De Quem é a Culpa?
Luna chegara sem falar com ninguém, indo direto ao encontro do Senador — Me coma! — se vigava de todas as formas de Nicole.
Com o olhar surpreso e excitado se aproximou sentindo seu corpo ser arremessado contra o sofá — Não sou tão jovem assim!
— Só me devore! — a cada penetrada lembrada de Nicole beijando aquele cara, aumentava seus movimentos e posições sexuais. O olhou nos olhos ficando de quatro — Tem uma energia, invejável meu caro, então aproveite. Cada um acredita no que quer!
Nicole já não tinha mais tanta facilidade em falar com Luna nas empresas — Veja se pode me receber, por dois minutos — implorava — Mais que droga! Mediterrâneo! — lia nos jornais as aventuras da amada — Quando ela volta Rebeca?— Não tenho tal informação senhorita — a secretaria respondia, vendo-a ir embora rapidamente todos os dias — Que obsessão dessa menina gente!
Nicole chegara a sua casa furiosa, despertando curiosidade do pai — O que aconteceu filha?
— Nada pai! — estava irritada — Avise a mamãe que estarei em minha casa. Não quero que durma hoje comigo, ou melhor, nunca mais! Preciso ficar só! Estou farta de você me sufocando pai — saiu deixando-o sem palavras
— O que aconteceu? — a viu sair feito furação.
Os dias seguintes seriam torturadores sem falar com Luna. E assim foram seus dias seguintes. Nas empresas não tinha acesso mais ao andar presidencial.
Luna ligou para o deputado Thomas Brue — Me espere no lugar de sempre.
Ele ouvia sua voz se masturbando — Não demore, pois estou um pouco alcoolizado. Irei ao apartamento da minha filha pegar uns documentos, em seguida irei ao seu encontro.
Pelo tom de sua voz, sabia o quão estava bêbado. Sorriu desligando, descantando o chip do aparelho. Já era tarde esperou os empregados se recolherem para sair. Foi até seu atelier que ficava fora da mansão, pegando uma bolsa levando para seu carro.
— Vai sair senhorita? — indagou um dos empregados — Posso chamar o motorista?
— Que diabos estar fazendo aqui? Pregou-me um susto! Não será necessário. Preciso sair um pouco.
— Estou fazendo minha ronda, senhorita. Deseja seus seguranças? — respondeu, vendo sair em silencio. Trabalhava há 10 anos na mansão, respeitava as regras e espaço da patroa.
O deputado abrira a porta do quarto que estava aguardando Luna sendo agarrado e beijado. Não conseguia manter-se de pé, a imagem que via a sua frente era turva e a voz parecia um desenho animado — Que diabos eu bebi hoje? Não sentiu mais nada, acordando às 6h30 da manhã assustado — Luna! — se levantou tonto a sua procura. Sua cabeça parecia explodir — Foi embora e me deixou dormindo — sentiu o peito arder, olhou os arranhões confuso — Desgraçada! Arranhou-me todo — ficou assustado ao perceber que estava no apartamento da filha — Como cheguei aqui? Nicole! — estava só — O que está acontecendo? — ligou para a filha diversas vezes — Deve estar na faculdade. Se estive aqui, minha filha deve ter dormido com a mãe? — se questionava sem entender o que estava acontecendo — pensou em ligar para portaria e desistiu. Levantou-se tonto percebendo o apartamento todo revirado — Mais que droga é essa? — pensou em ligar para polícia, hesitou e se aquela bagunça toda fora a filha que fez com uns amigos? Como, se ele estava ali e não se lembrava de nada? Poderia dizer à esposa que tinha passado a noite com Nicole — pensava em voz alta — “Se ela perguntar a nossa filha se é verdade?” — entrou em pânico, pensou em ligar para Luna e hesitou. Não sabia o que fazer e como havia ido parar ali e muito menos se passara a noite com ela. Precisava ir embora, procurou a filha pelo apartamento, percebendo que estava só. Seguiu para sua casa, onde encontrara a esposa sentada no sofá abraçada com o velho pai e alguns policiais e um detetive — Beatriz eu... O que aconteceu? Estive trabalhando até tarde — o sogro o recriminava com o olhar, percebendo a presença de alguns policiais.
— Por onde esteve? Liguei mais de mil vezes para seu maldito telefone. Como trabalhando Thomas? Mataram nossa filha — era uma mulher bonita com os olhos pretos e cabelos castanhos, que chorava sua perda — Ninguém do seu maldito trabalho soube dizer onde você se meteu. Mataram Nicole! — gritou.
De Quem é a Culpa? Thomas Brue deixou o corpo cair sobre o sofá sentindo falta de ar, a cabeça confusa e atordoada — Como? — tirou a gravata que o sufocava — Não pode ser verdade! — sentiu o telefone vibrar em seu bolso, o pegou olhando o visor, atendendo rapidamente —Delegado Garcia — ficara em silencio ouvindo. — Pelo amor de Deus, por onde esteve ontem à noite? — Como assim Garcia? Fale logo! — se afastou para sala ao lado — Quem matou minha filha? — Sei que tem alguns policiais em sua residência, se afaste deles. — Mais que diabos estar acontecendo? Vá direto ao caso! Prenderam o assassino da minha filha? Como isso aconteceu? — Sua filha usava uma peça de roupa íntima sua. Era comum? Seu
De Quem é a Culpa? — Quero esse assassino preso e morto — gritou Thomas ignorando o sogro. Era o único homem que poderia levá-lo a miséria. Sr. Richard era um senador famoso por ser durão e honesto — Saiu no jornal? — pegou a correspondência vendo a foto de Luna em primeira página saindo de uma boate onde dizia: — “Luna Petter sabe mesmo aproveitar a vida. Passara a noite curtindo com bons amigos, sendo simpática às 6 horas da manhã com os paparazzi. Fatalmente gostosa” — grosso murmurou — Com quem estive? —pensou jogando o jornal para longe, percebendo que a imprensa ainda estava por fora do
De Quem é a Culpa? Ela respondeu friamente: — Marque uma visita na prisão. Avise que irei defendê-lo. Preciso ver o corpo no necrotério. Mande providenciar tudo para a defesa, reúna os melhores no caso e me mantenha informada de tudo. Quero todos trabalhando dia e noite. Mantendo-me informada mínimos detalhes do caso. Provavelmente algum investigador poderá comparecer nas empresas, ela fazia parte da nossa equipe. Peça para que todos colaborem. Pesquise sobre o suspeito, o local onde o corpo foi encontrado. Quero um mandado para pe
De Quem é a Culpa? Confuso com sua presença — Como a doutora irá me defender? Não tenho como pagar pelo seu serviço. Eu trabalho na construção que está ocorrendo no local, onde achei o corpo. Estranhei a marca no chão, como se fosse de um corpo, que provavelmente tinha sido arrastado até a construção e marcas de pneu. Aproximei-me e vi um corpo de bruços. Chamei de longe e nada. Aproximei-me e percebi que não se tratava de uma garota qualquer, os cabelos e unhas bem-feitas. Usava um pijama masculino e camiseta. Segurava provavelmente um anel ou aliança na mão esquerda. Peguei
De Quem é a Culpa? — Claro! Seu cliente me deu o telefone para assim que cheguei. Tentei conversar com delegado, ele falou que o culpado já estava preso. Que qualquer papelada seria lixo. Ordenou que eu descartasse tudo. Mandou uns policiais recolher tudo da minha sala, ainda bem que você apareceu minha filha, caso contrário aquele pobre coitado será executado. Tenho provas que poderão incriminar gente grande. Consegui esconder algo valioso demais, antes que eles levassem. Rapidamente ela parou e perguntou: — Que tipo de provas? Ele não quis as provas do local do crime e disse que o culpado
De Quem é a Culpa? Com o olhar clínico via perfeitamente os arranhões em seu peito e braços — O que acha que seja isso? — Arranhões! Fique com essas informações e se precisar do meu testemunho estarei a disposição. — Por que estava seguindo seu tio? — Porque não era normal seu comportamento. Nicole reclamava muito, ele a sufocava com sua m*****a proteção que de nada adiantou. Rapidamente apertou o ramal da mesa de Lucy — Coloque o jovem Matheus como testemunha a nosso favor, pegue todos os dados ao sair — desligou — Eu acredito que o cu
De Quem é a Culpa? Ele se aproximou — Não me insulte, saia desse caso. Quer acabar com o pouco de dignidade que ainda lhe resta? A impressa vai cair contra você. Era sua amiga, pelo amor de Deus. — Depois a impressa irá me glorificar. Agora se preocupa com minha carreira? Não preciso dela PA-PAI. Aguarde-me no tribunal senhor — o olhou nos olhos, vendo-o se afastar feito um raio. O deputado estava eufórico com a notícia que Luna se oferecera para defender o acusado de assassinato da filha. Não conseguia falar mais com ela, sua vida estava um inferno — Ela só deve e
De Quem é a Culpa? Ele ficou em silêncio por alguns segundos: — Eu... — estava confuso, as lembranças estavam longe de sua consciência — Como tem tanta certeza? Estava com você. Deixe minha mulher longe desse assunto. Nicole era minha filha, era minha vida. O que faço na política é problema meu. Estive com você! — Prove que esteve comigo algum dia de sua miserável vida, Thomas. Estive entre amigos conforme a mídia registrou. Realmente, deputado, a corrupção é um problema seu. Como eu poderia estar em dois lugares? Anda usando alguma substancia química? Thomas Brue, um assassino não faria o que ele fez. Teve a decênci