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Um.
Kristin nunca foi uma garota considerada feia, sempre foi muito bonita e atraía atenção mesmo quando não queria, o que era bastante frequente, já que não aguentava ser o centro das atenções e, consequentemente, sempre optava por ficar em um canto onde não fosse vista, mesmo em eventos direcionados a si. Aprendeu a conviver sendo a coadjuvante da vida de sua mãe desde muito cedo. Entendeu que Elizabeth seria o centro das atenções e ela, consequentemente, ficaria em segundo plano. Com o tempo, acabou se acostumando com isso. Dessa forma, ela nunca imaginou que um dia seria o foco das atenções como está sendo agora. Todos a olham, muitos choram, outros apenas sorriem, e ela está completamente destruída por dentro. Ela está usando um longo vestido branco que acentua sua silhueta exageradamente, sem mangas, com um decote ousado que deixa seus seios à mostra. O vestido é inteiro de renda com uma calda exageradamente longa. Esse vestido é, sem dúvida, o mais feio que ela já usou ou que já viu
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Dois.
Kristin olhava para frente sem rumo, mas o sorriso fajuto e o olhar triste de Ryan a chamaram a atenção. Ela engoliu em seco e retribuiu o sorrio, que era tão falso quanto o dele. Se já o detestava profundamente, agora sentia a mais pura repulsa por aquele homem. Ela pôde ouvir, baixinho, alguns comentários a respeito da sua suposta gravidez e sabia que essa observação ácida vinha de algum parente seu. Respirou fundo.Ao chegar ao altar, ela conseguiu controlar o olhar de nojo para com aquele homem que, em breve, seria seu marido.— Suas escolhas sempre me surpreendem O'Neill. — Disse isso fitando o homem com um largo sorriso, demonstrando o amor que sentia por ele. No entanto, em seus lindos olhos verdes havia somente nojo, mas devido à convivência com Elizabeth, ela havia aprendido a mentir de forma eficiente, tão bem que ninguém perceberia.— Oh, minha querida, ainda não viu nada. — Piscou para ela e a ajudou a subir os poucos degraus. — Cuidarei bem da sua filha, meu sogro.— Esper
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Três.
Quando Kristin tinha uns 13 pra 14 anos, foi para a praia com a família, a mesma casa que sempre frequentava todos os anos e, como os pais dela e os pais de Ryan eram amigos, todos se hospedavam na mesma casa de veraneio. Foi nessa época que o Ryan começou a incomodá-la ainda mais, o que era só um apelido ridículo, se tornou insultos. Isso vinha de ambos, mas sobretudo dela. Em uma brincadeira infantil de Ryan, ele achou que seria uma ótima ideia empurrar uma garota da lancha, que, por sorte, estava ancorada, garota essa que não sabia nadar, informação essa que ele não sabia, mesmo assim não era desculpa para a sua ação imprudente. Ok, que todos os outros estavam na água enquanto ela se encontrava na lancha, mas mesmo assim ele não tinha o direito de empurrá-la, a fazendo se afogar e, consequentemente, adquirindo um medo. Isso só a fez odiá-lo ainda mais. Ela só se afogou porque ele ficou rindo, e os outros estavam do lado oposto a eles. Ela nunca soube quem havia sido o seu herói, se
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Quatro.
Kristin foi a primeira a sair do quarto, seguida por Ryan. Pegaram o elevador, que ficou um pouco lotado, apesar de um aviso dizendo que não deveria haver mais do que seis pessoas ali. Ryan puxou para ficar atrás dele, o que a surpreendeu, já que, além disso, a fez segurar suas mãos à frente do corpo. Todos desceram no Hall do hotel e, se não fossem descer ali também, teriam ficado aliviados. Ela agora se encontrava ao lado do homem, segurando a mão dela com os dedos entrelaçados e os sorrisos mais falsos que conseguiram colocar. Subiram no ônibus para o passeio, estavam bem próximos da praia e o cheiro da Maresia incomodava o nariz de Kristin, mas, estranhamente, ela estava até gostando. Enquanto ignorava a existência de Ryan, prestava atenção nas histórias que o guia contava. Em algumas das muitas paradas que fizeram, ela prestava pouca atenção a Ryan, e só lhe dava a devida atenção apenas para tirar aquelas malditas fotos. A última parada foi na praia, Kristin não gosto
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Cinco.
Ela tomou um susto quando a voz de Ryan chegou até seus ouvidos, ergueu o olha para ele que impedia o sol tocasse a sua pele, o homem se encontrava a sua frente, braços cruzados um pouco abaixo do peito. — Kristin! — Chamou novamente já sem paciência.— O que foi?— Precisamos ter uma conversa séria.— Ok, é sobre o contrato? — Perguntou já imaginando que só poderia ser isso que Ryan queria conversar com ela, pois não havia nada, além disso, que eles pudessem conversar.— Sim, mas vamos para o nosso quarto.— Tá. — Ela não o questionou, precisava saber tudo sobre o contrato. Ela apenas colocou a camisa de Ryan e notou o olhar do homem para si.— Essa camisa é minha?— Sim, como sua esposa, eu tenho direito de usar qualquer peça de roupa sua. — Ele sorriu fraco e balançou a cabeça negativamente. — E ficou mil vezes melhor em mim. — Ela fala dando de ombros enquanto caminha frente dele.— Devo concordar, vou adicionar uma cláusula no contrato
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Seis.
A tarde Kristin estava tremendo quando viu que realmente eles iriam passear de barco, barco não lancha, que estava ancorada um pouco afastada da praia, em um cais com outras embarcações, ela se virou para Ryan.— Faço o que você quiser, mas não me faz entrar naquela lancha, por favor.— Você vai gostar, é só um passeio.— Ryan! — Ela pede, ele analisa o rosto dela, ela parece ficar mais pálida do que já é normalmente.— Olha para mim, Kristin, eu prometo que não vai acontecer como antes.— Acha mesmo que isso vai me acalmar? — Ela pergunta e seus olhos enchem de lágrimas, Ryan a puxa levemente contra seu corpo já que ela começou a chorar e ele não queria ver aquilo, não sabe muito bem o porquê, mas não gostava de vê-la chorando e ele sendo o culpado por isso.— Você vai gostar do passeio, é sério.— Não me jogue de novo! — Ela pediu, abraçada a ele, Ryan fechou os olhos. Como poderia odiar aquela garota? Ele podia sentir ela tremer em seus braço
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Sete.
Eles haviam finalmente chegado no apartamento que ficava na cobertura de um prédio de luxo, Ryan colocou a senha e disse para Kristin gravá-la, já que nem sempre eles estariam juntos. As portas do elevador se abriram e ela ficou em choque, o apartamento era puro luxo, porém isso não foi o que mais lhe assustou, mas sim toda a sua família e de Ryan estavam na grande sala de estar.— Os Pombinhos chegaram. — Elizabeth disse sorrindo e nesse momento Kris sentiu sua mão tremer, ela só queria chegar na nova casa e ir dormir o máximo que conseguisse, mas não simplesmente tem no mínimo 30 a mais pessoas ali, em sua grande maioria não suportando esse casamento. — Fiquei triste quando soube que viriam mais cedo da viagem, e preparei um mini coquetel para comemoramos novamente esse casamento. — Kristin olhou para Ryan que sorria forçado, parece quem nem ele havia gostado de intromissão.— Poderia ao menos ter nos avisado sogrinha, assim não teríamos passado tanto tempo na empresa
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Oito.
O seu dia foi mais exaustivo do que ela imaginou. Quando Ryan chegou em casa, casado do trabalho, viu Kristin dormindo no sofá. Ele a pegou nos braços e a levou para o quarto. Ela estava tão cansada que nem notou que estava sendo carregada, apenas se aconchegou mais ao corpo de Ryan. Ele achou irônico, no caminho ele esbarrou com alguns empregados. Ele se perguntou quem, diabos, contratou tantas pessoas? Ryan entra no quarto, ele a deita na cama, fecha a porta e a cobre. Em seguida, vai para o banheiro e começa a se despir. Ele olha-se no espelho por alguns segundos, questionando se vale a pena fazer aquilo tudo por uma briga insignificante. Andou até o box, ligou o chuveiro e entrou embaixo da água morna. Tomou um longo banho. Ele ainda pensava no que Kristin quase fez por ele. Eles não se davam bem, porque ela iria se jogar em alto mar, um medo que ela tem para tentar de alguma forma salvá-lo? Não conseguia compreender, afinal, eles não eram um casal e não havia paixão envolvida n
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Nove.
Kristin achou Ryan estranho, mas decidiu ignorar. Eles já estavam se deitando para dormir, ela havia passado o dia todo ocupada lendo, depois, com mais leitura. Ryan havia devolvido seu Kindle e voltado para a empresa, eles haviam jantado juntos e, agora, estavam se preparando para dormir.— Amanhã de manhã, publicarei uma foto e contarei sobre a perda do nosso filho. — Ela olhou para ele, eles decidido depois da festa ridícula que a mãe de Kris resolveu fazer, em contar o mais rápido possível da perca do bebê.— Ainda não entendo a necessidade de ficar postando tudo na internet!— Você não entende porque você não trabalha com isso, eu tenho meu público lá, sempre publiquei de tudo, publiquei sobre nosso casamento, sobre a gravidez, eles são como meus amigos íntimos.— Então pública sobre o contrato e veja o que eles vão achar. — Ela diz irritada, se ajeita na cama para dormir. — Aposto que vai dizer que isso não os interessa, assim como todas as outras merdas não os
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Dez.
O que seria uma semana se tornou um mês. Kristin esperava já estar de volta à universidade, mas, como a sua mãe sempre se intromete na sua vida, ela disse que perder um filho dói a vida toda e que ela deveria ao menos passar um mês sem dar as caras, como Ryan também deveria diminuir sua aparição na internet. Eles pensaram que morar em Nova York seria melhor. No entanto, Elizabeth não dava trégua. Pelo menos uma vez por semana, ia à cidade ver como eles estavam, mesmo sem realmente conviver com o "casal". Quando os funcionários retornaram vieram em número menor. Eles até consideraram dispensar todos, mas perceberam nesses dias o quanto seria trabalhoso manter o apartamento organizado e limpo, seria pior após a volta de suas rotinas, desta forma decidiram aumentar o salário dos empregados, que, embora poucos, ainda eram 5 no total. Kristin estava pronta para voltar as a
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