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Todos os capítulos do O Cowboy e a mulher do mafioso: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Capítulo 1
Capítulo 1Milão - ItáliaA tarde que estava tranquila na mansão Moretti foi rompida de forma abrupta. O jardineiro, que cuidava pacientemente das roseiras no jardim, parou de podar ao ouvir os gritos furiosos do patrão e o som de vidros se estilhaçando.Dentro da imponente mansão, Giovanni Moretti, um dos mais temido chefe da máfia, estava à beira de perder o controle. Seus gritos ecoavam pelos corredores, e o ódio que sentia por seu pai era quase palpável. O homem era um vulcão prestes a explodir.Seus olhos escureceram quando avistou a esposa entrando no escritório, observando a destruição que ele causara. Um lampejo de desgosto atravessou seu rosto.— O que você está fazendo aqui? Saia! — Giovanni rugiu, virando-se abruptamente para pegar o telefone. Com uma pressa frenética, discou o número de um velho conhecido. — Paolo? "Ciao". Mande a garota para cá. Preciso me distrair.Desligando o telefone com força, ele se voltou para a esposa, agora observando-a com desprezo.— O que foi?
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Capítulo 2
Capítulo 2O carro freou bruscamente, parando a poucos metros das duas, mas o choque de quase ter sido atropelada deixou a garota paralisada nos braços de Giulia. Ela olhou para Giulia com os olhos arregalados e lágrimas prontas para cair.— Você está bem? — Giulia perguntou, ainda com a voz trêmula pela adrenalina.— Eu... eu acho que sim — respondeu a menina, assustada, enquanto se levantava lentamente.Algumas pessoas se aproximaram, e logo um homem surgiu, visivelmente desesperado e ofegante, mas com uma expressão fechada.— Vitória! Minha filha! — Ele correu até elas e, ao ver Giulia segurando a criança, afastou-a rapidamente da mulher estranha. — O que você pensa que está fazendo com a minha filha?Giulia ficou surpresa com a reação, ainda tentando processar o que havia acontecido.— Eu só... — começou ela, mas ele a interrompeu.— Só? Só colocou a vida dela em perigo, isso sim! — disparou o homem, o rosto vermelho de frustração. — Se você tivesse prestado mais atenção, isso nem
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Capítulo 3
Capítulo 3Carlos estacionou a caminhonete em frente à imensa casa rústica. Giulia ficou imediatamente encantada com a beleza simples e acolhedora da casa rústica.- A casa é linda - disse Giulia, ainda admirada enquanto saía do carro.Carlos sorriu, notando a expressão no rosto dela, e levou a mala e sacolas para dentro. Giulia o seguiu, seus olhos ainda presos na paisagem ao redor, onde a vastidão dos campos verdes parecia se estender pelo horizonte.Enquanto Vitória corria para a área gourmet para ver o que os cozinheiros tinham preparado para o café da tarde, Carlos tirou o chapéu, passando a mão pelos cabelos castanhos antes de recolocá-lo de maneira prática e habitual.- Fique à vontade - disse ele com um aceno de cabeça, enquanto caminhava em direção ao escritório.Giulia o seguiu, curiosa. O escritório era aconchegante, com móveis de madeira escura e paredes decoradas com prateleiras cheias de livros e alguns troféus de montaria. Carlos abriu uma gaveta e, sem cerimônia, puxou
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Capítulo 4
Capítulo 4Giulia mal teve tempo de se acomodar atrás dele antes que o carro fizesse uma curva brusca e começasse a persegui-los. O motor roncava ferozmente, e a poeira subia no ar. O coração de Giulia batia descontroladamente enquanto ela se agarrava à cintura de Carlos, sentindo a dureza dos músculos dele sob as mãos.Sem perder tempo, Carlos sacou um de seus revólveres com uma mão, enquanto segurava as rédeas da égua com a outra. Com uma precisão surpreendente, ele virou o corpo para o lado, ainda trotando, e mirou no carro que se aproximava rapidamente. Sem hesitar, ele disparou.O som do tiro ecoou. O tiro foi certeiro, mas o vidro do carro era blindado. O projétil ricocheteou, e ele rosnou de frustração.— Droga! — Carlos rosnou, enquanto puxava as rédeas de Floco de Neve, fazendo a égua acelerar. — Segure firme!Giulia se apertou mais contra ele, o medo crescendo a cada segundo que passava. O carro estava se aproximando rápido demais.— Malditos... — resmungou, tentando ajustar
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Capítulo 5
Capítulo 5O som repentino de um tiro ecoou no ar. Ele se virou rapidamente e viu que o capanga que foi atingido no ombro estava tentando acerta-lo. Sem hesitar, Carlos sacou o revólver e, com um tiro certeiro, tirou a vida do homem, eliminando a ameaça de uma vez por todas.Ele respirou fundo, os olhos percorrendo a área ao redor. Ao longe, avistou Floco de Neve se aproximando. A égua, com seu instinto afiado, voltou para o local, pronta para ajudar. Carlos, sem perder tempo, levantou Giulia do chão, a colocou cuidadosamente sobre a égua e subiu logo em seguida, segurando-a firme enquanto cavalgavam de volta para casa.Quando chegaram à fazenda, Carlos desceu do cavalo e carregou Giulia para dentro. Ele a colocou gentilmente no sofá da sala. Vitória, que estava do lado de fora, viu seu pai chegando com Giulia nos braços e correu para dentro, preocupada.- Pai, o que aconteceu com ela? - perguntou Vitória, já ao lado de Giulia, visivelmente ansiosa.- Ela está bem, só tomou uma pancad
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Capítulo 6
Capítulo 6Carlos, depois de verificar que tudo estava tranquilo, voltou para a área gourmet para pegar uma bandeja com chá e pães caseiros. Ao retornar para a sala, seus olhos estavam atentos, ainda preocupado com o ataque. Ele sabia que aquilo não havia sido por acaso, e a tensão crescia dentro dele.Ao entrar na sala, observou as duas, e seu coração apertou por um segundo ao ver Vitória cuidando de Giulia com tanto carinho. Giulia, por sua vez, já parecia mais consciente, embora ainda visivelmente abalada.— Como está se sentindo? — Carlos perguntou, pousando a bandeja na mesinha de centro.— Melhor… acho que um dia me acostumo a levar coronhadas — ela tentou brincar, mas a dor no lado da cabeça não permitiu que continuasse rindo.Carlos sorriu de leve, mas seus olhos não esconderam a preocupação. Ele se abaixou ao lado dela, seus dedos passando pela lateral do rosto de Giulia, verificando o machucado.— Nós vamos aumentar a segurança na fazenda. Não posso permitir que algo assim a
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Capítulo 7
Capítulo 7O som do telefone batendo com força contra a mesa ecoou pela sala luxuosa. Giovanni Moretti, o marido de Giulia, estava frustrado, seus olhos faiscando de raiva enquanto esfregava o rosto com as mãos. Mais uma vez, seus informantes haviam falhado em localizá-la.— Como é possível que uma mulher desapareça assim? — ele grunhiu, a voz pesada com a frustração acumulada.Seu braço direito, Paolo, observava o chefe com cautela, medindo suas palavras antes de falar.— Ela não quer ser encontrada, senhor. Fugiu para um país vasto como o Brasil, e os contatos de lá estão tendo dificuldade de rastreá-la após o sumiço de alguns capangas.Giovanni apertou os punhos com força, os dedos quase cravando na madeira da mesa.— Não é possível que eles sejam tão incompetentes! Ela não pode ir tão longe! Quero todos os meus homens em cada cidade daquele país. Ela não vai escapar.Paolo assentiu, hesitante.— Vou redobrar os esforços, senhor. Mas talvez seja melhor considerarmos outra abordagem
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Capítulo 8
Capítulo 8Giulia piscou, ligeiramente envergonhada, ao perceber o quanto havia revelado. Tentando mudar de assunto, disse:— Eu não vi a Vitória.Carlos sorriu, relaxando um pouco mais na cadeira.— Ela está na escola. Meio dia e meia ela estará de volta — explicou ele, enquanto tomava outro gole de café. — Preciso que vá até a rua asfaltada buscar ela. Fica um pouco longe da entrada da fazenda. Você sabe dirigir?Giulia assentiu, mostrando interesse.— Sei. É só me mostrar onde fica, eu decoro fácil o caminho. Tenho uma excelente memória.Carlos arqueou uma sobrancelha, surpreso com a segurança dela.— Ótimo. Eu te mostro no mapa da fazenda. Confesso que é um alívio saber que pode ajudar. Vitória vai gostar de te ver lá.Carlos levantou-se e foi até uma moldura na parede, onde havia um mapa da fazenda e da região ao redor. Com calma e precisão, ele ensinou Giulia o caminho, apontando os pontos de referência, mas o que mais chamou a atenção dela foi a maneira como ele se guiava pelo
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Capítulo 9
Capítulo 9Benedito, sempre atento, observou o jeito acanhado de Giulia ao olhar para Carlos. Aquilo era mais do que simples gentileza. "Tem coisa aí", pensou, mas ficou em silêncio, apenas dando um sorriso discreto enquanto todos voltavam ao trabalho após o almoço.Vitória foi para o quarto fazer seu dever de casa, deixando Giulia com algum tempo livre. Ela decidiu voltar para a área gourmet, onde encontrou o cozinheiro ocupado, se desdobrando para adiantar o trabalho. Ele lavava panelas enquanto monitorava uma massa no fogão, visivelmente apressado.Giulia, ainda um pouco tímida, ficou observando por um momento antes de se aproximar.- Posso ajudar com algo? - perguntou, a voz suave, mas com um toque de determinação.O cozinheiro olhou para ela, surpreso e, de certa forma, aliviado.- A dona quer me ajudar? Não precisa, não, dona. Aqui é meu trabalho, mas... se quiser, não vou recusar. Só toma cuidado para não se sujar, hein?Ela sorriu, e logo o cozinheiro lhe indicou algumas taref
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Capítulo 10
Capítulo 10No dia seguinte...Giulia caminhava pelo corredor da casa com o coração acelerado. Cada passo que dava parecia ecoar sua ansiedade, mas ela sabia que não podia mais adiar essa conversa. As lembranças do que aconteceu e a possibilidade de mais perigos se aproximando a atormentavam, especialmente o medo de algo atingir Vitória. Isso era inaceitável para ela. Já era hora de contar tudo a Carlos.Ao passar pela janela, viu Matteo e os outros homens instalando câmeras pela fazenda. Cada movimento deles parecia confirmar que a situação estava se tornando mais séria. Eles estavam se preparando para algo maior, e Giulia sabia que parte disso era culpa do seu passado. Respirou fundo, tentando reunir a coragem que precisaria para encarar Carlos.Quando chegou à porta do escritório, parou por um instante, sentindo uma onda de medo e dúvida. "Será que ele vai me entender? Será que vai me culpar?", pensou. Mas havia algo maior em jogo, e ela não podia se dar ao luxo de hesitar. Bateu n
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