— Chegamos.Quebrei o olhar quando Marcos falou isso. Entramos no jato e ficamos esperando Alessandro aparecer. Como não estava dando ideia para Guilherme, peguei meu celular e coloquei os fones de ouvido. Sentia que ele estava me olhando, mas ignorei e fingi que ele nem estava ali.A demora foi grande. Eu já estava cansada antes mesmo de começar a viagem.Olhei o Guilherme finalmente e ele estava sorrindo, olhando na minha direção. Franzi a testa. Que diabos? Ele deve ser maluco! Guilherme fez sinal para eu tirar os fones. Tirei um deles e esperei o que ele ia falar.— Você realmente canta muito bem.Desviei o olhar e senti meu rosto esquentar levemente. Maldição! Estava cantando junto com a música que tocava em meu celular e nem percebi! Mas eu não consigo evitar quando essa música toca. Continuei cantando, ignorando o homem que estava me comendo com os olhos. A música é da Jessie J — Flashlight.Alessandro entrou no jato e eu parei no mesmo instante. Tirei os fones de ouvido.— Desc
Acordei com o celular despertando e resmunguei. Os únicos dias em que posso dormir até tarde, são nas minhas férias e eu vejo isso como um prêmio e não posso perder. Não a oportunidade de dormir, mas hoje tenho uma coisa boa para fazer! Troquei de roupa e prendi meu cabelo em rabo de cavalo. Sempre fazia isso quando ele estava rebelde ou quando ia ficar no estábulo, ou seja, sempre. Meu cabelo é um espécime estranho... Às vezes está bom, às vezes está lambido, como se uma vaca tivesse passado a língua e deixado ele colado ao couro cabeludo. Isso tudo por ser liso demais.Fui até a cozinha e Guilherme já estava lá. A cozinha era muito grande e bonita.— Bom dia! — disse sorrindo.— Bom dia.Maria apareceu e sorriu ao me ver.— Bom dia, menina!— Bom dia — falei sorrindo.— Fiz um bolinho delicioso!— Aposto que sim. — Ela sorriu. Comi o bolo e suspirei. — Só conheço uma pessoa que cozinha tão bem quanto você.— É mesmo? Quem é?— A Maria. Ela trabalha para os meus pais... — Desviei o ol
Corri um longo momento com a Teci. Ela estava com bastante energia. Deve ter ficado presa naquele estábulo todos os dias antes de vir para cá. Meu pai não chegava nem perto dela, não sei como ele fez aquela vídeo chamada. Tirei a sela da Teci e a deixei sozinha. Me sentei no chão e fiquei a observando. Guilherme se sentou ao meu lado.— Achei que ia fazer alguma coisa aqui.— Estou fazendo.— O que você está fazendo? — perguntei confusa.— Estou olhando a Teci.Fiquei em silêncio sem entender.— Sei... Eu quis dizer algo mesmo.— Eu não fico muito aqui quando o Cometa não está.— E o que faz quando ele está?— Pratico.— O que?— Salto.— Legal!— Quer tentar?— Não está tendo aulas lá agora?— Sim.— Então deixa pra depois.— Por quê? — perguntou sorrindo. Me aproximei dele e cochichei:— Se eu cair de bunda, ninguém vai ver.Guilherme riu alto. Mordi o lábio e a risada diminuiu, estava olhando o meu rosto. Em pouco tempo ficou sério. Ele é estranho! Guilherme passou a mão na minha ca
Eu não entendo esse cara! Tem hora que me quer, aí depois pensa na droga da minha idade e fode tudo! Que saco! Isso me deixa tão irritada! Tenho vontade de socá-lo quando fala sobre minha idade. Como se realmente ele fosse mil vezes mais maduro do que eu! Tudo bem, ele pode ser mais maduro no quesito ficar com garotas da forma que estávamos agora, mas isso não faz dele melhor do que eu!Entrei no cercado que a Teci estava e subi nela sem sela nenhuma. Estava furiosa! Fiz a Teci correr com a maior velocidade dentro daquele cercado. Corria em círculos. O vento batendo em meu rosto sempre me acalmava. Diminuí o ritmo e fiz ela parar aos poucos. Suspirei quando ela parou. Eu respirava rápido pela raiva. Olhei para o lado e Guilherme estava de braços cruzados do outro lado da cerca, me encarando. Desci de Teci e saí do cercado. Ela veio atrás de mim.Segui para o estábulo e fiz a Teci entrar na baia dela. Acariciava o seu focinho.— Eu vou voltar pra te ver.— Está tudo bem?Virei o rosto p
Engoli em seco e ele continuou me olhando de boca aberta. Posso morrer agora?— Você ficou louca?— Esquece o que eu disse! — Tentei me afastar, mas ele segurou meu pulso.— Não acho que funcione assim, Daniela. Você deve escolher uma pessoa que te chame atenção e seja de confiança para isso.— É... Mas ninguém chama a minha atenção.A expressão dele agora era indecifrável.— Eu nunca me importei com relacionamentos, ainda não me importo para falar a verdade.— E acha que tem que perder a virgindade com qualquer um? — perguntou com a testa franzida.— Não.Guilherme ficou em silêncio me olhando.— O que você quer de mim, Daniela?— Já que você é tão correto assim — falei revirando os olhos. — Poderia só me ajudar.— O que isso quer dizer?— Ah... Me ensinar algumas coisas, sem ir até o fim.— Você é mesmo maluca, não é?— Se não quer é só dizer. Procuro alguém disposto, aposto que não vai faltar professor... — provoquei.Ele ficou sério por um momento e então suspirou.— Está bem. Ning
Guilherme enfiou a mão dentro do meu short e eu pulei de susto. Arregalei os olhos na direção dele e sorriu.— Relaxa, só vou te mostrar uma coisa... — sussurrou no meu ouvido.Engoli em seco e abri um pouco as pernas, assim que senti o dedo gelado dele eu as fechei por reflexo. Guilherme se deitou ao meu lado na cama e beijou meu seio esquerdo. Fechei os olhos e apertei os cabelos dele com força. A mão deslizou dentro da minha calcinha e de novo fiquei tensa. Mesmo assim ele continuou e seu dedo deslizou em minha intimidade lentamente. É uma sensação gostosa apesar do nervosismo. Percebi que a respiração dele ficou mais forte conforme deslizou o dedo em mim.Guilherme começou a fazer movimento em círculos e eu mexia as pernas involuntariamente por isso. Apertava ele com toda a minha força e gemia mesmo que não quisesse. Ele deslizava o dedo para cima e para baixo e depois voltava a fazer círculos. Me sentia maravilhosamente bem e logo senti uma forte sensação me envolver. Não sei o qu
Acordei e tentei me espreguiçar, mas não consegui. Virei a cabeça para trás e fiquei em transe por um momento. Guilherme dormia respirando lentamente. É tão fofo dormindo! Estava de costas para ele e seus braços me apertavam de maneira possessiva. Me prendendo a seu corpo. Segurei os pulsos dele e tentei me soltar, mas ele me apertou com força para si, me sufocando.— Onde pensa que vai? — sussurrou no meu ouvido.— Banheiro... — falei baixo.— Volta pra cá depois...— Está bem. — O porquê de estarmos sussurrando, não sei, mas gostei.Me levantei da cama e segui até o banheiro. Quando cheguei na porta, olhei para trás. Guilherme me observava. Sorri timidamente e entrei no banheiro. Aproveitei e escovei os dentes, porque né...Voltei para o quarto e me deitei na cama de frente para ele.— Também quero usar o banheiro.— Fique à vontade, a casa é sua — falei irônica e ele riu.Em pouco tempo estava sozinha no quarto. Depois do que fizemos ontem, mesmo que não tenha sido o “finalmente”, s
Assim que ele parou o carro no estacionamento, eu soltei o cinto e saí apressadamente. Mas ele saiu rápido do carro e segurou o meu pulso. Respirei fundo quando ele me fez encostar no carro e ficou me encarando emburrado.— Você é muito difícil, sabia?— O que você quer?— A gente precisa conversar.— Achei que já tinha deixado claro que não vou chegar perto de você.— Será que você não entende o meu lado? — perguntou irritado.— Não tenho que entender nada! Só tenho que ficar longe. Assim a gente não discute e dá tudo certo.Guilherme suspirou irritado.— Pode me soltar, por favor? As pessoas vão achar que está me agarrando. — Guilherme bufou e soltou meu pulso. — Obrigada.Saí de perto dele e fui até a Teci. Assim que entrei no local, vi o Miguel. Ele sorriu ao me ver. Retribui o sorriso e me aproximei dele. Teci, como sempre, fazia escândalo.— Ela sabe mesmo o que fazer para chamar a sua atenção.— É — falei rindo. Fui até a Teci para acalmá-la e Miguel me seguiu.— Verdade que voc