Oliver Já faz um mês que Laura está assim...Não aguento mais vê-la deitada nessa cama. Não aguento mais ficar nesse hospital e vendo eles tratarem ela como se fosse uma boneca...- Como estava dizendo...- Disse o doutor Luidy me fazendo voltar a atenção para ele. - Sim, pode continuar! - Os últimos exames mostraram que ela está se recuperando bem...O que precisamos é ter paciência. - Mais? Já faz um mês que durmo nessa poltrona, já faz um mês que vejo minha esposa assim. Quer que eu espere mais? - Tenha um pouco mais de fé. Já começamos a diminuir o oxigênio, e ela está respirando quase que sozinha. Mas a lesão do cérebro dela foi muito grave, por isso precisamos esperar. - Já cansei de ouvir isso! - Sua esposa está bem, não posso decretar morte cerebral, pois ainda tem atividade elétrica. O bebê está bem, e crescendo saudável. Olha para ela...ela vai sair dessa. - Disse ele me fazendo olhar para ela ali entubada. - A terceira cirurgia que fizemos no cérebro foi muito bem suced
Oliver - Senhor, ela abriu os olhos...- Olhei assustado e o médico rapidamente interviu e me tirou da sala. Assim que me deixaram entrar, ela estava deitada, quase sentada, e me olhou assustada:- Amor...- Disse eu com lágrimas nos olhos.- Quem é você? - Disse Laura me olhando confusa. Doutor Luidy se aproximou e disse:- Ela não se lembra! Vai ter que ir com calma.- Me aproximei lentamente da cama e disse:- Nos casamos já faz cinco meses, eu sou seu marido.- Eu não me lembro! Onde está o vovô Paull? - Posso me sentar?- Perguntei tentando me aproximar dela.- Não! Eu não sei quem você é...eu quero meu avô? A Cloe? Onde ela está? - Tudo bem...Eu só quero mostrar a foto do nosso casamento. Me deixa mostrar e talvez se lembre...- Doutor, eu não me lembro...- Disse ela olhando para o médico e começando a chorar. - Se ela não se acalmar, vamos ter que dar um calmante para ela.- Disse o doutor Luidy.- Laura respira! Sei que está um turbilhão de coisas agora...Vou ligar para Cloe, e
Laura Assim que sai do hospital fiquei com uma lembrança na cabeça...Lembrei de Oliver me obrigando a assinar um contrato. Que contrato era esse? Ele falava de uma dívida...Meu Deus, o que está acontecendo? - Bom dia, dorminhoca! - Disse Oliver abrindo a porta e trazendo uma bandeja de café da manhã. - Bom dia!- Disse eu seria e pensativa sentada na cama.- Está acordada já faz tempo? - Faz um pouco! Estava pensando...- Disse eu sentando na cama. - Quer conversar sobre isso? - Eu me lembrei de uma coisa...- Oliver se sentou na cama ao meu lado.- O que foi? Do que se lembrou?- Do dia que me obrigou a assinar aquele contrato? - Se lembrou do contrato? Se lembrou de algo mais?- Só me lembrei de você gritando comigo, e me obrigando a assinar. - Isso realmente aconteceu...Vou te contar...- Disse ele saindo do quarto e voltando em seguida com um papel nas mãos.- O que é isso? - perguntei quando ele me entregou o papel e se sentou ao meu lado.- É o contrato! Leia com calma e te
Oliver As semanas se passaram e eu não podia estar mais feliz. Me senti tão radiante. Dormir e acordar com o amor da minha vida? Não tem nada mais marcante, mais prazeroso. Acordar com ela em meus braços e sentir nosso filho ali pertinho...Eu sou o homem mais feliz do mundo. Para completar nossa alegria, precisava de mais alguma coisa. Algo que marcasse nossas memórias. Então decidi pedi-la em casamento novamente. Loucura? Talvez, mas queria que tudo em nossa vida fosse marcante, para que ela nunca mais esquecesse de nós. Assim, pedi que decorasem o jardim inteiro enquanto a levei para tomar um café da manhã no chalé:- Por que me trouxe aqui novamente? - Porque aquele dia você não viu as estrelas...- Mas agora está cedo!- Não precisa estar de noite para você ficar comigo...- Disse eu beijando a mão dela. - Você está com segundas intenções!- Disse ela rindo com olhar malicioso. Abri a porta e entramos. O quarto estava decolado com pétalas pelo chão e pela cama, com uma mesa de
Oliver Estava cansado e acabei dormindo cedo. Acordei com Helena batendo na porta:- Senhor! - A porta se abriu e ela entrou se esmeirando em uma luta contra a claridade. - O que aconteceu? - Disse eu tapando os olhos contra a pouca luz que entrava.- Desculpe senhor... - Disse ela se aproximando. - Seu telefone estava tocando. É... - Arregalei os olhos quando ela apontou o celular para mim. Levantei-me num pulo e corri para atender. Assim que peguei o celular ela saiu.- Pronto! - Disse eu em tom grave e rouco, cansado e sonolento. - Seu avô nao esta bem! - Estou indo! 1 Semana depois Oliver Já havia se passado uma semana desde que meu avô faleceu. Estava começando a assumir o terminando de resolver as questões da empresa de Chicago, Los Angeles e San Tiago, para enfim assumir a cede da empresa que fica em Nova York. Essa era a única que não estava sob meu comando. Agora... como único herdeiro, devo assumir tudo. O que tem prendido-me de fazer as últimas mudanças nas empresa
OliverDormi mal a noite, pensando no que iria fazer. Poderia me casar com outra? Comprar uma mulher para ficar comigo por um ano? Enfim, preciso resolver essa questão. Dentro de dois meses poderei dirigir as empresas normalmente, mas depois disso... serei pressionado a fazer o que Pedro e Antônio quiserem. Me sinto de mãos atadas, mas não é um sentimento que sentirei por muito tempo, pois irei dar um jeito nisso.Assim que cheguei na empresa, fui recepcionado por Gutto. Meu assessor, amigo e advogado. Ele segurava dois copos de café nas mãos. Me olhou sorrindo e disse:- Bom dia chefe! Agora podemos nos aposentar?- Disse ele rindo. Me entregou o café e ajeitou seu terno. Só para constar, meu humor estava péssimo hoje. - Fiz questão de ajeitar as coisas que gosta para que dê tudo certo hoje. - Gutto estendeu a mão mostrando o caminho e saiu andando. Fomos rumo ao elevador. Assim que a porta se abriu, ele continuou dizendo- Você precisa conhecer a senhorita Ana. - Acho que por agora.
Laura Acordei cedo e fui direto para o banco. Como trabalhamos muito essa semana hoje ninguém do setor irá trabalhar. Então aproveitei o dia para poder resolver todos os meus problemas. Assim que cheguei no banco meu gerente estava me esperando. Entrei na sala e ele se levantou sorrindo para me cumprimentar:- Como você está Laura?? - Estou bem, obrigada Daniel.- Há que devo a honra de recebe-la tão cedo. - Preciso hipotecar meu apartamento. - Eu vou ver...- Disse ele mexendo no computador. - Achei que estivesse bem no serviço. O que está acontecendo? - Nada demais, estou querendo investir. - Ele olhou para mim e deu um sorriso. - Vai abrir sua empresa de publicidade e propaganda?- Em breve!- Sabe que vou ser seu cliente quando abrir.- Obrigada! - Laura eu tenho uma péssima notícia para te dar... - Disse ele virando a tela do computador para mim. - O seu apartamento foi herança de sua avó, que deixou para você com uma condição. - Eu sei nada sobre isso. - Seu avô sabia...
LauraOliver está me dando medo. Seus olhos verdes, ficaram escuros e sua voz potente me faziam arrepiar dos pés à cabeça. Sai chorando do escritório, me sentindo frágil. Peguei o elevador com todos olhando para mim. Desci e fui embora o mais rápido que pude. Assim que cheguei no apartamento encontrei Cloe me esperando:- O que houve?? Onde estava?- Fui falar com Oliver...- Como foi? Pela sua cara, foi péssimo. - Não quero falar sobre ele... Minha mãe está doente. E tem a questão do pagamento, pois já tem dois meses atrasado e preciso pegar ainda hoje. - Amiga, eu já disse que eu tenho.- Cloe... Aii! Oliver me enviou o dinheiro. Como ele sabia que estava precisando de dinheiro? - Ele te enviou o dinheiro ?? Que dinheiro? - Ele me mandou 1 milhão. - Ela não conseguiu conter a cara de surpresa. - Mas... - Eu não sei o que fazer...- Pague a conta da clinica! - Não posso usar e aceitar esse dinheiro. - Para de ser tão descente! Depois você devolve esse dinheiro. Mas primeiro