Luz Já lá se vai uma semana, finalmente tivemos a honra de conhecer o Henriques, o meu outro cunhado, ele parece ser boa gente, embora não temos convivido por muito tempo, de qualquer coisa vamos acabar vivendo todos juntos espero eu, e o mais saudável seria se nós nos déssemos todos bem, para viver em completa paz e harmonia, até chegar a minha vez de ser empurrada do precipício ao casamento. A Gabriela ainda continua triste por causa do rompimento do namoro, como ela pode ainda pensar nele, ele estava noivo enquanto namoravam e ela ainda fica esperançosa que ele volte e peça desculpas, isso é parvo. Mas não posso dizer o que penso em voz alta por causa da nossa amizade. Mas um dia eu terei que falar. Durante a organização da festa de noivado estava tudo correndo as mil maravilhas, tudo estava perfeito e bem feito, acabamos por organizar mesmo no imenso jardim que temos em casa, com a ajuda da Daniela, organizar tudo se tornou mais divertido e rápido também, eu gostaria qu
Íris Era tudo o que me faltava, além de estar podre, amassada estou toda babada e o homem com quem vou me casar está diante de mim. Isso é muito embaraçoso. — Oquê que você faz aqui? — pergunto, me sentando na cama. — Eu vim buscar a minha noiva, os meus pais estão esperando por você — Diz ele com as duas mãos no bolso. — Vou demorar um pouco para me preparar, então vai lá, não deixa eles sozinhos — Respondi me levantando da cama. — Prefiro ficar aqui, eles são um pouco chatos — Diz ele se sentando na cama. Ele tá se sentando na minha cama? — O que você está fazendo? — pergunto surpresa. — Oque foi? — Pergunta ele confuso. — Sai da minha cama agora. Ele bufou. — Vocês são sempre assim... Esperou ele que eu terminasse a frase. — Assim como? — Tão anos 90— falou— Estamos no século 21, vocês precisam se soltar mais. — Ainda dá tempo de cancelar toda essa brincadeira. — Não, agora que eu te conheci, estou curioso para saber mais sobre... Ele ficou me olh
— Você tem certeza que ela não está aí? — tenho, tenho sim, mas oque está acontecendo afinal de conta? — A Íris não voltou desde..., ela deve ter feito alguma coisa. — onde vocês estão agora eu vou até vocês. — estamos indo até ao cemitério, ela deve ter ido à capa da vovó. — faz sentido eu estou indo para lá. Não deixem de me avisar se por acaso acontecer alguma coisa. — Combinado! Encerramos a ligação, e a Mayra fica olhando para mim e para estrada esperando alguma resposta da minha parte. — ele disse que não a vê desde ontem à noite, e não está no hospital. — então ela deve estar lá — ela pisou ainda mais no acelerador do carro, fazendo-o indo mais rápido. — Mayra vai com calma por favor — disse, com medo. Em que momento é que a nossa família começou a ficar desse jeito? Quando é que começamos a perder o controlo das coisas e principalmente das nossas emoções? Será que tudo isso vem para nos prejudicar ou nos para ficarmos mais fortes. Em menos tempo do qu
Eu já não estava nervosa nem com medo, pelo menos não por mim, a Mayra está grávida e não suportaria que acontecesse algo com ela enquanto eu estivesse aqui, por culpa minha. Depois que o Juíz me chamou, eu vi, a minha família, procurei pela Mayra mais ela não estava, talvez eles não devem ter contado. Assim que a Luz e o Kevin olharam para mim, desataram a chorar. Eu chorei junto, nunca tinha ficado longe por tanto tempo assim das minhas irmãs, ou pelo menos sem falar com elas por 2 meses e agora que elas sabem onde estivesse esse tempo todos, isso me dá muita vergonha e me parte o coração ver eles chorando por minha causa. O Julgamento começou, e a Vanessa olhava para mim com ódio e repulsa, ela tinha os seus motivos, eu não julgava mas a entendia perfeitamente, era o seu filho, e a sua própria vida. Ela contou toda a história na sua verdadeira e única versão, não tinha como debater, eu era culpada por aquele e outros crimes. Assim que ela saiu, foi a minha vez, não havia mui
— Soltem a minha mulher, soltem ela, ela não fez nada soltem ela, Íris — grita o meu cunhado Henriques. Ele realmente não tem o mínimo de respeito e vergonha nessa cara. Mas do jeito que ele estava, notava-se que já não se cuidava tanto quanto antes. Parecia ter envelhecido mas 5 anos em apenas dois meses, faz tanto tempo que não o vemos. Ele notou que nós estávamos presentes e perguntou o que aconteceu e porquê ela foi julgada, ele mesmo não faz ideia ou está apenas brincando com a nossa cara? — Você faz isso propositalmente? — perguntou o meu cunhado Kevin, agarrando pela gola da camisa. — Eu não sei o que está acontecendo, o que ela fez? — pergunta para a sua amada amante — respondi. Puxei o Kevin antes que os guardas o fizessem. Caminhávamos até a saída, mas antes de sair disse para ele. — 12 anos de prisão, por causa de uma noite com essa mulher, você tirou 12 anos da minha irmã, Henriques estou tão arrependida de ter feito o que fiz para vocês ficarem juntos, o se eu
ÍRIS Como é que se começa de novo? Como é fazer as coisas do zero? Eu já tinha a minha vida construída e bem definida, as infelizmente, eu pós tudo a perder quando coloquei alguém no centro da minha vida. 5horas antes. — Finalmente chegou a hora, você está pronta? — Perguntou a outra presidiária que partilha a sela comigo. — Estou sim, faz um tempo que estou esperando por esse dia, estou mais do que pronta — respondi. — A tua família vai ficar muito feliz ao ver você, depois de 3 anos você recusando as suas visitas constantes — diz ela, andando de um lado para o outro. — É vergonhoso vir parar aqui pelas razões que eu vim, preferia ter roubado, eu não conseguiria olhar sempre para os olhos deles, a minhas irmãs são tudo o que eu tenho — digo, dobrando a última peça de roupa e colocando na mochila. — Você tem razão, mas aposto que eles devem estar a tua espera. — Eu não contei nada a eles, hoje é o aniversário do meu sobrinho, então devem estar ocupados preparando a
Íris — Quê? Que história é essa? — Faz três anos que fui diagnosticado com câncer, a tua irmã tem-me acompanhado, mas eu já disse que não quero operar, a tua família tem sido maravilhosa comigo, não podia ter pedido melhor. — O senhor pode parar de falar como se tivesse se despedindo? Tem que ter outra solução, o senhor não pode tomar essa decisão sem antes falar comigo. — Eu nunca contei como a Rayna morreu, ela também tinha câncer de estomago estágio 4, ela quis se juntar a sua mãe, as duas foram muito cedo, e isso me deixou sem esperança, te conhecer, fez com que eu quisesse morrer de forma natural, porque naquele dia, eu estava disposto a pular daquele prédio, Íris, Íris dos meus olhos, por favor, não lute por mim, eu quero e preciso estar com a minha família, pelo menos no meu túmulo, eu vou ficar bem — falou e o seu rosto se iluminou. — Como posso olhar para o senhor assim, morrendo, meu coração não vai suportar ver mais alguém morrer e eu não fazer nada — falo, chorand
Luz Como se reage a uma situação desse tipo, eu não faço ideia de como fazer isso de novo. Eu deveria mostrar algum tipo de atitude, afinal é a minha irmã que eu não vejo há 4 anos e 4 meses, ela se recusou a nos ver, deve estar com raiva de mim, afinal de contas, ela foi obrigada a casar com alguém que não queria e eu a motivei para que isso acontecesse. 6 Anos antes Estávamos todos reunidos na sala, quando de repente a Íris entra murmurando alguma coisa. — O que foi? — Pergunta a Mayra fazendo ioga no meio da sala. E eu sentada no sofá ao lado dela. Ela vira a cabeça e olha para nós e o cabelo vai parar ao rosto, assopra com a intenção de tira-lo da frente, mas falhou. Parece que isso deixou mais irritada. E então ela começou a choramingar. — O que aconteceu — Perguntei, colocando uma colher de gelado na boca. Sinceramente parece que estou debochando dela. — Não quero-me casar — diz ela, entrando depressa, como se tivesse fugindo de alguém. — Hã é isso, achei que j