CAPÍTULO 11

                                                          De Quem é a Culpa?

— Quero esse assassino preso e morto — gritou Thomas ignorando o sogro. Era o único homem que poderia levá-lo a miséria. Sr. Richard era um senador famoso por ser durão e honesto — Saiu no jornal? — pegou a correspondência vendo a foto de Luna em primeira página saindo de uma boate onde dizia: — “Luna Petter sabe mesmo aproveitar a vida. Passara a noite curtindo com bons amigos, sendo simpática às 6 horas da manhã com os paparazzi. Fatalmente gostosa” — grosso murmurou — Com quem estive? —pensou jogando o jornal para longe, percebendo que a imprensa ainda estava por fora do caso.

   Luna chegara à mansão por volta das 7h50 — Bom dia, senhorita — a governanta estranhou seu silêncio.

— Não me incomode por nada. Não atendo ligações. Deixe suco em meu quarto enquanto tomo banho — seguiu para o quarto sentindo uma enorme vontade de chorar, quando algumas lembranças vieram-lhe a mente. Olhou-se no espelho — Cada peça em seu lugar. Tomou um remédio para dormir, indo para cama onde apagou por horas a fio. Quando acordara já era noite olhou o telefone vendo inúmeras ligações perdidas de sua secretária e Beatriz — Que diabos ela quer comigo, já falei para não me ligar. Mulher carente! — se levantou comeu algo — Hoje não Beatriz, preciso de sossego —voltou a dormir, acordando somente no dia seguinte, indo cedo para o escritório.

   A secretária encontrou Luna na sala com o olhar vidrado no computador — Bom dia, precisa assinar, para que...— ficou em silêncio ao vê-la pedir que parasse.

— Você está sabendo do assassinato de Nicole? Mataram Nicole Brue. “Walter de 37 anos foi preso acusado de matar a jovem de 19 anos, filha do deputado Thomas Brue. O assassino ainda teve a ousadia de chamar a polícia do local do crime” — Em que se basearam para culpá-lo? Ninguém ligaria do local do crime. Tem um mistério nesse assassinato, solucionaram muito rápido o caso. Ligue para a família — encostou a cabeça na cadeira pensativa — Quero esse caso! — observava a secretária ligar para família Brue — Bom dia, por gentileza, gostaria de falar com a Srª Beatriz — ficou em silêncio por alguns segundos — Informe que é da parte de Luna Petter — do outro lado da linha um silêncio absoluto, sendo quebrado por uma voz suave e triste.

— Luna aqui é... — sua voz era tremula — Por que não me atendeu quando mais precisei de você? Minha filha... mataram minha filha, Luna.

— Srª Beatriz liguei para dizer que sinto muito pelo ocorrido. Nicole era muito querida e uma grande amiga. Uma funcionária exemplar — estava sendo formal.

— Pare de formalidade! Era sua amiga e... Prenderam o desgraçado Luna. Por que não me atendeu?

— Srª Beatriz com todo respeito a sua dor, informo que não acredito que tenha sido aquele pobre coitado. Irei provar sua inocência e prender o verdadeiro monstro. Posso lhe fazer uma visita? — fugia de sua pergunta.

   Confusa olhava o marido que se aproximava — Luna na linha... Claro que pode. Venha! — sentia saudades de seu corpo quente e safado. O que estava fazendo? Sentindo saudades de uma mulher naquele momento de dor. Era a vingança do marido traidor. Luna era perfeita. Se fosse um homem seria o melhor que Deus criou.

   Ele a olhava assustado — O que ela quer?

— Thomas ela era amiga da nossa filha — voltou a falar com Luna — Faça com que a verdade seja esclarecida. Fui ao IML — falava com a voz tremula — minha linda filha estava gelada e machucada. Faça isso Luna, essa história está estranha — desligou pensativa.

— O que ela disse? —Thomas segurou sua mão — O que quis dizer com: “faça com que a verdade seja esclarecida”?

— Me largue Thomas. Acompanhe os jornais que saberá — seguiu para seu quarto, permanecendo por longas horas.

   Rebeca aguarda as ordens de Luna parada a sua frente — O que faço?

— Vou defende-lo! Mande alguns advogados darem andamento, estarei à frente.

— Como? Vai defender um assassino? Seu pai foi chamado para o caso pelo deputado. E se for culpado, estará se metendo em um caso perdido. Tentei fazer contato com você. Sua governanta informou que recebera ordens para não a chama-la e você não atendeu o celular.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo