro uma brecha de olhos, encontrando os primeiros raios de sol que já começam a invadir o meu quarto. Aturdida, olho para o relógio em cima do criado mudo e constato o quanto ainda é cedo. Contudo, ao me virar em cima da cama para voltar a dormir, o encontro dormindo do meu lado. Curiosamente Murat está encolhido em um canto da cama e as suas mãos estão presas entre as suas pernas, provavelmente para evitar de me tocar.Entretanto estou me perguntando quando exatamente ele invadiu o meu quarto e se deitou na minha cama.No entanto, ao erguer os meus olhos fico presa a sua imagem séria, sofrida e um tanto rígida. Alguns fios dos seus cabelos negros estão caídos na sua testa. Os seus olhos adornados por um par de sobrancelhas cheias e igualmente negras estão fechados de modo apertado, aprisionando-o em um sono profundo e a sua boca…Suspiro quando paro em sua boca.Ela está levemente aberta e o ar morno passa
SilaSuspiro, desviando os meus olhos da cena linda para encará-la.— Eu tenho o coração do filho dele bem aqui na palma da minha mão, mas você não tem nenhum deles, não é? — Meu coração dispara ferozmente, impedindo-me respirar.Não, eu não tenho nenhum deles. Constato.— Sendo assim, o coração do Murat nunca será seu, Senhora Sila não sei de que.Respiro fundo quando ela se afasta e vai direto para a mesa onde o almoço será servido. Contudo, ainda com o filho nos braços, Murat surpreendentemente se aproxima de mim, segura na mão e logo ele me guia para a sala. Ao entrarmos, percebo o olhar surpreso, porém, furioso de Dilara focado em nossas mãos unidas. Contudo, Murat acomoda o seu filho em uma cadeira e puxa outra para mim bem perto da sua. Depois, o silêncio na mesa é tão crucial que chega a me incomodar.— Eu estive pensando… — digo de repente, quebrando o silêncio de longos minutos. — A gente bem que podia sair um pouco com o Ali. — Murat me olha um tanto surpreso.— E qual é a
SilaNa manhã seguinte…… Eu disse que te daria o meu prazer, Sila! As palavras ecoam dentro dos meus ouvidos, assim que fecho os meus olhos debaixo do chuveiro. Eu ainda sinto a ardência dos seus beijos, o seu toque firme no meu corpo, o calor do seu hálito na minha pele.Oh Deus, o que eu estou fazendo?… Mas agora eles exigiram um casamento.… Os meus sócios, eu me casei e ponto final.— Não é de verdade! Não é de verdade! Não é… por que você não se convence disso de uma vez? — ralho com raiva de mim mesma e desligo o chuveiro. Me enrolo em uma toalha e afobada, vou para o meu quarto no mesmo instante que a porta se abre e os olhos firmes percorrem o meu corpo desnudo.Engulo em seco. Contudo, Murat fecha a porta atrás de si, mas sem desviar os s
Murat— Oh, vocês chegaram! — Dilara cantarola quando chegamos no topo da escadaria. Inevitavelmente percebo a curta camisola vermelha de seda rendada, que deixa pouco para a imaginação masculina e o meu olhar corre imediatamente para Sila que parece avaliar a intensão da minha cunhada.— Acordada a essa hora? — inquiro com desdém, voltando o meu olhar para a garota imediatamente.— Você sabe que eu não durmo até que o meu pequenino esteja quentinho e confortável em sua cama, certo, Ali? — A tia sorri para o seu sobrinho, e tenta uma aproximação, mas o menino se agarra as minhas pernas e ela me fita com um meio sorriso. — Vamos, Ali, já está tarde, querido. Você precisa ir para a sua cama. — Dilara insiste, estendendo os seus braços para ele.— Deixe-o comigo, Dilara! — A impeço de tirá-lo de perto de mim. — Eu mesmo o ponho na cama essa noite.— Oh, tem certeza, querido? — Ela pergunta docemente e no mesmo instante escuto um grunhido de desagrado
MuratPenso quando não me contenho e a abraço por trás, apertando-a nesse abraço e aspiro profundamente o seu cheiro algumas vezes, sentindo o meu corpo inteiro se despertar, se aquecer e pulsar por ela. E logo começo a beijar a sua pele com uma sede imensurável. No mesmo instante o seu corpo relaxa no meu, a sua mão envolve a minha nuca e os seus dedos massageiam os meus cabelos. O seu toque macio me faz resfolegar, ansiar e querer tomar mais dela para mim, e como se pudesse ler os meus pensamentos, Sila vira o seu rosto para me beijar na boca. O fogo parece crescer dentro de mim agora. Sim, estou ardendo por ela. Completamente em chamar por essa mulher e com esse pensamento colo ainda mais o seu corpo no meu, ralando a minha pélvis no seu traseiro, fazendo-a sentir a minha dureza. — Eu quero você, Sila! — rosno raivoso, absorvido por essa chama eloquente. — E a quero bem aqui! — A faço virar-se de frente para mim, fazendo-a se sentar no espaldar da jane
Sila— Bom dia, Senhor Arslan! — sibilo com a voz rouca e extremamente ofegante devido o orgasmo que acabara de me proporcionar. Inevitavelmente ele se deixar cair no colchão e logo estou apreciando o som da sua respiração pesada e ritmada do meu lado.— Bom dia, Senhora Arslan! — Me viro de lado e ele se vira também.— Você ficou — afirmo com um sorriso que eu não consigo segurar.— Você me pediu para ficar. — Sorrio ainda mais e me deslumbro com o sorriso que ele retribui. — Mas agora estou atrasado, Senhora Arslan e não vou poder ficar para tomar café da manhã com você. — Ele ralha com fingido mal humor, porém, suspiro baixinho diante dessa declaração.— Não dá para ter tudo nessa vida, não é? — retruco, declarando a minha frustração, porém, com humor e em troca, recebo um beijo cálido na minha boca. Devo dizer que estou cada vez mais envolvida por esse homem intrigante, mas devo admitir que isso é assustador também, porque não sei
SilaResmungo completamente apavorada.— Vamos, Ali, precisamos ir! — Me levanto abruptamente do chão e lhe estendo a minha mão. Contudo, o menino segura um dos brinquedos e o abraça, olhando direto para mim.Sabe o que me deixou completamente sem ação? A boneca representou o meu papel durante toda a nossa brincadeira.— Você quer levá-la consigo? — Ele faz um sim, a abraçando fortemente. Satisfeita, me ajoelho-me para ficar da sua altura e olho dentro dos seus olhos. — Tudo bem, estou muito feliz que me escolheu para fazê-lo companhia — sussurro, ajeitando algumas mechas dos seus cabelos no lugar e o meu coração dispara fortemente quando ele desenha um coração com os seus dedos, me abraçando em seguida.Beijo várias vezes o topo da sua cabeça.— Agora precisamos ir, Ali. Eles devem estar malucos nos procurando.Saber que passamos horas trancados nessa casa e longe de todos do casarão deve ter deixado os empregados em polvorosa. Só es