Ashilley Hilden sentou-se próximo à fogueira do acampamento, procurando se aquecer. Ao seu lado encontravam-se dois homens, que a luz do fogo iluminava em um vago tom dourado.
— Não é espantosa a rapidez com que esfria no deserto? — ela comentou com os companheiros. — Parece impossível que aqui seja tão quente durante o dia e tão frio à noite. O mais jovem dos rapazes voltou-se para ela com um sorriso Sarcástico. — Isso não devia surpreendê-la. Não é assim com sua vida também? — O olhar dele percorreu-lhe o corpo como se quisesse tirar-lhes as roupas, usava shorts jeans e uma camisa branca de algodão. Os olhos verdes de Ashilley brilharam de raiva. Will Kennet havia sido desagradável desde que iniciaram a viagem a Yahren, o pequeno país desértico no Norte da África. Ela chegou à conclusão de que ignorá-lo era a melhor coisa que tinha a fazer. Levantou-se e dirigiu um sorriso para o homem mais velho. — Boa noite, Roby. Eu vou me deitar. — Eu também vou, embora não me seja nada agradável a ideia de voltar àquela barraca abafada. Ainda bem que estamos quase terminando o trabalho! Já não suporto mais este clima. Ashilley tinha uma grande afeição por Roby Ricks, embora o conhecesse há pouco tempo. Olhou para ele com ar preocupado, notando-lhe a palidez do rosto. De certo modo, sentia-se culpada pelo desconforto do colega, uma vez que era a responsável por ele permanecer no acampamento. A parte de Roby no trabalho já estava encerrada e ele poderia voltar para casa, mas decidiu ficar apenas para não deixá-la sozinha com Will naquele local isolado. Se não fosse pelas atitudes atrevidas e insistentes de Will, aquela seria uma missão maravilhosa. Quando o editor da revista Architectural World entrou em contato com ela na pequena faculdade em que trabalhava, em Maryland, nos Estados Unidos, Ashilley havia ficado entusiasmada. Toda a comunidade arqueológica estava excitada com a descoberta de uma tumba datada da época dos faraóis na longínqua Yahren, já que aquela era a primeira descoberta do gênero que foi do Egito. A múmia e todos os objetos encontrados nas salas funerárias ainda estavam sendo avaliados por especialistas e, portanto, foi um feito notável a Architectural World ter obtido permissão para fotografar a tumba antes de ela ser liberada para exposição. Roby era editor da prestigiosa revista e encarregou-se da missão. Will seguiu como fotógrafo e Ashilley, na função de arqueóloga, deveria examinar a estrutura das salas e determinar qual teria sido o uso de cada uma delas. A reportagem seria o destaque de um dos próximos números da publicação. Após deixar a fogueira naquela noite, Ela entrou na barraca e certificou-se de fechá-la com cuidado antes de começar a tirar as roupas. Will parou de tentar partilhar de sua cama, mas ela não tinha dúvidas de que o rapaz não hesitaria em dar uma espiada se encontrasse uma brecha na lona. Vestiu a camisola e desmanchou a longa trança em que prendia os cabelos. Soltas, as mechas loiras caíam sedosas sobre seus ombros, emoldurando as linhas delicadas do rosto de beleza clássica. O tecido fino exibia com perfeição o corpo bem feito e curvilíneo, mas não a protegia da temperatura baixa da noite, e ela não tardou a enfiar-se no aconchegante casulo de cobertores sobre a cama baixa. Um ruído acordou Ashy no meio da noite. O luar entrando pela abertura da tenda revelou um homem usando o longo traje típico dos árabes. Ashilley sentiu o ódio arder o seu rosto, pensando que daquela vez Will tinha ido longe demais! Ela sentou-se na cama e puxou o cobertor até o queixo. — O que você pensa que é? O sheik das Arábias? Se não sair daqui agora mesmo eu vou começar a gritar! Quando ela estendeu o braço em busca da lanterna, o homem segurou-a pelo pulso. Chocada, Ashy descobriu que não era Will! A pessoa de pé à sua frente era um árabe dos desertos, que ela, às vezes, via a distância. As tribos nômades nunca os haviam perturbado, mas eles tinham sido avisados para ter cuidado quando acampassem em regiões isoladas. Ashilley saltou o braço e pulou da cama, gritando por socorro enquanto corria para a entrada da tenda. Porém, um outro homem, maior ainda do que o primeiro, bloqueou-lhe o caminho, segurou-a pela cintura e levantou-lhe o queixo, de modo que a lua iluminasse seu rosto amedrontado. Disse algo em uma língua que ela não compreendeu e os dois estranhos riram. O coração de Ashilley pulava dentro do peito, enquanto os árabes a devoravam com um olhar malicioso. — Tire as mãos de mim! Eu sou uma cidadã americana, entenderam? — Ao ver que suas palavras não surtiam efeito, ela entrou em pânico. — Eu lhes darei dinheiro ou qualquer coisa que tiver aqui na tenda! Por favor, soltem-me! O homem que a segurava pela cintura pareceu compreendê-la, mas o alívio de Ashilley durou pouco. — Nós levamos dinheiro e levamos você, também. — Os olhos dele brilharam ao examiná-la da cabeça aos pés. — Vocês vão ter problemas se não saírem daqui. Meus amigos têm armas. — "Onde estariam Roby e Will?", ela pensou, desesperada. "Não teriam percebido o movimento?” Obteve a resposta quando o homem colocou-a sobre o ombro e carregou-a para fora. Roby e Will estavam deitados no chão e amarrados. — Sinto muito, Ashy — murmurou Roby. — Eles nos dominaram antes que percebêssemos que estavam dentro da tenda. — Não posso acreditar — ela disse, debatendo-se sem sucesso. — O que vou fazer agora? — Eles não ousarão machucá-la. Tenho certeza de que vão levá-la apenas para pedir um resgate. — A voz de Roby não parecia muito convicta. — Pagaremos qualquer coisa para tê-la de volta — disse ele aos homens, que o ignoraram. Ashilley foi atirada sobre a sela de um dos dois cavalos que esperavam. Sem mais uma palavra, os raptores montaram e levaram-na através do deserto. Aquele foi o início de três dias de ansiedade e medo. Ela foi conduzida ao acampamento dos árabes, um amontoado de tendas que abrigava homens, mulheres e crianças. Uma infinidade de animais domésticos andava entre as barracas. Ao ver o lugar tão calmo, ela sentiu-se mais aliviada. Era certo que eles não a molestariam na presença de suas famílias! No mesmo instante, os homens juntaram-se em torno dela. Tocaram-lhe o cabelo, sentindo a textura e o comprimento. Depois, tentaram tocar-lhe o corpo, mas Ashilley os repeliu com fúria. Os árabes não insistiram, apenas riram entre si. Após muita conversa, da qual ela não entendeu nada, Ashilley foi levada para uma grande tenda e entregue aos cuidados de várias mulheres, que pareciam tão interessadas nela quanto os homens. Elas mexiam nos laços da camisola e examinavam um pequeno anel de ouro em seu dedo. — Eu o darei a vocês se me ajudarem a sair daqui — tentou Ashy, sem ser ouvida. Deitou-se, imóvel, sobre o tapete que as mulheres lhe indicaram, tentando imaginar qual era sua situação. Talvez Roby estivesse com a razão e aquelas pessoas apenas quisessem um resgate. Se tivessem mais alguma coisa em mente, já a teriam feito, em vez de alojá-la com as mulheres. Ainda assim, não gostava da maneira como os homens a fitavam. Quem poderia garantir que eles a libertariam depois de receber a quantia que pedissem? Na manhã seguinte, Ashilley recebeu um kaftã para vestir, o que, pelo menos, permitiria que saísse da tenda para avaliar suas chances. Porém, as mulheres a seguiam por toda parte, sem que ela soubesse se obedeciam ordens ou apenas estavam curiosas. Não podia falar com as pessoas porque ninguém no acampamento compreendia sua língua, exceto o homem que a raptou, cujo nome descobriu ser Akmed, e que havia desaparecido do local. Ele voltou após três dias e parecia satisfeito. Ashy apressou-se em enfrnta-lo. — O que vão fazer comigo? Não podem me manter aqui para sempre. — Você não está feliz? Não se preocupe, irá embora logo. Aquelas palavras, no entanto, não a convenceram. De fato, quando as mulheres a levaram à tenda e começaram a despi-la, ela soube que a situação estava piorando. Ashilley resistiu como pôde, decidida a não tornar a tarefa fácil para as mulheres. O esforço, porém, foi em vão, pois minutos depois encontrava-se nua no meio do aposento. Elas, então, a vestiram com calças largas de tecido fino e esvoaçante, presa na altura dos quadris por um cós de lantejoulas que lhe deixava o umbigo à mostra. Um sutiã faiscante completava o traje, expondo grande parte dos seios firmes. Ashilley olhou para si própria, incrédula. Parecia uma dançarina árabe... ou uma noiva nativa. Seria possível que a fariam se casar com um daqueles homens do deserto? Uma onda de pânico subiu-lhe à garganta, quase a sufocando. Após lhe pentearem os longos cabelos claros, arrumando-os em torno dos ombros nus, as mulheres fizeram Ashy sair da tenda, colocaram-na sobre uma mesa que havia sido armada no centro do acampamento e se retiraram. Havia uma atmosfera de excitação entre os homens que se agruparam em torno do palanque improvisado. Os olhos escuros brilhavam com avidez quando eles a examinavam como se fosse uma peça de mercadoria: De repente, Ashilley compreendeu o que se passava. "Ia ser vendida!", refletiu: os três dias de espera haviam sido necessários para contatar todos os chefes locais. Seria leiloada como uma escrava! Como aquilo poderia estar acontecendo com ela? Olhou os homens morenos que a devoravam com o olhar e sentiu enjoos. Os lances se iniciaram logo, com os árabes empurrando-se uns aos outros e acenando os braços para chamar atenção. Akmed era um leiloeiro astuto e passava todo o tempo afagando os longos cabelos loiros de Ashilley e apontando para várias partes de seu corpo, para elevar as ofertas. Todos estavam tão concentrados no leilão que não notaram a aproximação de um retardatário. Olharam-no com surpresa quando ele, montado em um imponente cavalo negro, misturou-se à multidão de compradores. Vestia um caftã de brancura imaculada, em contraste com às roupas puídas usadas pelos outros homens. O kaffiyeh que levava à cabeça, preso à testa por um cordão, escondia grande parte de seu rosto, mas Ashy calculou que ele devia ter cerca de trinta e cinco anos. Os olhos castanhos escuros estavam apertados e sérios. Embora irradiasse poder e arrogância, havia no recém-chegado alguma tensão ao observar atentamente o grupo que a cercava. Ashilley perguntou-se o que poderia preocupar um homem tão audacioso. Com certeza, não seria medo. Quando os olhos dele passearam com admiração sobre seu corpo semidespido, ela estremeceu. Não havia dúvida quanto à significação daquele olhar: também veio para participar do leilão. A voz dele soou com determinação ao falar em voz alta na estranha língua nativa.O que quer que ele estivesse dito, causou um tumulto de protesto entre os homens reunidos. Akmed, porém, exibia um ar de aprovação e seus olhos brilhavam de ganância ao estender a mão na direção do desconhecido, para receber dele uma pequena bolsa de couro. Ashilley assistiu atordoada à transação, sentindo a realidade fugir do alcance de sua compreensão. Mas, quando o retardatário aproximou-se da mesma e envolveu-lhe a cintura com o braço, ela recuperou a consciência e lutou com todas as forças de que era capaz seu corpo esguio.— Não pode fazer isso comigo! ― gritou, batendo com os punhos no peito sólido como rocha de seu raptor. O braço que lhe prendia a cintura com firmeza revelava que o esforço era inútil, mas mesmo assim Ashilley continuou a resistir freneticamente.Ele inclinou a cabeça até encostar-lhe a boca no ouvido.— Eu aconselharia você a cooperar, a menos que goste da ideia de se tornar um brinquedo nas mãos de um desses homens.Ashy ficou tão surpresa que amoleceu o cor
Após pentear os cabelos molhados, Ashilley voltou para o quarto com a vaga ideia de olhar o guarda-roupa. Talvez algum hóspede anterior pudesse ter deixado algo que ela pudesse usar. Antes de cumprir seu propósito, percebeu algo sobre a cama e aproximou-se para identificar o que seria. Encontrou um vestido branco de algodão, e roupas íntimas.Feliz por ele ter resolvido seu problema, Ashilley pendurou a toalha em um cabide e começou a se vestir. Foi então que se lembrou de que havia deixado a porta do banheiro aberta enquanto tomava banho. "Será que ele a tinha visto?", pensou. Sentiu o corpo todo esquentar diante da possibilidade, mas convenceu a si própria de que aquilo era apenas uma reação da raiva. O vestido lhe coube perfeitamente. Não havia como arrumar sandalias, mas não se importava por ficar descalça. Era um alívio estar limpa e vestida de modo decente. Os cabelos, já quase secos, foram penteados para trás.Taylor a esperava na sala, vestindo uma calça caqui que moldava os q
— Percebe o perigo em que se coloca se estiver mentindo para mim? Não posso escondê-la para sempre e, quando a polícia a encontrar, você vai pegar uma sentença dura. As prisões aqui não são lugares agradáveis, Ashilley. Odiaria ver você enfiada em uma dessas celas por alguns anos.— Eu também não vou ficar muito satisfeita. — Ashy tentou não demonstrar pânico, mas o tremor da voz a traiu.— Você jura que não está envolvida nesse negócio com Will Kennet?— Eu gostaria de nem estar no mesmo país que ele. Will tornou minha vida quase, insuportável desde o dia em que começamos o trabalho. Roby até teve que permanecer no acampamento depois de terminar sua parte, porque ficou com receio de me deixar sozinha com ele.— Parece o tipo de sujeito que faria mesmo uma estupidez, como roubar uma peça arqueológica de valor.Ashilley levantou-se, mais animada.— Quer dizer que você acredita em mim?— Acredito. Mas continuamos com um problema.Os olhos dela encheram-se de lágrimas. O pesadelo ainda e
Ashlley olhou-se no espelho, incrédula. Não podia acreditar que a cor do cabelo fizesse tanta diferença! A tintura mudou seu tom de loiro para um castanho com reflexos dourados. Parecia completamente natural e ela era uma nova mulher.A transformação foi auxiliada pelo fato de Ashlley ter decidido cortar os cabelos. Aos primeiros golpes da tesoura, olhou com certo arrependimento para as madeixas que caíam no chão. Conforme o peso dos longos fios eram removidos, os cabelos se encacheavam com naturalidade, emoldurando o rosto e tornando-o ainda mais delicado. Ashlley examinou o resultado final no espelho, sem poder dizer com certeza se havia gostado ou não. O novo corte a fazia parecer frágil e feminina.Uma batida na porta interrompeu seus pensamentos. Quando ela abriu, Taylor entrou boquiaberto.— Não posso acreditar! Como uma loira tão linda pôde transformar-se em uma morena fabulosa?— Ficou bom? Acho que ninguém me reconhecerá agora, não é?— Com certeza.— Então podemos começar a
— É para isso que servem os amigos. Não estava escrevendo nenhum livro, e me sentia muito entediado. Quando Greg disse que eu precisaria de toda minha esperteza contra o governo de Yahren, como poderia resistir?— Não sei como você conseguiu me encontrar no meio do deserto. Parece um milagre.— Tivemos alguma sorte. Em primeiro lugar, Roby alertou Greg imediatamente. Mas o mais importante foi o fato de Akmed ser tão ambicioso. Ele poderia ter vendido você no dia seguinte à captura, mas decidiu que alcançaria um preço mais alto se fizesse um leilão. Precisou de algum tempo para avisar e reunir os compradores e isso me deu a oportunidade de chegar aqui e fazer perguntas.— A quem você poderia fazer perguntas?— Tenho alguns contatos, pessoas que me devem favores. Depois que descobri o que estava havendo, foi fácil.Ashilley pressentiu mais alguma coisa que ele não queria contar. Recordava-se da maneira como Taylor olhava para trás de tempos em tempos ao deixar o acampamento dos nômades
— Ashilley, você é como a Bela Adormecida esperando que um príncipe venha acordá-la com um beijo.— Não tenha ideias, sr. Hunter! Tenho vinte e seis anos e sei muito bem cuidar de mim mesma. Você vem escrevendo histórias há tanto tempo que está começando a acreditar em sua própria ficção. Minha vida pode parecer monótona para você, mas é perfeita para mim!Antes que ele pudesse responder, foram interrompidos pela aproximação de um casal vestido de maneira elegante.— Taylor, querido! — cumprimentou a mulher insinuante ruiva, com uma voz melodiosa. — Eu ouvi dizer que você estava de volta, mas não acreditei. Vai escrever outro livro aqui?— Oi Mônica. Como vai, Tedy? Não, estou apenas de férias.— Não pensei que você fizesse alguma coisa que as pessoas comuns fazem — disse Tedy.— Procuro não fazer. "Sheylla", estes são Mônica e Tedy Fretsgeraldy. Tedy é o presidente da filial de uma grande firma americana, a Robesco. Mônica pode lhe contar tudo o que acontece em Yahren. Gostaria que v
— Foi assim que as autoridades descobriram que tinha havido um roubo?— Exato. A polícia bloqueou todas as saídas da cidade e, dessa forma, ele está preso aqui. Sabe se Will conhece alguém em Yahren que poderia escondê-lo?— Acho que não. Ele nunca mencionou ninguém.— Então as coisas não devem estar fáceis para ele. É só uma questão de tempo até nós o pegarmos. Espero que consigamos antes da polícia.— Pode ser falta de generosidade de minha parte, mas não me importo com o que venha a acontecer com ele.— Nem eu. Estou pensando em você. Pelo que me contou sobre Will, não me surpreenderia se ele tentasse comprometê-la para livrar-se de parte da culpa.Ashilley arregalou os olhos.— Quer dizer que estou em perigo mesmo se nós o encontrarmos?— Isso não será difícil de resolver — ele assegurou.— Se Will não conhece os lugares onde os criminosos costumam se esconder, como vamos saber onde procurá-lo?— Para começar, podemos eliminar todos os grandes hotéis, já que exigem a apr
Como ela poderia explicar que talvez não fosse necessário forçá-la? Não havia dúvida de que fazer amor com ele seria uma experiência muito especial para ela. Para Taylor, seria apenas mais uma conquista entre tantas. Ele a possuiria com paixão e carinho, preenchendo as necessidades que só ao lado dele começou a sentir, introduzindo-a a prazeres que ela conhecia apenas através da imaginação. Depois, estaria tudo acabado. Não tinha experiência suficiente para conquistar um homem como Taylor. Mesmo assim, poderia valer a pena... se, ao partir; ele não lhe levasse o coração. Era disso que tinha medo.Taylor esperava pela resposta e ela tomou cuidado para escolher as palavras.— Estou muito grata a você, Taylor. Eu sei o quanto lhe devo.— Você não pode estar pensando que eu espero possuí-la como pagamento! Não haveria a menor diferença entre mim e aqueles bandidos que a raptaram!— É claro que não. Porém, eu acho que você espera que haja algum relacionamento mais íntimo entre nós, um