Tentáculos de sombra deslizavam sobre sua pele, enrolados naquela gélida névoa, parecendo pulsar com vida própria, cada movimento uma silenciosa invasão, profunda, a conectando a algo sinistro. Seu corpo tremia, não apenas pelo toque gelado, mas pela intensidade da emoção, conforme suaves gemidos e gritinhos jorravam de seus lábios, conforme o calor do rubor em seu rosto contrastava com o frio das trevas.Ela estava caindo, mas não havia fundo — desde que suas costas atravessara o chão pelas sombras, enquanto o mundo mortal desaparecia, a escuridão se expandindo em volta, densa e opressiva, como se tencionasse consumi-la inteiramente. Lágrimas escorriam silenciosamente, refletindo a luta interna entre o pavor e uma estranha atração pelo abismo. De vez em quando, surgia nela um impulso de voltar à superfície, de escapar daquela escuridão que a inundava como um abismo sem fundo. Mas, em meio às sombras, ela percebia que nadar era impossível. Não havia correnteza, não havia direção, apen
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