De Quem é a Culpa?
Quando Jones faleceu, deixou seu um testamento onde sua única sobrinha herdara todos os seus bens. O mundo de Luna desmoronou, sendo conduzida pelas babás que a cercava, enquanto os pais viviam de forma egoísta. Não se davam conta, que ela era criança e sofria por falta de amor paterna. Quem iria estar nas reuniões escolares e eventos agora? Nos raros momentos que sua mãe a beijava era escondida do marido. Na presença dele mantinha distância. Confusa, Luna crescia com as dúvidas cruéis do que havia acontecido no passado dos pais. Certa vez ouvira seu pai dizer: — A beija com quais pensamentos Mirian? — E quais pensamentos seriam se não fosse de afeto pela filha? Confusa se questionava — Quando crescer serei livre! — disse ao seu segurança. Depois daquele momento sua mãe evitava afetos diante a presença do marido.
Dr. Victor cobrou de Luna — Já está na hora de pensar no futuro Luna — dizia seu pai — Pensa que herdar uma fortuna, não precisa saber administrar? Vai perder tudo com suas imprudências! — estava louco, o que Luna tinha herdado ficaria por toda sua vida e geração futura por décadas e décadas sem que precisasse fazer nada.
— Não sei ainda o que vou fazer na faculdade, tenho apenas 14 anos — respondia impaciente sempre que o assunto surgia. Pois tinha uma grande fortuna para administrar, inclusive um famoso escritório de advocacia do tio falecido. Na fase adulta se formou em economia e direito, ganhando fama nos casos que pareciam impossíveis para alguns colegas. Buscava os melhores casos para brigar nos tribunais, esperava o momento certo para enfrentar o imbatível Victor Petter. Arrebatava todos com seu dom e habilidade de persuasão. Em pouco tempo de profissão já era conhecida pelos colegas como a “Fera dos tribunais”. Dedicou-se as empresas herdadas, causando alvoroço na economia com seus investimentos altos. Não era diferente diante os juízes, os colegas a temiam, sempre tinha uma boa carta na manga. Porém, seu maior desafio eram os pais, quando assumira sua bissexualidade.
— Uma advogada não pode se relacionar com mulheres e homens! — criticava Sr. Victor — É uma vergonha para família. Uma filha que se relaciona com homens e mulheres. Como acreditar em uma profissional indecisa?
Ela o olhava sem acreditar no que ouvia: — Gosto de pessoas. Não acredito que você seja tão ignorante. Trabalha para Anne Adams a lésbica mais famosa que conhecemos. Jeniffer Maya a bissexual mais desejada por todos e não tem vergonha de ganhar dinheiro com elas? Meu caráter e ética não está em minha vida sexual. Que prova, quer mais, que sou excelente no que faço? Não sente orgulho de mim? Tenho certeza se tio Jones estivesse vivo, eu seria seu maior orgulho. Ele sim me amava e você o afastou de mim — deu-lhe as costas com um sentimento indecifrável.
Ele a olhou furioso — Ele morreu! Jones não era esse amor. Ou você acaba com isso ou me esqueça como pai! Sua sorte foi herdar tudo que ele deixou. Eu sou seu pai!
Em bom tom ela respondeu:
— Meu o quê? Pai? Vocês têm um nome a zelar não é PA-PAI? Não se preocupe ninguém saberá o real motivo de sair de casa — com um tom ameaçador olhou a mãe percebendo que ela era submissa ao esposo — Estou decepcionada com vocês. Não deixarei de viver minha vida por uma opinião homofóbica de vocês. Espero não o encontrar no tribunal um dia, pois será o último caso de sua miserável vida. Será que é meu pai mesmo? Você deveria ter morrido no lugar dele.
— Saia Luna! Maldição! Saia! — gritava chamando atenção dos empregados que se recolhiam em seus devidos lugares — Suma da minha frente sua insolente, onde estava com juízo quê... Vá embora mesmo!
— Chega Victor! Chega! — Srª Mirian chorava em silêncio por ser covarde de não impedir tanto sofrimento a filha.
— Luna não fale isso. Pense bem! — Srª Mirian a segurou pelo braço — Jones deixou bens valiosos e você...
Lentamente tirou sua mão de seu braço — Cuide dos seus hospitais. A única coisa que sabe fazer de melhor, MA-MÃE! Não recordo a última vez que me deu um beijo ou que me disse que me amava. Não estou lamentando, apenas dizendo o quão é seca. Vocês nasceram um para o outro. Não perturbe minha fúria — se afastou deixando-a com seus pensamentos, indo direto para mansão herdada pelo tio. Como poderia viver trancada no armário se era defensora da liberdade? Não era hipócrita de manter uma dupla personalidade. Eles não a amavam mesmo. Que falta iriam fazer? — Me ame ou me odeie — usava essa frase com frequência. E naquele momento era odiada. Já fora carente de afeto materno ou paterno. Aquela falta já não era mais presente, mesmo por que não conhecera o amor deles. Aprendera ser independente na dor e crescera ouvido seu tio dizer: — “Ame a liberdade, pois ela nos leva a alçar nossos objetivos, não permita que ninguém mude sua personalidade” — e assim Luna vivia, não permitindo que ninguém ditasse sua liberdade. Era misteriosa e irresistível. Não se escondia da sociedade, era livre para ir onde desejasse com os sentimentos. Ainda poupava os pais, quando era questionada pela decisão de morar só — Meus pais vivem a vida deles e eu a minha. Ser bissexual não é a descoberta da história. Minha vida nunca será programada por ninguém. Isso não afeta minha vida profissional, tenho diversos colegas gays dentro do tribunal e na política — respondia com delicadeza, provocando curiosidade na mídia.
— Para uma pessoa pública você não se priva de nada. Sempre em grandes festas, rodeada de amigos íntimos. Nunca pensa que algo pode impactar em sua carreira e negócios. Ás vezes a liberdade tem um preço? — perguntou um repórter — Pode citar esses amigos?
De Quem é a Culpa? — Antes de qualquer coisa vem minha felicidade. Não posso me privar de nada, a vida é passageira. Sou boa no que faço. Minha vida profissional não me preocupa. Mesmo se eu fosse à rainha da Inglaterra teria a mesma postura, creio — sorriu — Não tenho direito de falar nomes de amigos e suas vidas intimas. Deselegante isso, não acha? A privacidade, a minha liberdade me enlouqueceria. Deixe que a vida cobre, pagarei o preço que for! Senhores com licença terei um longo dia — seguiu para empresa encontrando sua secretária conversando com deputado Thomas Brue, um corrupto famoso e infiel a bela esposa. Fanático p
De Quem é a Culpa? — Obrigada por me receber, fora de sua agenda. Irei direto ao ponto. Não quero seguir a carreira do papai. Estou procurando estágio em suas empresas — sentou-se a sua frente a olhando fixamente — Estou estudando arquitetura e... — se perdera diante aquele mundo, ela era jovem com uma responsabilidade enorme na sociedade — Como conseguiu tudo isso? Sei que seus pais são ricos... Luna olhou o relógio que usava calculando que seu encontro já estava a sua espera. O ramal tocou — Com licença — atendeu a secretaria que informava que Michael estava a sua es
De Quem éa Culpa? Ela saiu sorridente. Luna saiu da empresa direto para mansão, precisava descansar — Estela me sirva um champanhe — pegou sua taça a dispensando, tentando levar seus pensamentos para longe daquela adolescente. Minutos depois Estela retornou — Uma jovem, se identificou no portão principal como filha do deputado Thomas, deseja falar com a senhorita. — Mande-a entrar — ficou aguardando curiosa — Seja lá o que for, não pode esperar até amanhã? — Precisava ficar a sós com você. Passou à mão no rosto sentido a tentação ao seu lado — O que você quer? Aproximou-se de Luna tocando de leve em seus lábios —Você! Não paro de pe
De Quem é a Culpa? — Estão curtindo a noite? — percebeu que Luna bebia com um olhar tenso — Algum problema com essa garrafa amor? — Amor? Você deve ter curtido o pênis dele comer sua... — murmurou dando um sorriso sarcástico. — O que disse? Não entendi... — Que sua festa está linda Nicole — bebeu mais uma dose — Tenho que ir, amanhã cedo irei a Paris. Negócios. Ficarei alguns meses fora. Surpresa arregalou os olhos — Como vai a Paris? Só me fala hoje. Meses? — Seu amigo está a sua procura — se levantou — Vá ao seu encontro, curta o resto de sua noite — se aproximou ao seu ouvido sentindo seu perfume e sexo a flor da pele — Te falei um dia, para não mentir nunca. &
De Quem é a Culpa? Não esperava receber aquela notícia o olhou e disse: —Tenho os melhores champanhes. Suba essa escada e entre na primeira porta a direita, vou levar um presente para você. Nicole é uma boa garota, seja gentil com ela. — Ela não quer expor nosso namoro! Os convidados aproveitavam a bela noite com tudo que tinha de melhor na mansão Luna disfarçou o observando subir a escada sem que ninguém o visse. Foi até seu encontro — Consegue me apresentar seus 20 anos de experiência? — segurava uma camisinha. Aproximou-se o tocando entre as pernas — Coloque! — entregou a camisinha. — Será um prazer — acariciou seu corpo beijando-a, não podia broxar naquele momento, es
De Quem é a Culpa? Nicole fechou a porta tirando peça por peça fazendo strip-tease — Me devore! Pensei que esse momento não fosse chegar — se aproximou de sua boca, esfregando seu corpo nu, sedento sem pudor. Sentia saudades das loucuras ao seu lado. Era uma mulher de negócios e uma pervertida fora do trabalho. Estranhava sua frieza — Por que está...? — Dance! — Luna a empurrou contra o sofá beijando sua boca de forma brusca —Três meses! — apertava seu pescoço gritando — Mentiu! Você mentiu Nicole! Assustada tentou se levantar, sentindo o peso de Luna sobre seu corpo — Sexo selvagem? — comentou com dificuldade para respirar. — Quando iria me falar? Por que, Nicole Brue? — segurava seu rosto com força — Logo
De Quem é a Culpa? Luna chegara sem falar com ninguém, indo direto ao encontro do Senador — Me coma! — se vigava de todas as formas de Nicole. Com o olhar surpreso e excitado se aproximou sentindo seu corpo ser arremessado contra o sofá — Não sou tão jovem assim! — Só me devore! — a cada penetrada lembrada de Nicole beijando aquele cara, aumentava seus movimentos e posições sexuais. O olhou nos olhos ficando de quatro — Tem uma energia, invejável meu caro, então aproveite. Cada um acredita no que quer! Nicole já não tinha mais tanta facilidade em falar com Luna nas empresas — Veja se pode me receber, por dois minutos — implorava — Mais que droga! Medi
De Quem é a Culpa? Thomas Brue deixou o corpo cair sobre o sofá sentindo falta de ar, a cabeça confusa e atordoada — Como? — tirou a gravata que o sufocava — Não pode ser verdade! — sentiu o telefone vibrar em seu bolso, o pegou olhando o visor, atendendo rapidamente —Delegado Garcia — ficara em silencio ouvindo. — Pelo amor de Deus, por onde esteve ontem à noite? — Como assim Garcia? Fale logo! — se afastou para sala ao lado — Quem matou minha filha? — Sei que tem alguns policiais em sua residência, se afaste deles. — Mais que diabos estar acontecendo? Vá direto ao caso! Prenderam o assassino da minha filha? Como isso aconteceu? — Sua filha usava uma peça de roupa íntima sua. Era comum? Seu