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Todos os capítulos do O filho do meu noivo: Capítulo 1 - Capítulo 10
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1º Capítulo
Estamos no século XXI, certo? Eu acho que sim. Às vezes, fico na dúvida, sabe? Isso porque meu pai quer me obrigar a casar com um cara. Sim, é um absurdo! E toda vez que tento opinar, ele me manda calar a boca e respeitá-lo porque sou menor de idade. Será que tem alguma lei que proíbe esse tipo de coisa? Gostaria de entender mais sobre isso...Estava em meu quarto, no meio de uma crise de raiva. Isso porque meu pai tinha acabado de me dizer que meu "noivo" ia chegar a qualquer momento para me conhecer. Interessante não? Me conhecer. Me sinto como um cavalo à venda. Onde o comprador vem avaliar para ver se o animal está em boas condições. Se ele me pedir para ver os dentes, não vou achar estranho.— Filha?— Hum... — resmunguei, irritada. Odeio que venham falar comigo quando estou nervosa.— Tome um banho e coloque a roupa que eu escolhi.Olhei o vestido em cima da cama e fiz careta. — Eu não vou tomar banho coisa nenhuma! Se ele quiser mesmo essa droga de casamento, vai ter que me atu
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2º Capítulo
Acordei com o sol em meu rosto e me levantei da cama lentamente. Dormir mal é a pior coisa que existe. Eu fico de muito mau humor. Tomei um banho rápido, coloquei o uniforme da escola e fui tomar café da manhã. Assim que cheguei na cozinha, sorri ao ver Maria arrumando a mesa para mim. Ela é a cozinheira e arrumadeira mais legal da face da Terra!— Bom dia, menina!— Bom dia! Isso está cheiroso.— Coma tudo! Você está muito magrinha.— Você e sua mania de querer me engordar. — Mordi um pedaço de bolo e suspirei. Não existe ninguém nesse mundo que cozinhe como essa mulher!— Está pele e osso, menina! Tem que comer.— Estou comendo — falei de boca cheia e ela riu.Depois de comer até quase explodir, fui para a escola. Uma pequena van vinha me buscar. Moro em um lugar distante e se for a pé, preciso de pelo menos um dia de caminhada. Sim, eu moro no fim do mundo. E não me importo com isso. Gosto de cuidar dos animais da fazenda. Eles pelo menos me entendem.Me sentei no fundo da van e sus
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3º Capítulo
A semana passou rápido demais para o meu gosto. Era o maldito dia que o baixinho voltaria aqui e ainda não tenho certeza para que. Isso ao mesmo tempo que me irrita, me deixa muito nervosa e ansiosa. Meu pai não fala nada! Absolutamente nada! Nem para me dizer o que ele vem fazer, se já está certo ou não essa merda que ele inventou. Que droga!— Ele chegou — disse Maria.Estava sentada no chão do estábulo. Não queria aparecer em casa, mas claro que eu não tinha opção.— Eu tenho que ir agora?— Seu pai disse para te chamar, querida.— Diga que já vou.Maria saiu dali e eu encostei na parede e suspirei profundamente. Queria tanto que minha vida fosse minha! Mas o que posso fazer contra isso? Se não dependesse dos meus pais, poderia sumir daqui.Talvez seja uma boa ideia ir com esse cara. Ele mora na cidade grande e lá posso arrumar um trabalho, sei lá! Qualquer coisa que me dê liberdade e total controle da minha própria vida.Me levantei sem vontade e passei a mão na calça, limpando a s
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4º Capítulo
Demoramos um pouco para chegar no aeroporto. Como eu disse, moro no fim do mundo e tudo é distante. Ainda bem que me despedi de Michelly no dia anterior. Sei que não vou ver ela durante um tempo. Ou talvez nunca mais. Porém, a gente combinou de se falar pela internet.— Chegamos.Olhei para fora da janela do carro. Não era um lugar muito grande e principalmente não tinha cara de aeroporto. Só parecia ser uma pista de pouso. Saí do carro e segui Alessandro, o guarda-costas dele ficou encarregado de pegar as malas. Quando vi no que íamos voar, fiquei paralisada no mesmo lugar.Era um jato particular! Meu Deus!— Já voou alguma vez?— Não.— Vai gostar — disse sorrindo.— Vamos para onde?— Passar uns dias na Itália e depois voltamos.— Você não mora lá?— Não. Tenho muitas propriedades. Vamos para lá encontrar meu filho e voltamos em alguns dias.— Filho? — perguntei engasgada.Era só o que me faltava! Eu não sei lidar com criança! Elas estão sempre pentelhando e deixando as pessoas louc
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5º Capítulo
No dia seguinte, acordei com alguém batendo na porta. Abri e era uma mulher. Era baixinha como Alessandro, porém pele morena e cabelos cacheados. Tinha um sorriso amigável no rosto.— Bom dia, senhorita! Meu nome é Maria e eu sou a cozinheira.— Prazer, Maria.— Vamos descer para tomar café da manhã? Os patrões já estão sentados à mesa.— Desço em dois minutos.— Tudo bem.Ela saiu dali e eu troquei de roupa. Segui até a sala de jantar e quando cheguei, os dois estavam sentados e a mesa estava lotada de comida. O que eu achei um exagero já que pelo visto só nós três que vamos comer.— Bom dia, menina! Sente-se.— Bom dia.— Gui... — Alessandro o olhou sugestivo. Ele revirou os olhos.— Bom dia.— E eu que sou a sem educação — resmunguei alto o suficiente para ele ouvir. Guilherme me encarou com o rosto sério. É impressão minha ou ele está mais bonito hoje?— Dormiu bem? — Alessandro perguntou.— Sim. Obrigada. Eu queria saber uma coisa...— O que?— Como vai buscar a Teci?— O que é Te
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6º Capítulo
Cometa cheirou meu cabelo me fazendo rir. Isso sempre faz cócegas.— Você está muito nervoso. Sabia que os cavalos sentem isso?— Sim, mas ele...— Ele gostou de mim. Pode morrer de ciúmes agora!Guilherme riu quando falei isso e eu sorri.— É a primeira.— Segunda, ele já gosta de você. Não dá para entender isso, mas tudo bem.— Você é implicante mesmo hein!?— Ainda não viu nada — falei sorrindo e ele sorriu. Sorrindo é mais bonito ainda... Para com isso, Daniela! Que droga! Foco no cavalo!— Vou te mostrar o resto.— Tudo bem.Segui Guilherme e ele mostrou os outros cavalos e o lugar onde eles passeiam e pastam. Paramos e ficamos observando o enorme lugar. Subi na cerca e me sentei para observar melhor. Senti que ele me encarava e olhei para o lado. Tinha uma sobrancelha levantada.— O que? Que droga! Por que fica me encarando tanto?— Não é nada demais. — Deu de ombros.— E o que é então?— Você parece bem mais à vontade aqui fora.— E estou mesmo — falei olhando o horizonte.Guilh
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7º Capítulo
Acordei com alguém batendo na porta. Levantei e abri, em seguida, arregalei os olhos ao ver Guilherme ali. Ele sorriu debochado me olhando.Merda! Devo estar igual a uma bruxa!— Resolvi deixar você montá-lo.— Jura? — Sorri largamente e o sorriso dele aumentou.— Sim, mas eu vou ficar do lado.Revirei os olhos.— Quer colocar rodinhas também? — perguntei cínica e ele soltou uma risada.— Você é terrível, garota!Desviei o olhar.— Posso trocar de roupa ou quer que eu vá descabelada mesmo? — Se você quiser espantá-lo, pode ir assim mesmo.O encarei com fúria.— Vou tomar café da manhã. Te espero lá embaixo.— Tá. — Fechei a porta na cara dele e respirei fundo. Consegui ouvir sua risada e logo ficou silêncio do lado de fora.Troquei de roupa e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Ele estava mesmo rebelde hoje. Assim que cheguei à sala de jantar, vi que só Guilherme estava sentado.— Cadê seu pai?— Teve que sair cedo hoje.— Hum...Me sentei na cadeira em frente a dele e peguei o qu
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8º Capítulo
— Só?— Achou que eu era mais velho?— Na verdade, sim.— E você, tem quinze?— Eu não pareço ter quinze anos! — Fiz careta.— Às vezes, parece.— E você parece ter noventa! — falei irritada.— Por que? — Franziu a testa.— Porque tem momentos que parece um velho resmungão!Guilherme caiu na gargalhada e eu resmunguei contrariada.— Vai querer ir comigo ou não?— Sim.— Então, vamos.Seguimos de volta para a mansão e cada um foi para o seu quarto. E agora eis o dilema: Com que roupa eu vou? Ele disse que é uma lanchonete. Ah! Pode ser qualquer coisa. Fui até a minha mala e procurei algo. Que foi? Eu não vou desfazer a mala se vamos embora daqui uns dias. Encontrei um vestido simples e fiquei encarando-o. Que dúvida... Parei de pensar em roupa e segui até o banheiro. Tomei um banho demorado. Amo água!Então depois do banho coloquei aquele vestido mesmo. Era de cor azul e bem simples. Tinha alça fina e era acima do joelho. Tenho que lembrar de não sentar igual moleque...Penteei meu cabe
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9º Capítulo
Assim que a música começou, as pessoas gritaram incentivando. Que merda! A música era da Taylor Swift, Blank space.Eu comecei a música e ele fez tipo uma segunda voz. Meu pai me obrigou a estudar inglês e sei do que se trata o que estou falando. As pessoas gritavam empolgadas. O amigo de Guilherme parou até de cantar e ficou me olhando com um sorrindo. Continuei sozinha e cantando naturalmente, como se fosse a coisa mais fácil do mundo.Sim, eu canto bem. Michelly disse que eu deveria ser vocalista de uma banda, mas eu não ligo para isso.Olhei para a mesa de Guilherme agora e ele tinha a boca aberta me olhando. Dei uma risada e acompanhei a letra passando na tevê. Todos estavam em pé e agitados agora. A música acabou e todos aplaudiram. Ao mesmo tempo que ria da cara do Guilherme e do amigo dele, eu estava com vergonha. Tinha muita gente ali...— Você sabia que ia arrasar, por isso aceitou! — Me acusou. — Uau, é a primeira vez que alguém arrasa aqui.— Não exagera! — falei descendo d
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10º Capítulo
Maria veio de novo me acordar e chamar para o café da manhã. Desci para comer e os dois estavam sentados à mesa. Sempre sou a última a chegar...— Bom dia, menina! — Alessandro disse alegre.— Bom dia.— Bom dia, Daniela.Olhei para o Guilherme e engoli uma ofensa. Sorri falsamente.— Bom dia.— O que vão fazer hoje? É o último dia aqui. Vamos voltar à noite.— Vamos voltar antes? — disse Guilherme.— Sim.— Teci já está na sua casa?Alessandro sorriu.— Sim. Ela é meio bravinha, não é?— É sim. — Dei uma risada.— Dizem que os animais se parecem com os donos... — Guilherme murmurou e bebeu seu café.— Por isso você disse que o Cometa é antissocial, não é? — perguntei, cínica.— Ele não é antissocial. É indomesticado.— Dá no mesmo. Ele não respeita as pessoas — falei amarga e ele me encarou sério. Deve ter entendido o duplo sentido no que eu disse.— Vocês não vão parar com isso nunca? — Alessandro perguntou com uma sobrancelha levantada. — Por Deus! Vamos começar a se entender melhor
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