Ouvi o som do carro estacionando na garagem e meu coração deu um pulo! Larguei o biscoito que estava comendo, minha boneca, a comidinha de massinha que fazia e saí correndo para a porta. Jojo me olhou com tristeza e falou: — Sofia, querida, lembra do que conversamos? Seu pai não gosta de abraços. Joana era minha babá, mas fingi que não escutei o aviso. Papai estava em casa! Fazia tanto tempo que eu esperava por ele. Fiquei na ponta dos pés para espiar pela janela. Quando a porta se abriu, meu peito quase explodiu de alegria. Queria correr e pular nos braços dele, mas tive medo que brigasse comigo. Então, fiquei ali, parada, quietinha, perto da porta. Talvez, se ele me visse, me desse um sorriso. Ele entrou, estava no celular, falando daquele jeito sério: — Preciso que o relatório esteja pronto amanhã cedo. Sem desculpas, entendeu? Depois, ele desligou o celular, e eu tentei chamá-lo: — Papai? Mas ele só fez um gesto com a mão, como se pedisse
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