De Quem é a Culpa?
Thomas Brue deixou o corpo cair sobre o sofá sentindo falta de ar, a cabeça confusa e atordoada — Como? — tirou a gravata que o sufocava — Não pode ser verdade! — sentiu o telefone vibrar em seu bolso, o pegou olhando o visor, atendendo rapidamente —Delegado Garcia — ficara em silencio ouvindo.
— Pelo amor de Deus, por onde esteve ontem à noite?
— Como assim Garcia? Fale logo! — se afastou para sala ao lado — Quem matou minha filha?
— Sei que tem alguns policiais em sua residência, se afaste deles.
— Mais que diabos estar acontecendo? Vá direto ao caso! Prenderam o assassino da minha filha? Como isso aconteceu?
— Sua filha usava uma peça de roupa íntima sua. Era comum? Seu carro foi visto saindo do local, do suporto crime, onde estava bem claro, sua placa e seu rosto nas gravações Thomas. Consegui apagar a gravação. A perícia irá achar algumas evidencias contra o senhor? Por onde esteve? Vou tentar tirar o perito do caso e colocar alguém de minha confiança.
Confuso com aquelas perguntas e acusações — O que está acontecendo Garcia? O que está dizendo? Meu carro? Eu... Veja o que esses peritos vão dizer e procure resolver tudo aí. Que maldição foi essa? — pensou na noite anterior e não se lembrava de nada — Acordei no apartamento da minha filha, veja com o porteiro de que forma cheguei por lá. Confesso que algumas garrafas de uísques foram viradas. Não posso entrar em uma investigação absurda dessa. Afaste o perito e... Que absurdo estou dizendo? Apenas resolva rápido.
— Deputado o assassino está preso é um pobre coitado que não tem como pagar um advogado e será condenado. Vamos tentar mudar algumas evidências para que o senhor não fique em uma posição crítica. Darei um jeito de afastar o velho Mario da perícia. Preciso que tente se lembrar da noite anterior. Uma equipe foi direcionada ao apartamento de sua filha — ficou em silencio esperando o deputado se manifestar.
— Você está insinuando que matei minha filha — murmurou — Deixe esse assassino preso, preciso que tire esses policiais da minha casa agora — a polícia iria encontrar o apartamento todo bagunçado, tentou imaginar algo suspeito e não se lembrava de nada, mesmo por que saiu às pressas — desligou. Não conseguia se concentrar em nada, sua mente estava perturbada — Como fui... — ligou para Luna diversas vezes e ouvia: —“Esse número não existe” — Como não existe? — continuou tentando por mais algumas vezes.
O detetive se aproximou — Dr. Preciso fazer algumas perguntas. Por onde o senhor esteve?
Ele o olhou nos olhos e murmurou — Como disse antes: “trabalhando”. Saia da minha casa respeite nossa dor — foi até a esposa sendo fuzilado pelo olhar do sogro — Era o delegado Garcia, prendeu o assassino a imprensa...
Foi interrompido pelo detetive:
— Temos um suspeito preso? Que eficaz esse delegado Garcia, Thomas — falou Sr. Richard.
Thomas Brue fora abraçar a mulher sendo rejeitado.
— Saia de perto de mim! Trabalhando com esse cheiro de bebida? — murmurou ao seu ouvido para que seu pai não ouvisse — Temos que ir ao IML tome banho que estou a sua espera — caiu no choro, abraçada com seu pai — Como mataram minha filha? Era minha joia preciosa, papai, não deveria ter permitido que fosse morar só.
Thomas Brue pegou o telefone fazendo algumas ligações para uns amigos. Ainda o álcool aflorava em suas veias. Não conseguia lembrar-se da noite anterior, isso estava o deixando louco. Como fora parar no apartamento da filha e como estava morta? Era para estar com Luna e por que não esteve com ela? Ou esteve? Tirou a roupa ficando diante ao espelho, assustado passou a chave na porta — Que isso! — percebeu que não estava com sua aliança — olhava o peito todo arranhado e uma mordida no ombro. Não podia demorar no banho, tinha que ir ver a filha. Chorou ao pensar que não veria mais seus belos olhos. Foi até a esposa — Quero vê-la!
— Ela foi encontrada morta perto de uma obra não muito distante de onde morava —disse o sogro o encarando — Um homem negro de uns 37 anos foi preso no local. Você estava trabalhando Thomas Brue?
De Quem é a Culpa? — Quero esse assassino preso e morto — gritou Thomas ignorando o sogro. Era o único homem que poderia levá-lo a miséria. Sr. Richard era um senador famoso por ser durão e honesto — Saiu no jornal? — pegou a correspondência vendo a foto de Luna em primeira página saindo de uma boate onde dizia: — “Luna Petter sabe mesmo aproveitar a vida. Passara a noite curtindo com bons amigos, sendo simpática às 6 horas da manhã com os paparazzi. Fatalmente gostosa” — grosso murmurou — Com quem estive? —pensou jogando o jornal para longe, percebendo que a imprensa ainda estava por fora do
De Quem é a Culpa? Ela respondeu friamente: — Marque uma visita na prisão. Avise que irei defendê-lo. Preciso ver o corpo no necrotério. Mande providenciar tudo para a defesa, reúna os melhores no caso e me mantenha informada de tudo. Quero todos trabalhando dia e noite. Mantendo-me informada mínimos detalhes do caso. Provavelmente algum investigador poderá comparecer nas empresas, ela fazia parte da nossa equipe. Peça para que todos colaborem. Pesquise sobre o suspeito, o local onde o corpo foi encontrado. Quero um mandado para pe
De Quem é a Culpa? Confuso com sua presença — Como a doutora irá me defender? Não tenho como pagar pelo seu serviço. Eu trabalho na construção que está ocorrendo no local, onde achei o corpo. Estranhei a marca no chão, como se fosse de um corpo, que provavelmente tinha sido arrastado até a construção e marcas de pneu. Aproximei-me e vi um corpo de bruços. Chamei de longe e nada. Aproximei-me e percebi que não se tratava de uma garota qualquer, os cabelos e unhas bem-feitas. Usava um pijama masculino e camiseta. Segurava provavelmente um anel ou aliança na mão esquerda. Peguei
De Quem é a Culpa? — Claro! Seu cliente me deu o telefone para assim que cheguei. Tentei conversar com delegado, ele falou que o culpado já estava preso. Que qualquer papelada seria lixo. Ordenou que eu descartasse tudo. Mandou uns policiais recolher tudo da minha sala, ainda bem que você apareceu minha filha, caso contrário aquele pobre coitado será executado. Tenho provas que poderão incriminar gente grande. Consegui esconder algo valioso demais, antes que eles levassem. Rapidamente ela parou e perguntou: — Que tipo de provas? Ele não quis as provas do local do crime e disse que o culpado
De Quem é a Culpa? Com o olhar clínico via perfeitamente os arranhões em seu peito e braços — O que acha que seja isso? — Arranhões! Fique com essas informações e se precisar do meu testemunho estarei a disposição. — Por que estava seguindo seu tio? — Porque não era normal seu comportamento. Nicole reclamava muito, ele a sufocava com sua m*****a proteção que de nada adiantou. Rapidamente apertou o ramal da mesa de Lucy — Coloque o jovem Matheus como testemunha a nosso favor, pegue todos os dados ao sair — desligou — Eu acredito que o cu
De Quem é a Culpa? Ele se aproximou — Não me insulte, saia desse caso. Quer acabar com o pouco de dignidade que ainda lhe resta? A impressa vai cair contra você. Era sua amiga, pelo amor de Deus. — Depois a impressa irá me glorificar. Agora se preocupa com minha carreira? Não preciso dela PA-PAI. Aguarde-me no tribunal senhor — o olhou nos olhos, vendo-o se afastar feito um raio. O deputado estava eufórico com a notícia que Luna se oferecera para defender o acusado de assassinato da filha. Não conseguia falar mais com ela, sua vida estava um inferno — Ela só deve e
De Quem é a Culpa? Ele ficou em silêncio por alguns segundos: — Eu... — estava confuso, as lembranças estavam longe de sua consciência — Como tem tanta certeza? Estava com você. Deixe minha mulher longe desse assunto. Nicole era minha filha, era minha vida. O que faço na política é problema meu. Estive com você! — Prove que esteve comigo algum dia de sua miserável vida, Thomas. Estive entre amigos conforme a mídia registrou. Realmente, deputado, a corrupção é um problema seu. Como eu poderia estar em dois lugares? Anda usando alguma substancia química? Thomas Brue, um assassino não faria o que ele fez. Teve a decênci
De Quem é a Culpa? Após semanas de investigação tudo coincidia com o resultado da perícia feita pelo velho Mario — Como abafar um caso de tamanha importância? — saiu do escritório indo ao gabinete do juiz. Um estagiário se aproximou pode entrar senhoria — Obrigada — ela passou por ele deixando seu perfume no ar. — Bom dia Luna — O juiz Mandson admirava a jovem brilhante que estava a sua frente. A conhecia desde criança — Luna fiquei surpreso quando soube que você pegou o caso e está empenhada. A doutora sabe que essa visita não pode chegar ao conhecimento do Dr. Victor — beijou Luna