A vida do CEO Brandon Zucconi deu uma guinada quando, um mês após o seu aniversário, ele atendeu a ligação da amiga que logo avisou, “Brandon, eu estou grávida!” Atordoado, ele respondeu rispidamente: “Fique onde está, Emma”, ele bufou ao tocar as veias que latejavam em suas têmporas antes de avisar, “eu estarei aí em cinco minutos.” A amiga do CEO está grávida, e este bebê pode ser um herdeiro inesperado.
Ler maisNo amplo escritório mal iluminado, um ítalo-americano com uma fisionomia austera estava sentado atrás de sua enorme mesa. Após passar as mãos nos cabelos, Kevin Harrison Giordano deu uma última olhada no relógio Le Roy Paris que estava no lado esquerdo da tela plana do computador. Ele sabia que a esposa não foi para casa após sair do ateliê Maison Delacroix onde ela trabalhava como designer de modas. Cansado dos passeios misteriosos de Justine, ele pegou o telefone e ligou para o assistente de confiança. — Rastreie o celular da minha esposa e descubra onde ela está, — a voz profunda deu a ordem de maneira hostil. “Onde ela foi?” Ele murmurava a pergunta em sua mente conforme tocava o pescoço onde as veias saltavam enquanto ligava para a esposa. — Justine, onde você está? Já tem mais de quatro horas que você saiu do trabalho. — Ele reclamou em vão, pois o celular dela estava desligado e a ligação foi parar na caixa de mensagens. Como ele sabia disso? Kevin havia dado um celular
Emma finalmente recebeu alta do hospital. A recuperação, milagrosa como descreveram os médicos, deixou todos aliviados e esperançosos. Brandon, embora aliviado por tê-la de volta, não pôde deixar de notar como ela estava preocupada com Matteo durante sua convalescença. Isso o perturbou mais do que gostaria de admitir. A tensão entre o casal suavizava aos poucos, especialmente depois de uma visita surpreendente de Giuseppe. Sentados na sala de estar, Giuseppe explicou que Matteo havia sido solto e estava de volta à Itália. — O meu genro alegou legítima defesa e conseguiu provar isso com os áudios da briga com Gustava. — Que bom que ele está bem. — Emma acrescentou, aliviada. — E como está Isabella? Ela está bem com tudo isso? — Isabella está… firme. — Comunicou Giuseppe, balançando a cabeça. — Ela não pretende se divorciar e Matteo está fazendo de tudo para manter o casamento e o estilo de vida que eles têm. Brandon ouvia em silêncio, mas não conseguia esconder completamente o ciúm
Parada do outro lado do balcão branco da cozinha, ela apertou mais os punhos, seus olhos presos ao homem que com a toalha enrolada na cintura revelando os músculos definidos do abdômen. As gotas d'água caíam das mechas curtas do cabelo, deslizando pelos músculos do peitoral até o abdômen reto.— Não me julgue, — Ela rompeu o silêncio inquietante, sacudindo a faca no ar. — Os Zucconi roubaram muita coisa de mim.— A Emma não tinha nada a ver com isso, — chiou Matteo.— Disse o homem que a usou para obter vantagens na empresa dos Zucconi, — alfinetou Gustava.Matteo não se manifestou. Em vez disso, deu as costas.— Não aguenta ouvir a verdade, — ela provocou em voz alta, seus olhos observando as costas largas e molhadas do homem que se retirava. — Volte aqui!Segurando a faca, ela foi ao encontro dele. Matteo aumentou as passadas em direção ao quarto. Tinha que acabar com tudo antes que se tornasse a próxima vítima.Quando Gustava entrou no quarto, ele já estava vestindo as calças.— Pen
Dias após o atentado, Emma já respirava sem aparelhos e interagia com Brandon através de leves movimentos dos dedos quando ele segurava em sua mão e murmurava palavras de encorajamento. Ele permanecia ao lado da cama, fazendo uma prece silenciosa pela esposa. Seus olhos estavam pesados, o rosto abatido pela preocupação e pelo cansaço, mas ele se recusava a sair do lado dela. Com a testa encostada no dorso da mão fria de Emma, uma lágrima solitária caiu em meio a todo o amor e o desespero acumulados. Inesperadamente, Brandon sentiu um movimento da mão de Emma apertando a dele. O coração disparou, e ele ergueu o rosto rapidamente, observando-a com esperança. Os cílios dela tremiam devagar, e, pouco a pouco, ela abria as pálpebras.— Onde estou? — A voz mal constituiu um sussurro, mas era o som mais doce que ele poderia ouvir naquele momento.— Meu amor. — O senhor Zucconi respondeu, acariciando a bochecha esquerda dela com cuidado. — Estou aqui, meu bem!Emma piscou, tentando ajustar a
Gustava estava aproveitando um fim de semana na maior e mais populosa ilha da Grécia. Creta, com suas belas praias, paisagens exóticas, desfiladeiros e lagos naturais, era o cenário perfeito para desfrutar de sua “justa” aposentadoria. Deitada na espreguiçadeira à beira da piscina da suíte onde estava hospedada, ela parecia totalmente alheia ao caos que havia gerado na corporação Zucconi.O sol estava brilhando intensamente, e o calor mediterrâneo a envolvia como um abraço acolhedor. Gustava ajustou os óculos de sol, pegou um gole de seu drink refrescante e se permitiu um momento de pura tranquilidade. Era como se o mundo ao seu redor tivesse parado, deixando-a imersa em um mar de paz e serenidade.No entanto, essa calma foi interrompida pelo som familiar de seu celular vibrando na mesinha ao lado. Gustava soltou um suspiro de frustração, colocou o copo de volta na mesa e atendeu antes de colocar no viva-voz.— O que foi desta vez? Além de não acertar o Brandon, vocês ainda fazem um pé
— A paciente não pode receber visitas… — declarou o médico, que parou na porta e fitou o enfermeiro ao lado de uma senhora com fios grisalhos.— Doutor, ela é a mãe da paciente.— Como a minha filha está? — Noemi fitou o médico com um olhar preocupado.— A cirurgia foi um sucesso, mas Emma continua na U.T.I.— O meu genro disse que ela mexeu a mão.— Sim, senhora, mas Emma ainda precisa de cuidados intensivos, — o neuro explicou num tom complacente. — A senhora pode ver sua filha por alguns minutos, mas ela precisa repousar.— Obrigada, doutor.Ao entrar, Noemi viu Emma deitada sobre a cama. Ela sentiu um nó aumentar em sua garganta ao vê-la ligada a diversos aparelhos.— Minha menina… — sussurrou, aproximando-se da cama e segurando a mão da filha com cuidado. — Você tem que ficar boa logo… seus filhos e o seu marido precisam de você.A porta abriu devagar. Logo, um homem alto entrou e ficou um passo atrás, respeitando o momento íntimo entre mãe e filha, mas pronto para oferecer apoio
Matteo levantou as mãos em um gesto de rendição.— Admito que errei ao trair a confiança da Emma, mas eu me importo com ela. Só quero ter certeza de que ela ficará bem.O senhor Zucconi deu um passo à frente, o rosto a centímetros do de Matteo.— Se importar? Você não sabe o significado dessa palavra. Emma sofreu muito por sua causa. Sou o marido dela agora e não permitirei que você chegue perto dela novamente.Matteo suspirou, tentando manter a calma.— Não estou aqui para causar problemas. Só queria vê-la, saber se está bem. Mesmo que você não goste disso, eu fui uma parte importante da vida dela.— Importante? — A voz rouca de Brandon zombou. — Você foi um erro do passado que ela superou. E agora, a única coisa que importa é a recuperação dela. Sua presença aqui não ajuda em nada.Matteo cerrou os punhos, tentando controlar a frustração.— Eu não quero brigar com você. Só quero o melhor para Emma.Estreitando os olhos, o senhor Zucconi sentia a tensão aumentar.— Então faça o melhor
O neurocirurgião entrou na sala de espera onde Brandon aguardava ansiosamente.— Sr. Zucconi, a cirurgia foi um sucesso. Conseguimos remover a bala sem complicações — começou o médico. — No entanto, precisamos esperar a sua esposa despertar para saber se a lesão não causou nenhum problema cognitivo.Brandon respirou fundo, uma onda de alívio e preocupação ainda inundava o seu coração.— Ela é forte e vai reagir. — Brandon respondeu, segurando-se na esperança de que sua esposa não teria nenhuma sequela. — Posso vê-la?— Claro, venha comigo! — O neurocirurgião convidou, gesticulando para o seguir.Após ajustar as lapelas de seu blazer, Brandon acompanhou o médico até o quarto onde Emma repousava sobre a cama. O som ritmado dos aparelhos ecoava pelo ambiente, quebrando o silêncio pesado.Assim que entrou no quarto, Brandon sentiu-se destruído por dentro. A imagem de Emma, frágil e vulnerável, fez com que as suas emoções transbordassem. Ele se aproximou da cama, sentindo as lágrimas arden
— Fala comigo, meu amor! — A voz desesperada do senhor Zucconi cortava o ar. Ele estava ajoelhado ao lado de sua esposa, que continuava desacordada numa poça de sangue se espalhando lentamente ao redor dela. O rosto de Zucconi estava pálido, seus olhos arregalados de terror. — Chamem um médico! Agora! — A voz profunda berrava. — Ela está perdendo muito sangue. O senhor Zucconi estava prestes a pegar a sua esposa nos braços quando um homem calvo, com alguns cabelos grisalhos ladeando o rosto, o impediu. — Não mexa nela! — O homem agachou-se ao lado da mulher desmaiada. Ele colocou os dois dedos no pulso dela e murmurou: — O pulso dela está fraco. Pessoas ainda saiam da livraria. Havia resquícios de sangue em alguns livros e cacos de vidros espalhados por todo piso vinílico. Brandon podia sentir os olhares de alguns dos funcionários se fixando neles. Ele pegou o celular e discou rapidamente para a emergência. — Chamem logo a porra da ambulância, — a voz rouca do senhor Zuc