Íris Sharonstone uma jovem médica que nasceu em uma família antiquada, precisa se casar antes dos 25 anos, Luz sua irmã mas nova que também precisa se casar, fica feliz vendo a sua irmã atrasar o compromisso. Será que as duas irmãs vão conseguir escapar desse pesadelo? Um casamento arranjado é mesmo uma boa ideia?
Ler maisLuzFaz um tempo que não vejo a luz do sol, eu não faço ideia de quanto tempo se passou desde que cá cheguei. Os constantes açoites têm me impedido de pregar o olho, e como se não bastasse ainda me jogam aguá com gelo no corpo todo.Em alguns momentos sou alimentada com pão e água só para aguentar a dor, mas de tudo que tou passando aqui, eu não consigo deixar de pensar em como devem estar as minhas irmãs e na raiva que tenho por não ter dado ouvidos a Íris quando ela disse que isso não teria como acabar bem, e obvio que seria do lado muito mais fraco, o meu.Como se não bastasse, toda a tortura, ainda tinha as visitas da velha.— Como tens te aguentado minha adorada neta? — Perguntou a velha bruxa Laura.— Estou sendo muito bem tratada, não tenho motivos aparetes para me queixar — zombei.— Vejo que ainda pode aguentar mais um pouco — falou.— Eu prometi para mim mesma que sairia viva daqui só para poder me divorciar daquele homem.— Vejo que está decidida Luz, achava que a Íris
ÍrisAs regras da família nem são a pior parte delas. Mas os castigos. Além de humilhantes são dolorosos. — O que a senhora pensa que está fazendo? — perguntei após os seguranças soltarem-nos. — Não se esqueçam quem é a autoridade dessa família e de todas as empresas Sharonstone — respondeu a velha Laura— Para onde a senhora levou ela? Devolva a minha esposa agora mesmo. — Você nem consegue ser homem para exigir autoridade sobre a tua própria mulher, e acha que tem o direito de exigir de mim? — Não importa! Ela é minha esposa e nem pensa em tocar nela, se não eu…— Para de encher o peito, não vais fazer absolutamente nada — Falou a Elena— você não faz ideia de onde ela foi mesmo? — riu.— Qual é a graça? — perguntou o Hélio. — Ela vai ficar lá por um bom tempo! — Diz a tia Liliana. — A culpa é toda tua! Se você não tivesse hipnotizado ele — falei apontando para o Hélio — ele jamais teria voltado para Luz. — Ela recuperou a memória? — perguntou a velha Laura.— Não— respondeu a
Luz Ele está relutante em sair! Faz uma semana que eu mandei ele sair de casa, mas ainda continua em nosso quarto. — Luz, podemos falar? — perguntou, enquanto andava atrás de mim nos corredores do hospital.Eu fiquei em silêncio. Acho que ainda não percebeu que a sua presença me faz mal. — Eu… eu juro que não fiz nada com ela, me ouve por favor. — Se conseguires trazer a minha filha de volta eu volto com você. Caso contrário de-me o divorcio.— Você sabe que não pode me pedir isso — puxou o meu braço, fazendo-me parar.— Nós podemos sempre fazer mais! Eu sei que o teu corpo ainda está frágil então vamos esperar mais um pouco, e te dou outro filho. Isso mexeu comigo. De tanta raiva que eu estava ele ainda me falava de outro filho. Só faz uma semana que a nossa bebê se foi e ele está falando de outro. — Tenho trabalho! Para fazer, quer filho? Vá para a Gabriela. Ela sabe como fazer, se é que ela já não fez. — Amor por favor! Para com isso, eu amo você! Eu olhei para ele e me so
Luz A minha bebê se foi, ela me deixou, ela não está mais aqui comigo. A minha bebê já não vai chegar ao mundo com vida! Por ter te amado tanto eu perdi a minha bebê. Fiquei a noite toda acordada esperando ele chegar. O que eu faço com ele? Será que o mato? Finalmente ele chega e eu fecho os olhos, mas penso naquela mulher naquela foto, em tudo o que aconteceu nessas 7horas. Onde ele estava se divertindo. Antes de me tocar ele foi para o banho. De certeza que estava com ela. Colocou o pijama, e veio deixar ao meu lado, pegou em minha barriga como sempre, e não sentiu nada. Ele ficou assustado e me virou bruscamente. — O que é isso? — perguntou assustado. — Me deixa dormir por favor — falei, virando outra vez — eu estou cansada, o dia foi muito cheio. — Você só pode estar de brincadeira comigo Luz, cadê o meu bebê? — Eu não sei onde foi, mas ele não está comigo, não mais. — Você fez um aborto? — É tão fácil pensar assim não é? Me
ÍrisOuvi um estrondo na parte de cima, parecia vir dos quartos. Mas achei que não fosse nada de importante, quando a empregada grita por ajuda. — Senhora Íris a senhorita Luz está sangrando— gritou a empregada, correndo pelas escadas.Eu subi o mais rápido que consegui, o Luís o motorista e o Daniel o mordomo também foram ao seu socorro. Nesse momento, o Kevin acaba de chegar.— O que está acontecendo? — Perguntou confuso! — A senhora Luz, ela está desmaiada e sangrando — Falou a empregada. — Oquê? O Kevin correu pelas escadas, e quando chegamos em seu quarto vimos ela deitada inconsciente e sangrando, ao seu lado, o seu celular com a foto do Hélio e a Gabriela na cama! Era o nudez perfeito para mandar para a esposa. Realmente as amantes são um máximo.Pega a ambulância e vamos logo. O bom de ser dono de um hospital, é que os serviços especiais não atrasam para ti. Levamos ela até ao helicóptero ambulância direito para o hospi
Luz Eu estava me trocando quando ouvi um barulho de alguma coisa caindo ao chão e partindo, e parecia ter vindo do quarto da Íris, não dei muita importância, a minha desastrada irmã está sempre quebrando coisas, até que ela sai do quarto gritando. — Porquê estou nesse quarto? Porquê? — gritou ela. Como se estivesse com raiva de alguma coisa. Será que ela lembrou de alguma coisa?Ela gritava muito alto, parecia perturbada e entrando em pânico. — Íris? O que aconteceu? — perguntou a Mayra. — Ela está tendo um ataque de pânico— falou o Orian, que parecia ter acabado de tomar.Ela ficou sem ar que acabou desmaiando. O meu cunhando carregou ela ao colo e levou-a para o quarto de baixo. Ela ficou desacordada durante algumas horas e quando acordou parecia não ter acontecido nada outra vez. Quem me dera estar no lugar dela, não lembrar das coisas que a atormentam eu não sei se iria querer esquecer o Hélio ou a Gabriela, mas de certeza que iria querer o meu filho aqui comigo. Ele estava
ÍrisAquele menino não me sai da cabeça.— O que você faz aqui?— Perguntou o menino do outro dia.Ele realmente é lindo, e acho que é bastante parecido com o Liam, será que é filho do meu cunhado? O rosto dele me faz lembrar alguém mas não sei quem.— Eu vim ver você, faz um tempo que não nos vemos— Falei— A senhora veio cá só para me ver?— Perguntou surpreso.— Claro, sai da clínica e me lembrei de ti, como não te vi do outro lado da rua, achei melhor vir ver como você estava — falei sorrindo.Ele me abraçou intensamente. O que surpreendeu, então abracei ele de volta.— Nunca nenhuma mulher me disse isso, tirando a minha avó— falou ele, ainda me abraçando.— Se quiseres eu podemos ser amigos! Que tal? Também não tenho muitas pessoas para contar além das minhas irmãs e alguém especial— falei.— Eu aceito—falou ele, entusiasmado.Eu sorri.Ele estava de uniforme parecia estar a sair do colégio, e pelo emblema dele, era um colégio da Elite.— Vamos passear?— Perguntei.Tinham segurança
Luz — Sim! Eu conheço o senhor e o senhor me conhece, só que não se lembra de nada — respondeu a Gabriela. — Eu acho que já devo ter vinda para cá algumas vezes, por favor e como sobrenome quero uns salgadinhos surpresa — falou o meu marido, lembrando que eu não gosto de doces. — Como o senhor desejar — falou a Gabriela, saindo com os cardápios e olhando para mim.Aquilo me deixou desconfortável, não soube como reagir a aquilo que acabou de acontecer, apenas permaneci em silêncio. Porquê ainda acho que ela tem algum direito sobre ele, afinal de contas ele é meu marido e ex-namorada dela, seja lá o que for que aconteceu entre eles não tem nada o que ver comigo.Respirei fundo e voltei a sorrir para o meu marido. — Foi ela a ex que você disse que eu tinha que me lembrar? — perguntou ele.— Sim! É ela mesmo.— Mas porquê eu não consigo me lembrar de nada com ela? É como se ela nunca tivesse existido na minha vida. — Mas ela foi muito importante para ti — respondi — até que te voltes
ÍrisApós sair da psicóloga, vejo um menino parado no outro lado da rua, parecia triste. Aquilo não chamou a minha atenção, ignorei e comecei a andar pela rua. O menino não parava de olhar para mim e me seguir. Eu parei e ele também parou, parecia que eu estava a ser seguida por alguém. Passei a estrada e ele recuou dois passos. — Você está me seguindo? — Perguntei. Ele apenas acenou, balançando a cabeça para a minha resposta “não”. — O que você quer de mim? — Perguntei. Ele apontou para a sacola que estava em minhas mãos. — Você sabe o que tem aqui? — perguntei. Ele acenou novamente, dizendo “sim” em resposta. — Se você sabe então já deve ter vindo aqui? — perguntei. Ele acenou para sim novamente. Olhei para o garoto que parecia ter fugido de casa e levei para uma lanchonete. — você não fala? — perguntei. — Falo! Só não gosto — respondeu com a sua boca cheia de comida.— Cuidado garoto, vai acabar de engasgado — dei o guardanapo para ele. — Muito obrigada! — falou. — D