Corri um longo momento com a Teci. Ela estava com bastante energia. Deve ter ficado presa naquele estábulo todos os dias antes de vir para cá. Meu pai não chegava nem perto dela, não sei como ele fez aquela vídeo chamada. Tirei a sela da Teci e a deixei sozinha. Me sentei no chão e fiquei a observando. Guilherme se sentou ao meu lado.— Achei que ia fazer alguma coisa aqui.— Estou fazendo.— O que você está fazendo? — perguntei confusa.— Estou olhando a Teci.Fiquei em silêncio sem entender.— Sei... Eu quis dizer algo mesmo.— Eu não fico muito aqui quando o Cometa não está.— E o que faz quando ele está?— Pratico.— O que?— Salto.— Legal!— Quer tentar?— Não está tendo aulas lá agora?— Sim.— Então deixa pra depois.— Por quê? — perguntou sorrindo. Me aproximei dele e cochichei:— Se eu cair de bunda, ninguém vai ver.Guilherme riu alto. Mordi o lábio e a risada diminuiu, estava olhando o meu rosto. Em pouco tempo ficou sério. Ele é estranho! Guilherme passou a mão na minha ca
Eu não entendo esse cara! Tem hora que me quer, aí depois pensa na droga da minha idade e fode tudo! Que saco! Isso me deixa tão irritada! Tenho vontade de socá-lo quando fala sobre minha idade. Como se realmente ele fosse mil vezes mais maduro do que eu! Tudo bem, ele pode ser mais maduro no quesito ficar com garotas da forma que estávamos agora, mas isso não faz dele melhor do que eu!Entrei no cercado que a Teci estava e subi nela sem sela nenhuma. Estava furiosa! Fiz a Teci correr com a maior velocidade dentro daquele cercado. Corria em círculos. O vento batendo em meu rosto sempre me acalmava. Diminuí o ritmo e fiz ela parar aos poucos. Suspirei quando ela parou. Eu respirava rápido pela raiva. Olhei para o lado e Guilherme estava de braços cruzados do outro lado da cerca, me encarando. Desci de Teci e saí do cercado. Ela veio atrás de mim.Segui para o estábulo e fiz a Teci entrar na baia dela. Acariciava o seu focinho.— Eu vou voltar pra te ver.— Está tudo bem?Virei o rosto p
Engoli em seco e ele continuou me olhando de boca aberta. Posso morrer agora?— Você ficou louca?— Esquece o que eu disse! — Tentei me afastar, mas ele segurou meu pulso.— Não acho que funcione assim, Daniela. Você deve escolher uma pessoa que te chame atenção e seja de confiança para isso.— É... Mas ninguém chama a minha atenção.A expressão dele agora era indecifrável.— Eu nunca me importei com relacionamentos, ainda não me importo para falar a verdade.— E acha que tem que perder a virgindade com qualquer um? — perguntou com a testa franzida.— Não.Guilherme ficou em silêncio me olhando.— O que você quer de mim, Daniela?— Já que você é tão correto assim — falei revirando os olhos. — Poderia só me ajudar.— O que isso quer dizer?— Ah... Me ensinar algumas coisas, sem ir até o fim.— Você é mesmo maluca, não é?— Se não quer é só dizer. Procuro alguém disposto, aposto que não vai faltar professor... — provoquei.Ele ficou sério por um momento e então suspirou.— Está bem. Ning
Guilherme enfiou a mão dentro do meu short e eu pulei de susto. Arregalei os olhos na direção dele e sorriu.— Relaxa, só vou te mostrar uma coisa... — sussurrou no meu ouvido.Engoli em seco e abri um pouco as pernas, assim que senti o dedo gelado dele eu as fechei por reflexo. Guilherme se deitou ao meu lado na cama e beijou meu seio esquerdo. Fechei os olhos e apertei os cabelos dele com força. A mão deslizou dentro da minha calcinha e de novo fiquei tensa. Mesmo assim ele continuou e seu dedo deslizou em minha intimidade lentamente. É uma sensação gostosa apesar do nervosismo. Percebi que a respiração dele ficou mais forte conforme deslizou o dedo em mim.Guilherme começou a fazer movimento em círculos e eu mexia as pernas involuntariamente por isso. Apertava ele com toda a minha força e gemia mesmo que não quisesse. Ele deslizava o dedo para cima e para baixo e depois voltava a fazer círculos. Me sentia maravilhosamente bem e logo senti uma forte sensação me envolver. Não sei o qu
Acordei e tentei me espreguiçar, mas não consegui. Virei a cabeça para trás e fiquei em transe por um momento. Guilherme dormia respirando lentamente. É tão fofo dormindo! Estava de costas para ele e seus braços me apertavam de maneira possessiva. Me prendendo a seu corpo. Segurei os pulsos dele e tentei me soltar, mas ele me apertou com força para si, me sufocando.— Onde pensa que vai? — sussurrou no meu ouvido.— Banheiro... — falei baixo.— Volta pra cá depois...— Está bem. — O porquê de estarmos sussurrando, não sei, mas gostei.Me levantei da cama e segui até o banheiro. Quando cheguei na porta, olhei para trás. Guilherme me observava. Sorri timidamente e entrei no banheiro. Aproveitei e escovei os dentes, porque né...Voltei para o quarto e me deitei na cama de frente para ele.— Também quero usar o banheiro.— Fique à vontade, a casa é sua — falei irônica e ele riu.Em pouco tempo estava sozinha no quarto. Depois do que fizemos ontem, mesmo que não tenha sido o “finalmente”, s
Assim que ele parou o carro no estacionamento, eu soltei o cinto e saí apressadamente. Mas ele saiu rápido do carro e segurou o meu pulso. Respirei fundo quando ele me fez encostar no carro e ficou me encarando emburrado.— Você é muito difícil, sabia?— O que você quer?— A gente precisa conversar.— Achei que já tinha deixado claro que não vou chegar perto de você.— Será que você não entende o meu lado? — perguntou irritado.— Não tenho que entender nada! Só tenho que ficar longe. Assim a gente não discute e dá tudo certo.Guilherme suspirou irritado.— Pode me soltar, por favor? As pessoas vão achar que está me agarrando. — Guilherme bufou e soltou meu pulso. — Obrigada.Saí de perto dele e fui até a Teci. Assim que entrei no local, vi o Miguel. Ele sorriu ao me ver. Retribui o sorriso e me aproximei dele. Teci, como sempre, fazia escândalo.— Ela sabe mesmo o que fazer para chamar a sua atenção.— É — falei rindo. Fui até a Teci para acalmá-la e Miguel me seguiu.— Verdade que voc
Quando chegamos, fui direto para a cozinha e enchi um copo de água. Guilherme me seguiu e encostou na porta, me olhando de braços cruzados. Ótimo! Está bloqueando minha passagem e vou ter que ouvir.— Sinceramente eu não sei o que fazer com você.— Não faz. Não sei porque você acha que tem que fazer — falei seca.— Você não facilita mesmo as coisas, não é? — perguntou irritado.— Melhor eu tomar um banho e sossegar o facho... — Tentei passar e ele me impediu.— Tem ideia do que você fez hoje?— Pulei uns obstáculos.— Poderia ter caído e se machucado sério, garota!— Mas não cai! Estou aqui inteira! Então para de resmungar igual um velho chato!Guilherme se aproximou feroz e me empurrou na parede. Bati as costas com força e olhei o rosto dele. Antes que eu conseguisse encontrar uma ofensa na mente, ele prendeu meus pulsos contra a parede. Arregalei os olhos e ele atacou meus lábios com fúria.Fiquei sem reação. Até porque não conseguiria reagir mesmo, pois se tivesse que empurrar ele,
Fiquei em silêncio com os olhos arregalados. Ele tinha um olhar intenso. Engoli em seco.— Você não pode fazer isso?— Acabei de fazer, Daniela.— Mas você disse que não me quer... Disse que sou imatura...— Eu sei. Eu estava com medo, Daniela. Na verdade, ainda estou.— Tem medo de mim? — Mordi o lábio e ele riu.— Às vezes.— Há, há, há — debochei.— Eu quero você mais do que tudo, Daniela. — Sorri e ele também. — Mas você tem que ter paciência comigo.— Hum... Eu não sou muito paciente — falei revirando os olhos e ele riu. — Por que está dizendo isso?— Eu tive um relacionamento difícil e jurei nunca mais ficar com ninguém.— Você é muito novo para jurar uma coisa assim, sabia?— Eu sei, mas...— Você ainda pensa nessa pessoa?— Não. Mas ela me usou de uma maneira que marcou.— Que maneira?— Não quero falar disso. Só peço que tenha paciência.— Posso tentar. Você vai ter comigo?Ele sorriu e acariciou meu rosto.— Eu preciso de muita paciência mesmo — respondeu olhando para cima, f