Dodici

Victoria acordou um tanto desorientada. Os efeitos sobre seu corpo refletiam certamente os excessos do álcool ingerido durante o jantar na noite passada.

Sua cabeça estava pesada, sentia uma dor atrás de seus olhos que era repuxada até sua nuca. Ela passeou a mão sobre sua nunca dolorida, tentando abrir levemente os seus olhos, que pareciam pesados como sacos de areia. Todas as suas memórias da noite anterior parecem borradas em sua mente, e por um momento, custou a se lembrar onde estava. Encarou de maneira confusa as paredes bege e altas, com o teto iluminado por um lindo lustre, as janelas com persianas em tons pastéis e o carpete vermelho intenso como sangue. E conforme as informações foram sendo absorvidas por sua memória desorientada, ela se lembrou pouco a pouco de flashes que surgiam aleatoriamente.

A memória mais intensa de que conseguia se recordar, era a sensação de calor súbito a invadindo de maneira repentina, como se um fogo fosse aceso em seu interior, se alastrando por
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