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Todos os capítulos do Nas Sombras do Crepúsculo: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Prólogo
O disparo estilhaçou a quietude da manhã, ecoando pela clareira como um trovão. Por um instante, o tempo pareceu suspenso — até o canto dos pássaros sumiu, engolido por um denso e expectante silêncio.A floresta transformou-se num teatro de tensão.Os mercenários avançavam em passos medidos, dedos nos gatilhos, olhos varrendo a vegetação em busca do menor sinal de vida, cada sombra parecendo esconder uma ameaça, cada galho quebrado, uma armadilha.No entanto...— Ele está morto — declarou um deles, sua voz resoluta, quase satisfeita. — Ninguém sobrevive a um tiro tão certeiro.Mas quando chegaram ao local onde Tupã caíra, encontraram apenas folhas amassadas e lama salpicada de vermelho.— Onde ele está? — perguntou outro, o tom carregado de tensão.O líder do grupo, um homem de rosto endurecido e cicatrizes profundas, estreitou os olhos, estudando o ambiente em volta.— Se escafedeu! — Sua voz era grave, carregada de frustração. — Olho vivo! Esse desgraçado não é como os outros macaco
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Capítulo 1 — Resistindo às Sombras
Visões começaram a se formar na mente de Yara: árvores em chamas, o solo rachado como se vertesse sangue, e uma sombra crescente que devorava tudo em seu caminho. A dor da floresta era quase tangível, transbordando para dentro dela como uma onda avassaladora. Seu corpo tremia, tomado pela agonia que não era apenas sua, mas de algo muito maior.Yara cerrou os punhos, respirando fundo.— Tupã... — sussurrou, a voz entrecortada, não mais que um sopro. — Onde você está?Por mais desesperador que fosse o cenário, algo dentro dela insistia que ele ainda estava vivo. Talvez fosse uma esperança tola, ou talvez fosse a própria floresta, sussurrando que não o abandonara. Mas o tempo estava contra eles, e ela sabia disso.Estava prestes a se mover, para investigar a situação, quando um calafrio subiu por sua espinha. Antes que pudesse reagir, uma gélida mão sombria agarrou seu tornozelo, arrastando-a com força para o rio de águas turvas ao seu lado.Um grito sufocado escapou de Yara conforme ela
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Capítulo 2 — Sombras Abissais
A sombra penetrava fundo nela, rompendo a tanga de folhas, invadindo seus poros como ondas de éter, despertando sensações fluidas que se espalhavam sob a pele. Ao longe, tambores batucavam em compasso irregular, ecoando cada vez que aquilo — formas sem rosto, tentáculos de trevas — deslizavam pelas coxas da jovem. Toques simultaneamente suaves, gélidos e provocantes. Vinham agora pelos quadris de Yara, desafiando-a a distinguir prazer de ameaça no mesmo arrepio.O vento sussurrava entre as árvores do refúgio de Ceiba, carregando consigo um lamento ancestral. As folhas tremulavam em uma melodia silenciosa, reverberando o peso de tempos imemoriais, conforme a presença da guardiã das árvores sagradas pairava sobre aquele santuário oculto.Tupã estava deitado sobre um leito de musgo, o corpo envolto por curativos feitos de raízes trançadas e folhas embebidas em bálsamos curativos. A dor ainda pulsava sob sua pele, uma lembrança cruel do cerco que quase o levou à morte. Cada respiração era
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Capítulo 3 — Emergencial Reunião
Com os lábios pressionados num tenso silêncio, a jovem estendia a mão trêmula em direção à virilha — o ar ao seu redor pesado, carregado de um desejo que parecia pulsar em cada fibra de seu ser. Seus feromônios dançavam no limite, quase tangíveis, conforme ela lutava para conter os gemidos que insistiam em escapar de sua garganta, frágeis e roucos.Dois tentáculos sombrios emergiram das profundezas, envoltos numa névoa fria e viscosa, e agarraram seus seios com uma força que era ao mesmo tempo implacável e sedutora. O toque das sombras era gelado, mas ardente, como se cada movimento fosse uma promessa de algo além da compreensão humana. Yara cerrou os dentes, um gemido prolongado ecoando em sua mente, conforme as sombras a envolviam, moldando-se ao seu corpo como uma segunda pele.Ela sentiu-se sendo puxada para o abismo, uma queda vertiginosa que a consumia por completo. As sombras a engoliam, levando-a cada vez mais fundo, num ritmo que era tanto tortura quanto êxtase. Deslizando, c
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Capítulo 4 — Entre Trevas e Lamentações
A noite pesava sobre o refúgio de Ceiba. Os galhos das árvores sagradas sussurravam segredos, conforme sombras dançavam entre as folhas prateadas pelo luar. O ar era carregado por um silêncio inquieto, um vazio opressor que ecoava dentro de Tupã como um trovão distante, um prenúncio de tempestade.Ele se arrastava pelo átrio, cada passo uma batalha contra o peso esmagador de seu próprio corpo. Seus músculos ardiam, a exaustão fazia sua visão oscilar. Mas nada era tão insuportável quanto o que via quando fechava os olhos.As visões.Yara.Acorrentada.Grilhões cravados na pele, os braços esticados e frágeis.E os homens...(Versões tenebrosas de Naaldlooyee...)Rindo.Cruéis. Selvagens. Sombrios. Assistindo conforme ela se debatia, conforme sua voz gritava seu nome.— Tupã!A súplica rasgava sua alma como uma lâmina oculta, um grito abafado pela escuridão, perdido entre ecos de zombarias e crueldade.E então, como um veneno escorrendo entre suas lembranças, a voz de Naaldlooyee se infi
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Capítulo 5 — Poder Amaldiçoado
O interior da barraca estava escuro como um abismo sem fundo, apenas a bruxuleante chama de uma vela trêmula lutava contra a opressiva penumbra. As paredes de tecido ondulavam com a brisa fria da noite, mas o que realmente fazia Donaldo sentir um calafrio na espinha não era o vento — era a presença do homem sentado à sua frente.Naaldlooyee, o Senhor das Sombras Abissais, mantinha-se imóvel, os olhos negros como carvão refletindo algo além do que um ser humano deveria enxergar. A escuridão parecia dançar em volta dele, como se respirasse, como se tivesse vida própria.Donaldo, já acostumado com o domínio e o controle, sentia-se inquieto. A proposta que ouvira do bruxo naquela noite era simplesmente… absurda.— Você hesita, Donaldo — a voz de Naaldlooyee deslizou pelo ar, grave e hipnotizante, como a serpente que sussurra à presa antes do bote.Donaldo tomou um gole do forte licor em sua taça de prata, tentando dissipar o peso daquelas palavras em sua mente.— O que você está pedindo..
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Capítulo 6 — Impacto Sombrio
Não da maneira como um céu estrelado pulsa com seus pequenos sóis distantes, nem como a brisa fria que dança entre as árvores. Esta era uma noite viva com olhos ocultos, dedos invisíveis, presenças que não pertenciam ao mundo dos homens.E no centro dessa escuridão, algo caçava.O Shyiniwalker movia-se como um sussurro na penumbra, deslizando entre becos esquecidos, esgueirando-se por sombras sem ser visto, uma entidade que não deixava pegadas nem ecoava seus passos.Era Donaldo, mas não era. Era sua extensão, sua astúcia sem amarras, sua vontade sem limitações.E naquela noite, ele estava faminto.As primeiras vítimas não viram nada além de um borrão. Um sopro de vento contra a pele. Um arrepio na espinha.A jovem — primeira escolhida — caminhava descalça sob a lua, colhendo água do riacho. Ela nem sequer gritou.O silên
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Capítulo 7 — A Prisão de Trevas
Escuridão.Ela estava por toda parte.Nas paredes, no ar, dentro dela.Yara despertou lentamente, seus sentidos ainda presos a um limbo indistinto entre sonho e realidade. Seu corpo desnudo estava pesado, a pele fria, como se tivesse sido arrancada da luz há muito tempo.Tateou o chão úmido e rochoso, tentando se erguer, mas sua força parecia ter sido drenada. Havia uma sensação de vazio em seu peito, como se algo essencial tivesse sido arrancado de sua alma.A fortaleza de Naaldlooyee não era feita apenas de pedra e sombras — era um cárcere que sugava a vontade de viver.Aos poucos, a realidade desabou sobre ela.Ela estava presa.Sozinha.E a escuridão ao redor sussurrava seu nome.Os ecos de algo profano rastejav
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Capítulo 8 — Trevas Vivas
A tenda estava envolta numa penumbra quente, iluminada apenas pela luz trêmula de uma única lamparina, o ar pesado, saturado com o aroma doce do incenso de sândalo e o cheiro acre do desejo. Donaldo estava deitado sobre os lençóis de seda, seu corpo nu brilhando sob a luz fraca, conforme uma nova concubina se aproximava dele. Ela era jovem, de pele clara e cabelos loiros como fios de sol, um contraste marcante com as morenas que costumavam compartilhar sua cama.Ela se moveu com uma graça felina, seus olhos azuis fixos nele como se o devorassem com o olhar. Donaldo a observava, embora sua mente não estivesse plenamente presente. As sombras do passado o assombravam, e as memórias da noite do sacrifício invadiam seus pensamentos como fantasmas implacáveis.A primeira jovem.A segunda.A terceira.Todas capturadas pelo Shyiniwalker.Todas gritando.Todas suplicando.Donaldo fechou os olhos por um momento, tentando afastar as imagens, mas elas persistiam, como uma ferida que não cicatriza
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Capítulo 9 — O Prazer & a Sombra X Ecos do Inominável
A noite estava quente, mas dentro da tenda de Donaldo, o calor era quase opressivo. O ar pesado carregava o aroma doce do incenso de mirra, misturado ao cheiro acre do suor e do desejo. As lamparinas tremulavam, projetando sombras que dançavam nas paredes de tecido, como espectros observando em silêncio. Os lençóis de seda, agora desfeitos, brilhavam sob a luz fraca, manchados de vinho e paixão.Donaldo estava deitado de costas, o peito largo subindo e descendo lentamente, conforme os dedos da concubina traçavam círculos lentos sobre sua pele, conforme os seios dela saltitavam calorosamente. Macios. Gelatinosos. Irresistivelmente apetitosos. Ela era uma figura esculpida pela luxúria — morena, de olhos profundos como poços de obsidiana e lábios carnudos que pareciam feitos para o pecado. Seu cabelo escuro caía em cascata sobre os ombros, misturando-se às sombras que os envolviam.— Meu senhor — sussurrou ela, sua voz um eco sedutor no silêncio da tenda. — Você está distante.Donaldo vi
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