Quando descemos do chalé, um homem nos aguardava na entrada. Seu rosto estava pálido, e sua voz saiu como um sussurro carregado de terror:— Wolfgang...A simples menção do nome fez meu coração acelerar. Krampus imediatamente xingou, mas ficou atento.— O que aconteceu? — ele perguntou, sua voz calma, mas carregada de autoridade.— Ele está quase soltando as correntes. Não sei mais o que fazer para segurá-lo.Engoli em seco e me virei para Krampus, a ansiedade crescendo em meu peito. — O cio dele não acabou?Krampus suspirou profundamente, os músculos de seu maxilar se apertando. — Acabou, mas não foi suficiente. Ele não foi satisfeito. Agora ele está perdendo o controle.Continuei ao lado de Krampus, mesmo que cada passo em direção à casa parecesse mais pesado do que o anterior. Assim que nos aproximamos da entrada, o som inconfundível de correntes sendo puxadas violentamente atravessou o ar. Um arrepio gelado percorreu minha espinha.Olhei na direção do som e o vi. Wolfgang caminhav
Analia dormia profundamente, e eu fiquei ali, observando-a. A luz suave do luar que atravessava as cortinas iluminava seu rosto tranquilo, enquanto sua respiração ritmada preenchia o silêncio do quarto. Mesmo à distância, eu podia sentir o cheiro dela — doce, único, e completamente meu. Eu a idolatrava, idolatrava.. Minha companheira.Ela era linda. A mulher que o destino havia escolhido para mim. Estávamos mais ligados do que nunca, especialmente depois do cio intenso que compartilhamos. Era como se nossas almas tivessem se fundido de uma forma que eu nunca pensei ser possível.Pensei em tudo o que tínhamos vivido até agora. Analia havia se entregado a mim, permitido que eu a guiasse por caminhos que provavelmente a aterrorizavam. E, ainda assim, ela ficou. Mesmo assustada, mesmo confusa, ela ficou, mas eu sabia que nunca a deixaria ir, nunca, era minha, e agora completamente minha, mas era bom que ela ficasse porque desejava, não por medo, não por saber que nunca iria sem embora, n
Acordei com o calor familiar de Krampus ao meu lado, seu braço pesado repousando sobre minha cintura. Ele ronronava baixinho, um som quase imperceptível, mas que fazia meu corpo vibrar levemente. Abri os olhos devagar, ainda tentando entender o que estava acontecendo. Era estranho, mas eu sabia que ele estava completamente relaxado, em paz.Mesmo assim, eu não conseguia relaxar da mesma forma. Me mexi para tentar sair, mas ele apertou o abraço por reflexo, murmurando algo inaudível.— Krampus... ainda dói, sabia? — sussurrei, tentando não parecer reclamona, mas ele apenas afundou o rosto no meu pescoço, respirando fundo.— Não me preocupo com isso, minha pequena alce. Vai passar. — Sua voz estava rouca, carregada daquele tom possessivo que eu já começava a reconhecer. Ele deslizou a mão para meu quadril, mas eu a segurei antes que ele fosse além, mesmo sendo mais forte, ele parou.— Não, Krampus, não agora. — Minha voz saiu baixa, mas firme. Ele abriu os olhos lentamente e me encarou.
Eu estava perdida em meus pensamentos, tentando juntar as peças soltas da minha história. Minha mãe, o alimento, o destino que parecia inescapável... e Krampus me encontrou assim, com o olhar distante, mergulhada nas memórias e nas dúvidas que não paravam de crescer.— Está pensativa, meu pequeno alce. — Ele disse, sua voz grave e cheia de um carinho inesperado.Ergui os olhos para ele, tentando disfarçar a confusão em minha mente. — É muita coisa, Krampus. Eu só... não sei como processar tudo isso.Ele se aproximou, sentando ao meu lado e me puxando para o colo dede— Não se preocupe com nada, eu resolvo os problemas.. Você tem direito a um presente de casamento. Qualquer coisa que desejar.Franzi a testa, surpresa com a declaração. — Qualquer coisa?— Qualquer coisa, Analia. — Ele repetiu, os olhos fixos nos meus, como se quisesse me encorajar. Acho que ele pensou que eu escolheria algo caro.. mas não.Minha mente girou com a possibilidade. E então, sem pensar muito, as palavras simp
Eu estava sentada na cozinha ao lado de Frieda, ocupadas com pequenos afazeres e trocando confidências. Havia algo reconfortante em ter alguém com quem conversar. Alguém que, apesar de tudo, parecia querer se a miha amiga , eu gostava da senhora Edith e confiava nela, confiava muito, mas Frieda era como uma amiga confidente, e nossa amizade estava se tornando sólida e forte. — É verdade que você pode transformar alguém em... alguém como você? — perguntei, minha voz baixa, quase um sussurro, porque que não queria que as outras pessoas que trabalhava na casa ouvissem..Frieda parou o que estava fazendo, seus olhos claros encontrando os meus com certa hesitação. — É verdade, senhora.— Não me chame de senhora. Somos... amigas. — Disse com um pequeno sorriso, tentando fazê-la relaxar.— É sim. — Ela respondeu, ainda formal, mas com um pequeno brilho de gratidão no olhar.— E... se eu pedisse, você transformaria meu pai? — As palavras saíram antes que eu pudesse pensar melhor.Ela ficou
Entrei no quarto e fui direto para o banheiro. O vapor quente da água parecia aliviar o peso dos pensamentos, mas, ao mesmo tempo, as palavras de Krampus ecoavam em minha mente, como um sussurro persistente. Era como se ele estivesse comigo, mesmo à distância, invadindo o espaço mais íntimo da minha mente."Sei que está fugindo. Sei que está evitando."Fechei os olhos com força, tentando afastar a voz. Esforcei-me para manter a mente em branco, para que ele não percebesse a confusão que me consumia. Depois do banho, enrolei-me em uma toalha e fui para o armário, buscando algo para vestir. Estava colocando uma peça íntima quando ouvi a porta se abrir.Antes que eu pudesse reagir, Krampus já estava ao meu lado. Ele me puxou para perto, sua força inescapável, e me deitou na cama. Seu olhar, ardente e intenso, era quase impossível de encarar, mas, mesmo assim, tentei empurrá-lo, sabendo que minha força era insignificante. Ainda assim, o fiz.— Não faça isso comigo, Analia. — Sua voz era g
O lobo inclinou-se, seu rosnado transformando-se em um som baixo e gutural. Ele passou a língua devagar, começando na parte mais baixa e subindo com cuidado. Meu corpo estremeceu, um misto de nervosismo e algo que eu não queria admitir. A sensação era quente, quase reconfortante, mas ainda assim, meu coração batia acelerado.— Está tudo bem. — A voz de Krampus veio como um eco suave em minha mente. — Só relaxe.O som do lobo era algo que nunca imaginei ouvir. Não um rosnado ou uivo, mas um choro suave, quase como o de um pequeno cachorro. Era como se ele expressasse alegria, uma felicidade crua enquanto me lambia. A língua dele explorava minha pele com devoção, pressionando minha carne com cuidado, mas ainda assim profundamente intensa.Quando a ponta da língua entrou em mim completamente, soltei um grito que parecia escapar sem meu controle. Era uma sensação avassaladora, algo que incendiava cada célula do meu corpo. E então, quando ele subiu novamente, passando a língua em meu clitó
Eu ouvi os gritos vindo do lado de fora. A voz de Wolfgang chamava Krampus com urgência, carregada de tensão. Krampus se levantou imediatamente, vestindo-se às pressas. Antes de sair, ele me olhou, a expressão grave.— Fique aqui, Analia. — Ordenou, mas eu sabia que não conseguiria ficar parada.Levantei-me e corri atrás dele, ignorando seus protestos enquanto puxava meu vestido longo. O frio do lado de fora parecia cortar minha pele, mas nada poderia me preparar para o que vi ao chegar ao pátio. Meu coração quase parou.Uma mulher estava deitada no tapete de pele que ficava no centro do espaço. Ela era bonita, ou pelo menos tinha sido. Agora, estava definhando. Sua pele pálida parecia translúcida, seus olhos fundos estavam cheios de uma dor que eu não conseguia descrever. Um suspiro preso escapou dos meus lábios.— Krampus, quem é ela? — Perguntei, sentindo meu coração apertar.Krampus hesitou, seus olhos fixos na figura frágil à nossa frente. Sua voz saiu baixa, quase como se ele nã