Capítulo 7- Presa

Laura

Alta ruiva, olhos azuis, corpo modelado pelos deuses. Ela estava usando um vestido preto justo no corpo, com um leve decote nos seios que os deixavam volumosos e mais atrativos.

- Do que está falando? - Não deu tempo de saber a resposta... A ruiva agarrou meus cabelos e começou a gritar:

- VOCÊ NÃO VAI FICAR COM ELE...ELE É MEU...ELE É MEU... - Gutto tentou nos separar, mas a ruiva era boa de briga. Agarrei os cabelos dela também e comecei a puxar, para ver até onde ela iria aguentar. Logo, estávamos cercados por olhares e de pessoas tentando nos separar... até... Oliver aparecer:

- PAREM COM ISSO AGORA! - Gritou Oliver com sua voz grossa e grave, que nos fez estremecer. A ruiva soltou meus cabelos e fez cara de coitada. Eu estava determinada, mas soltei o cabelo dela. Será que estava ganhando?

- Você viu o que me faz fazer? Você é meu Oliver, só meu!

- Gutto, tire-a daqui!- Disse Oliver se aproximando de mim e me ajudando a arrumar o cabelo. - Você está bem? - Disse Oliver enquanto todos nós olhavam. Vi Ana no canto de braços cruzado. A ruiva entrou no elevador com Gutto- Acabou o show, voltem ao trabalho! - Oliver me levou para sua sala e fechou a porta- O que pensa que está fazendo?

- Te pergunto a mesma coisa. Acabou de assinar o contrato se fidelidade e já está trazendo outra para o escritório? Se não vai cumprir o que assinou, me libere desse contrato.

- Esta com ciumes?

- Claro que não! Só não quero ter que passar por isso com as suas outras amiguinhas. - Respondi.

- Do que tem tanto medo? De se apaixonar por mim?

- Hahahaha, isso nunca vai acontecer!

- Fala com tanta convicção!

- E você acha mesmo que vai conseguir ficar perto de mim durante um ano sem se apaixonar?

- Tenho certeza!... Pois bem, cumpriremos o nosso contrato sem nos apaixonarmos. Ate porque, meu unico intuito com você é receber o que me pertence.- Disse Oliver.

- Na verdade é porque isso é impossível de acontecer.

- Ok! Então, vamos cumpri-lo! - apertamos as mãos. - Se arrume e espere mais um pouco antes de sair. Quero que pensem que estou dando atenção a você.

- Ok! - Respondi esperando lidar com isso de um jeito melhor. - Só para terminar, vou provar para você que nunca peguei aquele dinheiro. Nunca nem vi até o dia de hoje. - Disse eu indo para o banheiro.

Oliver

Assim que concordamos em cumprir o contrato, me senti com mais vontade de acabar com ela. Ela acha que suas palavras de nunca ter visto esse dinheiro iram me fazer acreditar e confiar nela. Mas isso não vai acontecer!

Logo ela voltou do banheiro, e se sentou na poltrona perto da estante. Tentei me concentrar com ela ali, mas estava difícil:

- Já posso voltar para o meu serviço?

- Também não estou gostando de você aqui.

- Isso é um sim?

- Ainda não... Peça para alguém trazer suas coisas. Termine o dia ao meu laódo e depois te levo para casa.

- Eu tenho muita coisa para fazer, não posso ficar presa aqui o dia todo. Não dá para trazer minhas coisas...- Laura estava caminhando de um lado para o outro perto da janela atrás de mim.

- Para! - Disse em tom grosseiro.

- Esse contrato não pode fazer de mim sua prisoneira. - Ela ainda continuava caminhando.

- Já disse para você parar....

- Você sabia que eu tenho edições para fazer? Tenho que rever vídeos e aprovar...

- Já disse o que fazer!

- Eu não vou dar conta de viver a sua maneira durante um ano. Você não pode achar que sou sua.

- Mas você é!- Disse eu olhando para o computador.

- Quem é aquela ruiva? Por que nunca se casou antes? Digo, você sempre fica com as mulheres mais bonitas do mundo, modelos, artistas... Não encontrou ninguém para se casar? - Disse ela parando ao lado da minha cadeira.

- Não é da sua conta! Preciso trabalhar então faça silêncio.

- Não consigo! Não vai decorar essa sala?- Laura não parava de falar, foi aí que me levantei e a peguei pelo braço a puxando para mais perto.

- O que está fazendo?

- Já disse para ficar quieta! -  Alguém bateu na porta e abriu.

- Com licença! Trouxe café...- Disse a secretária entrando na sala e nós vendo naquela cena. A secretária deu um leve sorriso, deixou o café na mesa de centro e se virou para sair.

- Espere!- Disse eu me afastando de Laura. - Quero que sincronize nossas agendas e sempre deixe um notebook a mais na sala para quando a Laura precisar.

- Vou providenciar! - Disse a moça saindo da sala.

- Por que  você fez isso? Eu não quero ter ninguém mexendo na minha agenda!

- Você esqueceu que pertence a mim? Que seus passos, e tudo o que fizer eu quero saber. Você deve muito para ficar livre por aí fazendo o que bem quiser. - Laura respirou fundo e disse:

- Como a alteza desejar! -

Ela estava com lágrimas nos olhos e se sentou. Os minutos que se passaram foram de completo silêncio. Ela nem se mexia na poltrona. Seu respirar era tão leve, que só dava para escutar o meu. Nem os pensamentos dela... Ela parecia nem estar mais ali. Os minutos se transformaram em horas...

Já era oito e meia da noite, quando terminei de rever meus contratos e financeiro. Olhei para a poltrona e Laura dormia. Então, respirei fundo e fui acorda-la, mas quando me aproximei, pude notar sua beleza, sua delicadeza e feminilidade. Traços fortes e sensualidade. Ela não era como as mulheres que já fiquei...

Os segundo que a admirei, me fez sentir suor pelo corpo.

- O que está fazendo? - Disse Laura acordando e olhando para mim. Cocei a garganta e respondi:

- Já está na hora de ir para casa.Eu te levo!

- Não precisa! Ou isso é uma ordem?

- Não é uma ordem!

- Então se me der licença, preciso ir trabalhar. Tenho prazos assim com você para cumprir. - Disse ela se levantando e indo para fora da sala. A segui, pois queria ver para onde ia.

Laura entrou no elevador e eu fui junto. Ela parou no andar em que trabalhava e desceu. Fui atrás dela e a vi se sentando em sua mesa, que possuía dois computadores.

- O que está fazendo aqui? - Disse ela brava.

- Eu quero ver o que vai fazer. Esqueceu que sou o dono?!- Ela revirou os olhos enquanto entrava no design de uma propaganda. Tirei meu terno e coloquei em cima da cadeira. Laura pegou suas anotações e começou a riscar um monte de coisa.

Fiquei olhando enquanto ela trabalhava.

- Vou pedir comida, o que vai querer? - Disse eu, mas ela nem se atreveu a me olhar.

Me sentei ao lado dela, e comecei a dar alguns palpites, mas Laura parecia estar em outro mundo. Editando e colocando ideias muito melhores do que as minhas. Nunca vi ninguém trabalhar assim.

Era onze horas quando um entregador chegou com a comida. Dessa vez pedi comida japonesa. Paguei o homem e levei a comida até ela.

- Você precisa comer! - Disse eu colocando a comida em sua mesa.

- O que faz aqui ainda?

- Eu te segurei a tarde toda...

- Está se sentindo culpado? Por favor, vá embora. - Disse Laura me interrompendo.

- Você é muito grossa! Tem comida, vê se come. - Disse eu pegando o terno e indo para o elevador.

Ela estava tão concentrada que nem deve ter notado que sai.

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