(Letícia)
Eu me chamo Letícia Sanches, tenho 22 anos, e morava com o meu pai em Santa Catarina, mas precisei ir morar com a minha mãe na Bahia, por conta de uma cirurgia de hérnia que ela iria precisar fazer. A minha intenção era passar apenas alguns meses com ela, mas meus pensamentos e decisões foram mudando a partir do momento que conheci o padre da cidade, o Leandro Gurgel. Eu nunca fui nenhuma santinha, e acho que só coloquei os pés em uma igreja no dia do meu batismo e em eventuais missas, eu não gostava de sentir que eu estava enganando a Deus, embora eu soubesse que Ele não podia ser enganado, mas ir pra missa e depois ir me aventurar em algum pau, não parecia ser certo, então eu evitava o confronto com o todo poderoso. Eu perdi a minha virgindade com 17 anos, eu gostava de sexo, e gostava de me sentir poderosa diante dos homens, eu frequentava baladas, e vivia indo pra motéis com os caras que eu conhecia, mas o que eu gostava mesmo, era de sexo violento e bem selvagem, o tipo de sexo que me fazia chorar enquanto sentia o meu corpo inteiro estremecer, e não era todo homem que tinha os mesmos fetiches que eu. Eu também adorava adestrar homens inocentes, e fazê-los me darem o que eu precisava, eu gostava de vê-los enlouquecendo com os prazeres que eu proporcionava pra eles, depois que eles me conheciam, eles nunca mais eram os mesmo. Quando eu cheguei na cidade que a minha mãe morava, eu não esperava conhecer um padre tão novo e incrivelmente lindo e gostoso, eu sabia que era errado ter pensamentos sexuais logo com um padre, mas quando me dei conta, eu já estava imaginando ele puxando o meu cabelo e socando o pau na minha bunda. Ele era alto, moreno, olhos altivos e castanhos, e tinha uma boca tão bem desenhada que a minha vontade era de morder... — Me perdoe Cristo Jesus. Falei mentalmente enquanto tentava fingir que a beleza do padre não havia me chamado atenção, mas eu fui traída por mim mesma quando olhei pro pau dele e tentei imaginar o tamanho do instrumento sexual dele por debaixo da batina, e fui pega no flagra, o padre não só notou a minha indecência, como também ironizou a situação quando eu disse que tinha respeito pelos filhos de Deus. Eu realmente tinha, até conhecê-lo, e eu iria precisar de muita reza pra esquecer a ideia de tê-lo dentro de mim. Quando ele deu as costas pra mim, quase que fugindo dos meus olhares, eu fiquei pensando que talvez ir pra missa pudesse ser divertido e que Cristo iria me perdoar se eu rezasse depois. — Que desperdício de homem. Falei em voz alta e minha mãe acabou ouvindo. Mãe: Letícia, se comporte, o padre Leandro é um homem de Deus, esses comentários não serão bem vistos pelo povo daqui. — O que eu falei de errado mãe? Eu estou mentindo por acaso? Basta olhar pra esse padre pra saber que ele é novo demais e ainda vai se arrepender de ter tomado essa decisão. Mãe: O padre Leandro sonhou com isso desde que era um menino, ele já falou isso na igreja, ele sabe muito bem o que quer da vida dele, então não fique se exibindo pra não ficar mal falada. — Eu sei que a língua do povo daqui é igual chicote mãe, mas eu amo ser chicoteada. Mãe: Como é Letícia? — Nada, eu estava só pensando alto. Ela me olhou intrigada, afinal não era porquê eu não morava com ela que ela não conhecia a filha que ela tinha. Eu já dei muito trabalho pro meu pai, eu não sabia o que era ter limites, eu só fui melhorar depois dos 20 anos, mas ainda sim eu estava longe de ser uma garota boazinha, é claro que eu não pensava em dar nenhum trabalho pra minha mãe, eu iria proucurar me comportar, mas somente na frente do povo da cidade, porquê longe da vista deles eu iria ser o que sempre fui, uma mulher livre, sexy e safada, e eu já tinha uma presa adequada pra desvirtuar. — Padre, padre, eu tenho respeito sim pelos filhos de Deus, mas você será uma exceção. Pensei enquanto tentava disfarçar pra minha mãe as minhas reais intenções. A noite chegou, e eu tomei um banho pra conhecer melhor a cidade, apesar da minha mãe morar nela, eu nunca a visitei, mas ela sempre ia me visitar. Eu coloquei uma mine saia jeans, e uma blusa branca de manga, com um decote em formato de (U), eu preferi não usar sutiã, eu gostava de sentir os meus peitos livres e sempre ignorava a transparência da blusa. — Todo mundo já viu um peito na vida. Falei pra mim mesma. Eu saí de casa em direção a praça, e de longe eu vi a luz da igreja ligada, eu queria ser uma pessoa controlada, mas eu não era, e o fato de ser assim foi que me levou a ir até a igreja atentar o padre, eu queria ver se Cristo ou a Santa controlava ele. Assim que eu entrei na igreja, eu vi um senhor rezando, eu percebi que na lateral ao lado do santuário existia uma porta com uma placa dizendo pra não entrar, eu nunca fui de seguir regras, então eu entrei. Assim que eu abri a porta, vi o padre mexendo em algumas pastas e ele se assustou quando me viu, o olhar dele foi direto pros meus peitos, mas foi um olhar tão rápido que fiquei em dúvidas se ele me desejava ou se era porquê os meus peitos estavam chamando muita atenção. Ele voltou a olhar pras pastas tentando não olhar pra mim. Padre: Você não viu a placa na porta, Srt. Letícia? — Vi sim padre, mas Deus não é nosso pai? Ele voltou a olhar pra mim sem entender muito bem onde eu estava querendo chegar. Padre: Sim, Deus é nosso Pai, mas o que isso tem haver com a pergunta que lhe fiz? — Eu não preciso de permissão pra entrar na casa do meu pai. Ele abriu e fechou a boca umas três vezes, e ficou sem saber o que dizer. — Estou errada padre? Padre: Diga logo, o que a trouxe aqui Srt. Letícia? Ele voltou a olhar pras pastas desviando mais uma vez os olhos de mim e tentando fugir da minha pergunta, mas ainda sim esperando uma resposta minha. Eu me aproximei dele e ele se afastou imediatamente e voltou a me encarar. Padre: Srt. Letícia, eu estou com coisas pra resolver e se você não está precisando de nada eu peço por favor que você se retire. — Você parecia mais amigável quando fomos apresentados, Leandro. Padre: Por favor, me chame só de padre. — Mas o seu nome não é Leandro? Padre: Já chega, por favor, retira-se. Ele passou por mim e abriu a porta pra que eu pudesse me retirar e ele estava visivelmente nervoso. Eu sorri e balancei a cabeça, caminhei até a porta e o olhei nos olhos. — Você está morrendo de medo dos seus instintos, não é padre? Padre: Não sei do que você está falando mocinha, agora volte pra casa e cuide da sua mãe. Eu saí e ele fechou a porta bem na minha cara, eu dei uma gargalhada tão alta que ecoou por toda a igreja, a sorte era que o senhor que antes estava rezando, já tinha ido embora, mas eu olhei pra imagem da Virgem Maria, e pedi perdão por mexer com o filho dela. A verdade era que eu já tinha tantos pecados que mais um na minha lista não iria fazer nenhuma diferença.(Leandro)A porta do escritório onde eu estava se abriu e o capiroto entrou, vestindo um resto de pano transparente que não dava nem pra chamar de roupa, os bicos dos peitos do capeta estavam oriçados e a minha primeira reação foi voltar a olhar pras pastas que eu estava mexendo na hora pra não cair nas artimanhas do diabo.Eu havia colocado uma placa avisando pra ninguém entrar na sala e nenhuma pessoa teve a audácia de passar por cima de uma regra estabelecida por mim, mas a filha da dona Maria, que havia acabado de chegar na cidade decidiu ignorar a placa e invadir os meus aposentos.Quando a perguntei sobre ela não ter visto a placa que estava na porta, ela me deu uma justificativa que calaria a boca até do papa.Eu me dei conta de que eu não estava lidando só com o demônio, mas também com a legião inteira dele.Ela perguntou se estava errada em dizer que ela não precisava pedir permissão pra entrar na casa do Pai dela, e eu fui logo mudando de assunto pra ela não se sentir no di
(Letícia)Mãe: Onde você estava?Fui questionada assim que coloquei os pés dentro de casa.— Eu fui conhecer melhor a cidade.Ela olhou pra minha blusa e levou uma das mãos até a boca.Mãe: Que absurdo Letícia! Você não tem vergonha na cara de sair na rua com os bicos dos peitos aparecendo? O que o povo vai pensar de você?— Que eu tenho peitos!Mãe: Não seja uma desavergonhada, passa logo pro quarto e vai vestir uma roupa decente, que eu não pedi pra você vim pra cá pra me fazer passar vergonha. Eu fui pro quarto sem questionar, afinal a minha mãe estava doente e eu não queria dar mais preocupações pra ela.Eu tirei a blusa e fiquei admirando os meus peitos na frente do espelho, eles eram perfeitos e eram a melhor parte do meu corpo.— Eu poderia andar na rua sem blusa que eu não me importaria em mostrar pro mundo essa perfeição. Falei deslizando as mãos por eles e os apertando, eles também eram a parte mais sensível de mim.Eu fechei os olhos com o meu próprio toque e imaginei aqu
(Leandro)Eu durmo nos fundos da igreja, em uma casa separada do templo, mas grande parte do meu dia eu permaneço no escritório, atendendo os fiéis, muitos deles necessitados. A igreja tem um papel fundamental pras famílias mais carentes. Eu nunca precisei deixar o escritório trancado, mas depois da invasão da Letícia, eu achei melhor trancá-lo.Eu entrei no escritório transtornado e fiquei alguns minutos meditando e tentando colocar a minha cabeça no lugar.— Quem essa garota pensa que é pra me afrontar daquela forma?Como ela me levou a gritar dentro da casa do Senhor? Como ela conseguiu me desestabiliza daquele jeito? Perguntei a mim mesmo.A minha cabeça estava repleta de questionamentos que eu não estava conseguindo responder. Quando eu fiquei mais calmo, eu saí pra falar com os fiéis, mas a igreja já estava vazia, e isso quase nunca acontecia pela manhã, muito pelo contrário, a igreja tinha fiéis o dia quase todo, principalmente em pleno sábado.Eu não pensei que a minha atit
(Letícia)Eu poderia ter evitado todo aquele falatório, era só eu dizer pra uma fofoqueira qualquer que eu blasfemei contra Deus e que o padre só estava o defendendo, que rapidamente o povo calaria a boca, eu não iria me importar de ter todas as atenções voltadas pra mim, mas eu quis ver até onde aquilo tudo iria dar.No fundo eu queria desequilibrá-lo, torná-lo acessível a mim, fazê- lo ficar vulnerável a minha presença, eu queria mexer com todos os sentidos dele, fazê-lo me enxergar como mulher, ao ponto dele se alto questionar sobre a decisão de ser padre, e ver as enormes opções de prazeres que ele poderia ter fora da igreja, ou melhor, comigo. Eu queria apresentar pra ele o bom da vida, e foi em meio a esses pensamentos que algo passou pela minha cabeça. — Será que ele é virgem? Será que ele nunca esteve dentro de uma mulher antes? Ou será que ele se tornou padre só depois de ter se relacionado com alguém e não gostou? Não entrava na minha cabeça que um homem tão novo e absurd
(Leandro)Eu não sabia o que me confrontava mais, se era a reação dos fiéis diante da minha atitude, ou se era a minha reação diante das atitudes da Letícia, eu sabia que eu precisava ser firme em minhas palavras diante das pessoas e tentar fazer com que as coisas continuassem caminhando em paz, como caminhavam antes da chegada da Letícia. Eu quase não consegui dormir pensando no que eu iria dizer na missa, e de como eu passaria a agir com a Letícia, sabendo do perigo que ela representava pra mim.Eu tive uma madrugada agitada, mas consegui tirar algumas horas de sono, mas quando o dia finalmente amanheceu, eu fui tomado por um nervosismo sufocante, e eu tive que recorrer a Santa, pra que eu viesse a lidar com os meus problemas de forma madura e sábia.Eu estava com medo de encontrar a igreja vazia, mas o meu coração ficou alegre quando vi que os fiéis não deixaram de ir pra missa, isso significava que apesar do que houve, eles continuavam confiando em mim.Eu estava com um sorriso n
(Letícia) Minha mãe ficou me olhando torto a cada vez que eu passava por ela, mas também ela não falou mais nada comigo em relação ao padre, mas acho que no fundo ela sabia que não iria adiantar nada se falasse. Faltava pouco pra ela finalmente se operar, e eu não queria perder tempo, afinal eu queria ter a chance de conquistar o padre antes de voltar pra casa do meu pai. No dia seguinte, acordei bem cedo, preparei o café da manhã e me arrumei pra ir pra missa, mas essa atitude não passou despercebido aos olhos da minha mãe. Mãe: Onde você vai arrumada desse jeito? — Vou pra missa, porquê? Não posso? Mãe: Você não disse naquele dia pro padre que não era pra contar com você na missa porquê você não era religiosa? — Mudei de ideia, acho que vai ser bom pra mim ser mais participativa nas coisas da igreja. Ela me olhou demonstrando não acreditar em nenhuma palavra que eu havia dito, e ainda balançou a cabeça deixando claro que não concordava com a minha decisão, ela sabia que e
(Leandro)Eu tentei convencer a mim mesmo que não seria preciso eu falar com outro sacerdote, afinal eu não havia feito algo de extremo e estava lutando pra manter intacto a minha comunhão com Deus, tentei me convencer também que o fato de eu ser padre, não fazia de mim um ser intocável e que como ser humano eu também poderia escorregar.Durante todo o dia eu estive desligado do mundo exterior e me concentrei em ler a bíblia e nas rezas, e por algumas horas o demônio da Letícia esteve longe dos meus pensamentos, eu não fiz minhas refeições e me alimentei apenas da palavra.Quando a noite chegou eu achei que finalmente iria comer algo, descansar e dormir com a consciência tranquila, eu caminhei até a minha casa, fui até a cozinha, deixei uma lasanha pronta no forno e fui tomar um banho enquanto tudo ficava pronto.Enquanto eu estava no quarto me trocando, eu vi uma silhueta na janela, a luz do quintal estava refletindo na cortina, eu fiquei assustado, afinal eu nunca havia recebido nen
(Letícia)A minha mãe passou praticamente o dia inteiro sem falar comigo, e eu nem quis perguntar o motivo pois eu sabia muito bem qual era.Ela devia ficar com raiva era do padre que praticamente me expôs na frente de todo mundo, na cabeça dela ele era um santo.Apesar da pouca idade, eu sabia muito bem reconhecer quando um homem sentia atração por mim, e eu não estaria agindo de uma forma tão possessiva se eu não tivesse certeza que o padre me olhava com desejo.Talvez eu tivesse ido longe demais, indo pra igreja pra atazaná-lo em vez de ir pra assistir a missa, mas eu acreditava que Deus jamais iria querer que uma pessoa fosse infeliz, sendo impedida de construir uma vida, viver amores, correr riscos, ou formar uma família, eu não conseguia ver lógica em privar uma pessoa de se apaixonar, indo contra a própria palavra de Deus, quando ele manda crescer e multiplicar. — Como que multiplica sem transar?Falei enquanto colocava a minha comida no prato.Mãe: Do que você está falando?E