Capítulo 3- Necessidades

Laura

Acordei cedo e fui direto para o banco. Como trabalhamos muito essa semana hoje ninguém do setor irá trabalhar. Então aproveitei o dia para poder resolver todos os meus problemas.

Assim que cheguei no banco meu gerente estava me esperando. Entrei na sala e ele se levantou sorrindo para me cumprimentar:

- Como você está Laura??

- Estou bem, obrigada Daniel.

- Há que devo a honra de recebe-la tão cedo.

- Preciso hipotecar meu apartamento.

- Eu vou ver...- Disse ele mexendo no computador. - Achei que estivesse bem no serviço. O que está acontecendo?

- Nada demais, estou querendo investir. - Ele olhou para mim e deu um sorriso.

- Vai abrir sua empresa de publicidade e propaganda?

- Em breve!

- Sabe que vou ser seu cliente quando abrir.

- Obrigada!

- Laura eu tenho uma péssima notícia para te dar... - Disse ele virando a tela do computador para mim. - O seu apartamento foi herança de sua avó, que deixou para você com uma condição.

- Eu sei nada sobre isso.

- Seu avô sabia... Achei que ele tivesse dito. Você só pode vender ou hipotecar seu apartamento quando sua mãe vier a falecer. Tem um dinheiro em sua conta também... Bom, ele só pode ser retirado...- Disse ele me mostrando o valor, que tinha muito zeros. - quando ela vier a falecer. Sua avó tinha lhe deixado uma carta, mas entreguei para o senhor Paull Johnsons. Sinto muito! - meu coração gelou, fiquei sem forças, sem ânimo.- Talvez consiga um empréstimo se estiver precisando muito de dinheiro.

- Vê quanto eu consigo pegar, por gentileza!- Disse eu sem saber o que fazer e sem esperança. Daniel virou a tela e ficou em silêncio. Nesse momento eu já não sabia o que iria fazer.

- Consigo 20 mil dólares... Esse valor é bem alto.- Aí!

- Daniel, é um valor muito bom, mas no momento é pouco.

- Você sabe que não é responsável por ela!

- Eu sei! - Disse eu enquanto ele se aproximava.

- Precisa deixa-la... ela vai te afundar.

- Obrigada pela preocupação, mas não posso, ainda não. - Me levantei, dei um abraço em Daniel e saí da sala.

Assim que sai da sala vi meu celular cheio de chamadas de Cloe, Jorge, Cristofer e Margo. Ignorei e sai do banco, peguei um táxi e fui em direção a clínica, pois precisava ver o que deu nos exames de minha "mãe".

Oliver

Acordei às 6 horas com uma ligação de Gutto:

- Chefe...

- O que aconteceu? Não parou de ligar um minuto.

- Acabei de chegar na mansão, te vejo na mesa. Levanta, é importante. - Desliguei o celular, coloquei uma calça rapidamente. Desci as escadas e fui direto para a sala de jantar. Gutto já estava comendo:

- Espero que seja realmente urgente. - Gutto estava comendo panquecas e para evitar parar, apenas estendeu a mão me entregando o celular o mais rápido que pode. - O que houve? - Disse eu pegando o celular e olhando...

- Eu disse que...

- Isso...- Disse ele interrompendo Gutto. - Como que nos viram lá? Estão falando de romance, como que...Meu Deus!

- Tem um lado muito bom nisso, pois já vai dar para...

- Que lado bom tem nisso? - Disse eu interrompendo-o. - Ela já estava relutante, agora não vai querer nem olhar na minha cara.

- Você viu que escreveram vocês como um possível casal, e te colocou como garanhão? "Acabou de chegar e já está arrasando corações!"

- O que?

- É o que está escrito aii. Senta, e come alguma coisa. Vamos pensar em uma solução.

- Você não deveria nem estar aqui. Pedi para você seguir Laura.

- Chefe, ainda está cedo!

- Vai! - Disse eu saindo furioso. Sai em direção à academia, pois malhar é a melhor forma de pensar em uma solução.

Já tinha começado a traçar um caminho, agora terei que mudar tudo e torcer para que Gutto descubra algo que possa me ajudar.

- Meu avô não podia ter feito isso!

Às oito horas eu já estava na empresa. Fui recepcionado por Ana, que insiste em me assediar. Talvez devesse ficar com ela, só para me aliviar...

- Bom dia! O que aconteceu entre você e aquela garota? - Segui direto para o elevador, me perguntando se devesse responder, ignorar o ser curto e grosso. - O senhor me ouviu?

- Estou pensando se devo satisfação da minha vida para você!- Disse eu entrando no elevador e a impedindo de subir comigo.

- Chefe!- Disse ela quando a porta se fechou. Está aí, não devo ficar com ela para mr aliviar. Nunca fique com funcionárias!

Às nove horas Gutto me ligou, está concentrado, mas parei para atende-lo:

- Me diga algo útil!

- Ela acabou de sair do banco.

- O que tem isso? Ela tem alguém lá dentro??

- Chefe, ele veio tentar hipotecar a casa dela, mas não deu certo.

- Então ela precisa de dinheiro?! Se é isso mesmo, por que ela não aceita se casar comigo?

- Temos duas opções, ou ela está se fazendo de difícil ou ela realmente é uma pessoa descente e não quer se sujeitar à tal barbaridade.

- Vamos dizer que seja e segunda situação, que decência é essa? Ela deve ter um preço.

- Se for ao contrário, é só insistir... Mas, pelo jeito que falaram dela pra mim, ela é uma pessoa boa... Chefe? Está aí?- Disse Gutto enquanto me silenciei para pensar.

- Estou, não precisa mais segui-lá. - Disse eu desligando o celular.

Abri minha conta do banco, depois peguei a ficha de Laura onde contava o número de sua conta bancária e transferi 1 milhão de reais.

Depois, preparei um recibo e assim que Gutto chegou, preparamos um contrato.

Laura

Assim que cheguei na clinica, fui recebida pela Emilly da cobrança. Ela me levou até a sala do médico, não deixando que eu vesse minha mãe.

- Antes que o médico chegue, queria dizer que não recebemos o pagamento...

- Verdade, acabei me esquecendo. Tive vários emprevisto ontem.

- Você tem até segunda feira para efetuar, caso não o faça, iremos retirar sua mãe daqui.

- Tudo bem, já irei fazer...- Disse eu pegando o celular na mão. Abri minha conta no banco e tinha 1 milhão de dólares.

- Bom dia! - Disse o médico entrando na sala. Me assustei com o valor e com o médico.

- Bom dia! - Respondi guardando o celular. Emilly apenas balançou a cabeça e saiu da sala.

- Senhorita Stenfort, entendo que não consiga vir com frequência e por isso não saiba muito sobre o estado de sua mãe.

- Doutor, o que ela tem?

- Sua mãe tem demência e está em im grau avançado. E com os últimos exames que realizamos descobrimos que ela tem um problema no fígado. Talvez precise de transplante.

- Doutor eu...

- Entendo que esteja surpresa com tudo isso, mas precisamos que saiba que mesmo que ela faça o transplante ela não terá muito tempo de vida, isso se ela conseguir o transplante. Sei que é muita coisa para assimilar, mas precisamos que esteja ciente com tudo o que virá pela frente. Estar presente nesse momento será muito importante para ela.

- Doutor, quanto isso vai custar?

- Caso ela faça a cirurgia, teremos a internação, os medicamentos, a cirurgia que não é barata. Tem também os custos com os exames que ela vai precisar fazer, anestesista... - Disse ele colocando alguns números no papel. - Bom, vai ficar mais ou menos...- Ele pegou a calculadora- Esse valor! - Ele virou a calculadora para mim. Realmente tinha muito zeros. - 3 milhões de dólares.

- Isso é muito dinheiro!

- Sei que o plano vai cobrir a metade, mas o restante terá que sair do bolso da família.

- Entendo! Eu não sei se consigo efetuar esses pagamentos... Talvez... não sei.

- Iremos avaliar com mais calma as necessidades de sua mãe, e iremos agir se realmente for necessário.

- Qualquer coisa me avise!

- Vá ver sua mãe, tenho certeza de que ela ira ficar muito feliz. - Apenas sorri antes de sair da sala.

A enfermeira me levou até o quarto de minha mãe e ainda no corredor dava para ouvir uns gritos, vários enfermeiros correndo em direção à um quarto:

- Senhorita Stenfort, é no quarto de sua mãe.- A enfermeira sai correndo. Acho que ela estava em crise ou algo do tipo. Fiquei no meio do corredor imóvel, relembrando vários traumas que esses gritos me traziam. Congelei! E enquanto todos corriam para socorre-la, sai de lá o mais rápido que pude...

As lágrimas rolavam, enquanto caminhava pela rua. Assim que me acalmei, pedi um táxi.

Já dentro do táxi, olhei meu celular e vi as quantidade de chamadas perdidas. Então resolvi ligar para Cloe. Minha cabeça estava a mil, e milhões:

- O que houve?

- Amiga, eu não sei como isso foi acontecer... Sinto muito!

- Eu não sei o que irei fazer... não estava preparada para ter essa notícia.

- Olha, nós vamos dar um jeito. Deve ter sido alguma montagem.

- Do que você está falando?

- Estou falando da reportagem que fizeram usando uma foto sua com a do CEO.

- Eu não estou sabendo nada disso...

- Vou te mandar o link, está em vários sites de fofoca. - Disse ela enquanto caia uma mensagem no meu celular. - Onde você está?

- Espera...- Disse eu abrindo a mensagem. Entrei no link e vi uma foto minha com Oliver na escada. Era eu quase sendo beijada nos braços de Oliver. - Meu Deus...

- Respira! - Comecei a ler, e fiquei ainda mais perplexa... - O que é isso? Dá onde eles tiraram que estamos juntos? Sou o novo caso dele...

- Acho que não precisa terminar de ler.

- Hummm... Sou bem fora do padrão dele. Isso eu já sabia.

- O que vai fazer?

- Não sei, mas isso tem cara de ter sido armação de Oliver. Tenho que desligar...

Oliver

Estava revendo o contrato com Gutto quando Liz chegou abrindo a porta com força:

- Quem você pensa que é? Você ficou louco?

- Bom dia! Soube que era seu dia de folga!- Disse eu ironicamente.

- Eu vou ser bem direta, por que me mandou esse dinheiro e por que tem fotos minha por toda parte com você?

- A primeira eu sei responder, a segunda já é mais difícil.

- Pelo amor de Deus, Oliver você não entendeu ainda que não quero ter nenhum envolvimento com você. É por isso que não quero me casar, é por isso que me recuso a estar no mesmo ambiente que você por muito tempo.

- O que tem contra mim? Você nem me conhece.

- Pelo amor de Deus, filho de papai. Vê se começa a olhar a sua volta, todo mundo tem uma vida. Eu não quero ter envolvimento com um homem tenebroso como você.

- Acho melhor você parar de gritar!

- Todo mundo sabe a sua destreza por dirigir e isso é inquestionável, mas e o seus desejos pelas gostosas?! Eu não sou assim e não quero viver esse mundo de fama que você vive.

- Acho que por isso a foto foi tirada, você estava perto do chefe. - Disse Gutto.

- Então faça seu amigo ficar longe o máximo que puder de mim. E mais uma coisa...- Disse ela diminuindo o tom de voz- Eu não quero o seu dinheiro.

- Já chega! - Disse eu, me levantando da cadeira- Gutto, fora! - Gutto saiu imediatamente. - Sei que precisa desse dinheiro. E já está começando a me irritar com essa soberba toda. Para de ser infantil! O que acha que vai acontecer com a gente? Que vamos nos apaixonar perdidamente? Pelo amor, cresce! Essa é a última vez que peço a você que aceite se casar comigo. Caso rejeite, sofrerá grandes consequências até vir se arrastando pedir que me case com você.

- Não tenho medo de você!

- Mas é bom ter... Pois eu não vou aceitar perder minhas empresas... Para começar, quero dizer que iremos cortar o grupo de publicidade, e as comissões, voltaram a fazer somente para as minhas empresas. Você tem duas opções, ou se casa comigo ou demito você.

- Você não pode fazer isso...

- Posso! - Disse eu interrompendo. - Sabe porque posso- me aproximei dela- Sou o dono de tudo. Vou começar a demitir todos os seus amiguinhos.

- Você está me assustando!

- Não banque a menininha, não veio aqui gritar e esbravejar. - Disse eu grosseiramente, no tom mais grave e grosso que pude. - Nunca se esqueça que eu sempre vou mandar. Posso muito bem impedir que seja contratada em qualquer outra empresa. Além de fazer o resto da sua vida um inferno. Então pare de bancar a santa... - Respirei fundo à olhando nos olhos. - Aceite o dinheiro e depois veremos os preparativos do nosso casamento.

- Isso é demais pra mim!

- Talvez seja, mas não tem outra escolha! Tem até segunda para aceitar! Agora saia daqui...

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