MINHA REALIDADEMorro do Cantagalo, Rj.RAELCresci em um lugar onde a violência batia na minha porta. Não importava a hora, sempre era a mesma coisa. Um assasinato por dívidas de drogas, violência física e sexual contra a mulheres e crianças, e como era rotina, operações todos os dias com quem deveria nos proteger, matando quem viam pela frente sem se importa em saber se era um inocente ou realmente um bandido. E foi assim, desse modo, que a minha mulher morreu junto ao nosso filho que ela esperava, me deixando sozinho com a minha pequena, minha Ritinha.— Papai, quando tu chegar a gente pode ir tomar sorvete? — Rita perguntou enquanto eu penteava seus longos cabelos loiros.— Claro, gatinha. Vamos sim — prendi seu cabelo pra cima — bora, a Lis ta esperando tu lá na casa dela - Falei e ela pulou da cama com um sorriso de orelha a orelha.Sorri.Saí do quarto, arrumei a mochila dela com o lanche e fechei a porta do quintal.Arrumei minha mochila também, peguei meu boné no armador e jo
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