Olá, preciosas! Perdoem-me pela demora. Tive um problema gástrico, mas já estou me recuperando e voltei para deixar outro capítulo para minhas amadas leitoras. Querem mais capítulos extras?
— A paciente não pode receber visitas… — declarou o médico, que parou na porta e fitou o enfermeiro ao lado de uma senhora com fios grisalhos.— Doutor, ela é a mãe da paciente.— Como a minha filha está? — Noemi fitou o médico com um olhar preocupado.— A cirurgia foi um sucesso, mas Emma continua na U.T.I.— O meu genro disse que ela mexeu a mão.— Sim, senhora, mas Emma ainda precisa de cuidados intensivos, — o neuro explicou num tom complacente. — A senhora pode ver sua filha por alguns minutos, mas ela precisa repousar.— Obrigada, doutor.Ao entrar, Noemi viu Emma deitada sobre a cama. Ela sentiu um nó aumentar em sua garganta ao vê-la ligada a diversos aparelhos.— Minha menina… — sussurrou, aproximando-se da cama e segurando a mão da filha com cuidado. — Você tem que ficar boa logo… seus filhos e o seu marido precisam de você.A porta abriu devagar. Logo, um homem alto entrou e ficou um passo atrás, respeitando o momento íntimo entre mãe e filha, mas pronto para oferecer apoio
Gustava estava aproveitando um fim de semana na maior e mais populosa ilha da Grécia. Creta, com suas belas praias, paisagens exóticas, desfiladeiros e lagos naturais, era o cenário perfeito para desfrutar de sua “justa” aposentadoria. Deitada na espreguiçadeira à beira da piscina da suíte onde estava hospedada, ela parecia totalmente alheia ao caos que havia gerado na corporação Zucconi.O sol estava brilhando intensamente, e o calor mediterrâneo a envolvia como um abraço acolhedor. Gustava ajustou os óculos de sol, pegou um gole de seu drink refrescante e se permitiu um momento de pura tranquilidade. Era como se o mundo ao seu redor tivesse parado, deixando-a imersa em um mar de paz e serenidade.No entanto, essa calma foi interrompida pelo som familiar de seu celular vibrando na mesinha ao lado. Gustava soltou um suspiro de frustração, colocou o copo de volta na mesa e atendeu antes de colocar no viva-voz.— O que foi desta vez? Além de não acertar o Brandon, vocês ainda fazem um pé
Dias após o atentado, Emma já respirava sem aparelhos e interagia com Brandon através de leves movimentos dos dedos quando ele segurava em sua mão e murmurava palavras de encorajamento. Ele permanecia ao lado da cama, fazendo uma prece silenciosa pela esposa. Seus olhos estavam pesados, o rosto abatido pela preocupação e pelo cansaço, mas ele se recusava a sair do lado dela. Com a testa encostada no dorso da mão fria de Emma, uma lágrima solitária caiu em meio a todo o amor e o desespero acumulados. Inesperadamente, Brandon sentiu um movimento da mão de Emma apertando a dele. O coração disparou, e ele ergueu o rosto rapidamente, observando-a com esperança. Os cílios dela tremiam devagar, e, pouco a pouco, ela abria as pálpebras.— Onde estou? — A voz mal constituiu um sussurro, mas era o som mais doce que ele poderia ouvir naquele momento.— Meu amor. — O senhor Zucconi respondeu, acariciando a bochecha esquerda dela com cuidado. — Estou aqui, meu bem!Emma piscou, tentando ajustar a
Parada do outro lado do balcão branco da cozinha, ela apertou mais os punhos, seus olhos presos ao homem que com a toalha enrolada na cintura revelando os músculos definidos do abdômen. As gotas d'água caíam das mechas curtas do cabelo, deslizando pelos músculos do peitoral até o abdômen reto.— Não me julgue, — Ela rompeu o silêncio inquietante, sacudindo a faca no ar. — Os Zucconi roubaram muita coisa de mim.— A Emma não tinha nada a ver com isso, — chiou Matteo.— Disse o homem que a usou para obter vantagens na empresa dos Zucconi, — alfinetou Gustava.Matteo não se manifestou. Em vez disso, deu as costas.— Não aguenta ouvir a verdade, — ela provocou em voz alta, seus olhos observando as costas largas e molhadas do homem que se retirava. — Volte aqui!Segurando a faca, ela foi ao encontro dele. Matteo aumentou as passadas em direção ao quarto. Tinha que acabar com tudo antes que se tornasse a próxima vítima.Quando Gustava entrou no quarto, ele já estava vestindo as calças.— Pen
Emma finalmente recebeu alta do hospital. A recuperação, milagrosa como descreveram os médicos, deixou todos aliviados e esperançosos. Brandon, embora aliviado por tê-la de volta, não pôde deixar de notar como ela estava preocupada com Matteo durante sua convalescença. Isso o perturbou mais do que gostaria de admitir. A tensão entre o casal suavizava aos poucos, especialmente depois de uma visita surpreendente de Giuseppe. Sentados na sala de estar, Giuseppe explicou que Matteo havia sido solto e estava de volta à Itália. — O meu genro alegou legítima defesa e conseguiu provar isso com os áudios da briga com Gustava. — Que bom que ele está bem. — Emma acrescentou, aliviada. — E como está Isabella? Ela está bem com tudo isso? — Isabella está… firme. — Comunicou Giuseppe, balançando a cabeça. — Ela não pretende se divorciar e Matteo está fazendo de tudo para manter o casamento e o estilo de vida que eles têm. Brandon ouvia em silêncio, mas não conseguia esconder completamente o ciúm
No amplo escritório mal iluminado, um ítalo-americano com uma fisionomia austera estava sentado atrás de sua enorme mesa. Após passar as mãos nos cabelos, Kevin Harrison Giordano deu uma última olhada no relógio Le Roy Paris que estava no lado esquerdo da tela plana do computador. Ele sabia que a esposa não foi para casa após sair do ateliê Maison Delacroix onde ela trabalhava como designer de modas. Cansado dos passeios misteriosos de Justine, ele pegou o telefone e ligou para o assistente de confiança. — Rastreie o celular da minha esposa e descubra onde ela está, — a voz profunda deu a ordem de maneira hostil. “Onde ela foi?” Ele murmurava a pergunta em sua mente conforme tocava o pescoço onde as veias saltavam enquanto ligava para a esposa. — Justine, onde você está? Já tem mais de quatro horas que você saiu do trabalho. — Ele reclamou em vão, pois o celular dela estava desligado e a ligação foi parar na caixa de mensagens. Como ele sabia disso? Kevin havia dado um celular
Emma estava bastante ansiosa para o casamento que aconteceria no fim de semana em Florença. Tudo seria perfeito se não fosse pela visita repentina de seu chefe no escritório da livraria.— Precisamos conversar — disse a voz estrondosa do senhor Zucconi no instante em que cruzou a porta. — Você não pode se casar.— Brandon, por favor, não comece com isso outra vez… — ela ergueu a mão.— Eu te falei inúmeras vezes que o Matteo não presta.— Já te pedi para não se meter na minha vida pessoal — ela respondeu em um tom polido, olhando nos olhos azuis do homem com a mandíbula quadrada. — Você é meu chefe aqui dentro e, se quiser continuar com a nossa amizade fora desta livraria, então sugiro que não tente me convencer a terminar meu noivado com Matteo outra vez.Aos 23 anos, Emma Prado gerenciava um dos empreendimentos da corporação Zucconi. Anos antes, a empresa não pertencia a Brandon, mas ele comprou a livraria Dell'Arte um mês depois que soube que sua melhor amiga ficou noiva de um de se
Dias depois, Emma ainda sentia a dor da traição enquanto enviava mensagens para informar aos convidados que o casamento com Matteo foi cancelado. Por um momento, ela colocou a mão na testa quando sentiu uma terrível enxaqueca ao recordar o que viu no escritório naquela noite. A lembrança do noivo agarrado com a secretária a atormentou por semanas.Os seus olhos focaram a hora no celular, e infelizmente, ela estava dez minutos atrasada para o trabalho. Emma rapidamente tomou um banho, vestiu um blazer preto combinando com sua saia e em seguida, ela calçou o salto alto e pegou sua bolsa.Meia hora mais tarde, as gotas de chuva batiam contra o vidro do carro quando ela estacionou o Citroën vermelho na vaga disponível. Após tirar o cinto de segurança, Emma saiu apressadamente do automóvel e se equilibrou no salto enquanto corria até a livraria. Ela estava tão dispersa que, acidentalmente, esbarrou em um cliente.— Cuidado! — O estranho exclamou com uma seriedade hostil. O homem tinha um