CAPÍTULO 3

                         

                                                         De Quem é a Culpa?

— Antes de qualquer coisa vem minha felicidade. Não posso me privar de nada, a vida é passageira. Sou boa no que faço. Minha vida profissional não me preocupa. Mesmo se eu fosse à rainha da Inglaterra teria a mesma postura, creio — sorriu — Não tenho direito de falar nomes de amigos e suas vidas intimas. Deselegante isso, não acha?  A privacidade, a minha liberdade me enlouqueceria. Deixe que a vida cobre, pagarei o preço que for! Senhores com licença terei um longo dia — seguiu para empresa encontrando sua secretária conversando com deputado Thomas Brue, um corrupto famoso e infiel a bela esposa. Fanático pela filha que havia colocado em algum colégio interno, jamais divulgado.

— Luna desculpe aparecer sem avisar, preciso conversar com você antes de ir a Washington — ficou parado observando sua beleza, as noites que tiveram pareciam um filme em sua mente.

— Me acompanhe deputado. Seja breve! — caminhou para sua sala, com seu rebolado enlouquecedor. Era perfeita — O que devo a honra de sua visita logo cedo? Sente-se — relaxou em sua poltrona.

— Como bem sabe, minha filha foi enviada para estudar na Rússia alguns anos atrás — sentou à sua frente.

— A levou para bem longe! Tem medo que seja raptada ou pague por seus pecados? Não estou entendendo Thomas. A última vez que a vi tinha uns 9 anos?

— Não brinque, tenho meus negócios e... Bem, era bem pequena. Hoje é uma adolescente e está de volta com seus 16 anos. Têm suas próprias ideias — passou as mãos nos cabelos grisalhos, como quem estivesse agoniado, ficando em silencio.

   Impaciente Luna olhou o relógio — Qual problema, Thomas? Ainda bem que existem pessoas com suas próprias opiniões e decisões. Em que posso ajudar?

— Ela não é uma adolescente qualquer. Peço que não aceite qualquer pedido de estágio em suas empresas. Já falei que ela poderá trabalhar comigo, quando alcançar a maior idade. 16 anos ainda é uma criança...  Meu sogro apoia suas ideias descabidas. Quer ser arquiteta! Sei que você tem uma grande empresa de arquitetura, que todos os jovens almejam.

— Por Deus Thomas! Deixe sua filha ser livre, ainda é uma adolescente cheia de dúvidas. Se a amasse tanto, não desejaria que entrasse nessa política suja que construiu? Esse seu lado controlador... — se levantou olhando a paisagem do outro lado da rua. Pessoas andando de um lado para o outro, cada um com seus sonhos e liberdades — O que acontecem com vocês pais? Todos querendo impedir os filhos de serem o que são ou o que querem ser?

— Você não a conhece — se aproximou — Podemos...

— Posso conhecer! Não podemos nada Thomas, tenho muito trabalho a fazer. Vá almoçar com sua linda esposa. Ainda não sei como deixa aquela mulher tão só!

— A tenho todos os dias — ele se afastou — Peço desculpa, estar ao seu lado e não...

   Ela o interrompeu:

— Leve sua esposa para um lugar romântico. Sua filha ao meu lado estaria segura — abriu a porta para que saísse — Thomas deixe sua filha ter personalidade. Rebeca acompanhe Sr. Thomas, por gentileza — voltou para sua sala.

Meia hora depois Rebeca ligava para seu ramal — Senhorita Nicole, filha do deputado Thomas deseja... — sentia que sua respiração era de irritação, em seguida ouviu:

— Que diabos essa fedelha quer? Mande-a entrar — desligou aguardando uma adolescente que provavelmente usava jeans rasgado, camiseta com estampa de desenho animado.

Rebeca abriu a porta — Com licença senhorita, a filha do...

— Mande-a entrar logo! — iria dispensar antes que falasse a segunda frase.

— Olá! — sua aparência era de 18 a 19 anos. Dona de uma beleza que ainda estava em desenvolvimento. Usava um vestido muito bem feito com um decote provocador e sapato de salto. Uma leve maquiagem. Era linda, estava querendo se aventurar ou ganhar sua liberdade — Nicole a olhava encantada.

Luna ficara admirada, esperava uma adolescente chata e infantil. Era linda, entendera naquele momento, a preocupação do pai em protegê-la do mundo — Como vai? — se aproximou fazendo sinal para secretária sair — Em que posso ajudar? Vejo que não é mais aquela menina de uns 9 anos que encontrei... — era uma menina com corpo de mulher — Sente-se, conduzindo-a até o sofá.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo