Kristin nunca foi uma garota considerada feia, sempre foi muito bonita e atraía atenção mesmo quando não queria, o que era bastante frequente, já que não aguentava ser o centro das atenções e, consequentemente, sempre optava por ficar em um canto onde não fosse vista, mesmo em eventos direcionados a si. Aprendeu a conviver sendo a coadjuvante da vida de sua mãe desde muito cedo. Entendeu que Elizabeth seria o centro das atenções e ela, consequentemente, ficaria em segundo plano. Com o tempo, acabou se acostumando com isso. Dessa forma, ela nunca imaginou que um dia seria o foco das atenções como está sendo agora. Todos a olham, muitos choram, outros apenas sorriem, e ela está completamente destruída por dentro. Ela está usando um longo vestido branco que acentua sua silhueta exageradamente, sem mangas, com um decote ousado que deixa seus seios à mostra. O vestido é inteiro de renda com uma calda exageradamente longa. Esse vestido é, sem dúvida, o mais feio que ela já usou ou que já viu alguém usar. Com as mãos delicadas, segura um buquê de rosas tão vermelhas quanto o seu sangue. Para quem conhece o significado dessa cor no buquê, poderia imaginar que a pessoa que o carrega está indo de encontro a sua paixão. No entanto, ela não poderia dizer o mesmo.
Riu internamente, sem achar realmente graça ao imaginar o quanto aquelas pessoas eram ingênuas ao acreditarem naquela farsa que se apresentava diante de seus olhos. Lembrou o dia em que soube daquela ideia idiota e, com os olhos marejando, sua mente flutuou até aquele dia infeliz.
Kristin estava em seu quarto diante do computador enquanto estudava para ingressar, daqui a dois meses, na universidade no curso de Direito. Ela estava ansiosa, provavelmente seria a mais jovem da classe, uma vez que, havia menos de uma semana, que completará seus 18 anos. A porta do seu quarto foi aberta sem aviso e logo imaginou de quem se tratava. O aroma inconfundível de perfume exageradamente caro que sua mãe usava invadiu suas narinas sensíveis. Ela espirrou, claramente tinha alergia, aquele aroma em específico. Sempre que a mulher adentrava qualquer local que a mais nova estava, ela se dispunha a espirrar. Era terrível a sensação e a sua mãe ainda usava de propósito.
— O que quer? — A mais nova perguntou sem olhar para a mãe.
— Venho lhe trazer uma ótima notícia querida filha. — Essa frase tomou a atenção da garota, não por sua mãe ter algo a lhe dizer, mas sim por ela te a chamado de "Querida filha" e dizer que tem uma ótima notícia, ela sentia que alguma coisa ruim viria depois. Ao olhar para a mulher atrás de si, notou o sorriso mais largo que a mulher já lhe direcionou na vida, isso fez sua espinha arrepiar. — Lembra do Ryan? — Esse nome faz o corpo da mais nova tremer por completo.— O que tem ele?— Sabia que ele está noivo? — Ela revira os olhos voltando a prestar atenção no computador, como se a vida daquele homem fosse de seu interesse. — Sabe de quem?— Não obrigada, não me interesso por nada que envolva aquele homem.— Ryan sempre foi tão bom para você.— Tá de brincadeira né, ele me humilhava de formas astrológicas e você diz que ele me tratava bem, sinceramente. — Ela diz irritada, mas nem se quer olha para a mulher.— Amanhã iremos sair, para fazermos compras.— Não vou sair com você.— Vai sim, precisa comprar o seu vestido de casamento. — Kristin olhou para a mulher sem entender. — Parabéns por seu casamento filhota.— Do que você está falando?— Ainda não entendeu? Você é tão burrinha. — Ela riu, o que fez a filha entender quase que de imediato o que estava acontecendo.— Isso é algum tipo de brincadeira de mal gosto Elizabeth! — Ela diz se levantando irritada olhando para a mulher.— Claro que não, eu jamais brincaria com a sua vida.— Mas está brincando, você está insinuando que sou a noiva do Ryan, isso não tem cabimento.— Insinuando não querida, você é.— Isso é um absurdo.— Seu pai fez um acordo com Ryan e como provavelmente não irá conseguir pagar o valor, ele te ofereceu como tributo. — Kristin olhou para a mulher com os olhos marejados, sua respiração estava descompensada olhando diretamente para a mulher.— Papai nunca faria algo desse tipo, ele nunca me daria de bandeja para qualquer pessoa, muito menos para o Ryan.— Mas fez querida, ele fez, que pena, bom cuide de arrumar suas coisas, o casamento está marcada para daqui a alguns meses. — A mulher saiu do quarto sorrindo e Kristin estava estática no lugar, ela sentiu as lágrimas quentes descerem por seu rosto, ela não acreditava que isso era verdade, não poderia ser. Ela saiu do quarto indo até o escritório do pai, entrou no local sem bater e seu corpo gelou ao ver quem estava ali.— ENTÃO É VERDADE? O QUE ELIZABETH FALOU É VERDADE?— Filha, eu sinto muito, eu-— Se queria me ver infeliz, acertou precisamente pai! Se é que posso te chamar assim.— Filha, eu não queria que fosse assim!— Você me j**a aos lobos e diz que não queria que fosse assim? Espero morrer enquanto durmo. — Ela saiu do escritório andando pesadamente, indo para o quarto, pouco tempo depois a porta foi aberta. Pensando ser o pai, ela nem se deu ao trabalho de se virar, mas saltou da cama ao escutar a voz maliciosa de Ryan.— Aqui está a minha horrenda noiva.— SAI DA MERDA DO MEU QUARTO O'NEILL. — Estou ansioso para te ver diariamente querida.— Prefiro morrer a me casar com você.Daquele dia em diante ela vem sendo obrigada a fingir sentir algo além de ódio pelo rapaz, para manter as aparências. Minutos antes da cerimônia, Kristin estava dando os últimos ajustes no vestido, sua prima Kelly a ajudava, quando a sua mãe entrou no recinto a crise espirro veio.
— Não seja ridícula, não estou usando o perfume.
— Então devo ter alergia a você. — Elizabeth revirou os olhos mostrando o quão entediante era lhe dar com a filha, ela notou o semblante de tristeza da filha.— Sei que não somos próximas, filha, e que temos nossas desavenças. Confesso que fiquei feliz em saber dessa proposta indecente de Ryan, por um minuto, mas logo fiquei triste por você. Sou sua mãe e mesmo que não acredite, eu me importo com você, mas nesse momento sua família depende de você, então faça isso por nós, se não por mim ou por seu pai, faça por sua irmã. — Mesmo colocando a pequena Angel no assunto, Kristin não parecia querer se render a derrota.— Eu não quero me casa com Ryan, eu aceitaria com qualquer pessoa, mas ele?— Foi necessário. — Disse se aproximando da garota que se parece bastante com sigo, ela puxou um pouco tecido do vestido para aperta mais ao corpo jovem e esbelto da filha.— Continue apertando, assim e eu morro asfixiada e de quebra também não me caso com um imbecil do Ryan. — Ela revira os olhos apertando mais o vestido.— Você não quer que ele tenha facilidade de tira esse vestido né?— Estou sendo obrigada a me casar com 18 anos, e ainda mais com o cara que odeio, tenho escolha? — Pergunta ironicamente, Elizabeth odeia fingir se importar com a garota, mas naquele momento tudo era valido, tinha muito dinheiro em jogo.— Filha entenda, isso não é para o seu mal.— Jura? - Ironizou a jovem.— Kristin. Apenas entre naquela igreja sorrindo e diga sim, haja como um adulta.— Eu não quero me casar com o Ryan. — Elizabeth se perdeu no personagem no segundo depois da resposta da filha.— EU NÃO ME IMPORTO COM O QUE VOCÊ QUER, VOCÊ VAI ENTRA NAQUELA IGREJA, SUBI NAQUELE ALTAR E DIZER SIM, ENTENDEU. — Kristin a olhou triste, no fundo, desejando ter tido uma mãe melhor que essa, ela forçou um sorriso fraco e respondeu segurando toda a raiva acumulada dentro de si, uma hora sabia que iria explodir.— Como quiser Elizabeth. — A mulher sorrir amigável. — Vou dizer sim, mas tenha noção de uma coisa, que a parti do momento que eu disser sim àquele imbecil, vocês não existiram para mim. - Disse engolindo o choro. — Diga ao meu pai que estou pronta. — Se afastou do toque da mulher, indo se ver melhor no vestido. — Horrendo.O vestido foi escolhido a dedo por sua mãe, a dona da loja ficou até em choque com a escolha e perguntou diversas vezes se elas tinham certeza que era aquele.
Bom, Kristin não sabe muito bem se o vestido é realmente feio, ou só que ela não se aceita vestida nele, porque em sua cabeça não se encaixava ser uma adolescente de 18 anos que está nele. Há muito tempo casar jovem era algo natural da sua família, porém com os anos isso foi se dizimando, se todas tiveram o direito a escolha como sua mãe teve, por que logo com ela tinha que ser diferente?
Ela até entende que tem muitas meninas que se casam mais nova que ela ou com a mesma idade, mas ela não era elas, ela é Kristin Prescott, ela pode manda em si; ou pode tentar. A partir do momento que ainda é menor de idade e mora com os seus pais eles tomam as decisões, mesmo sabendo que isso pode ser contra lei, ela teria que seguir as ordens de seus pais, infelizmente ela apenas concorda como se fosse um fantoche.
Ela só quer que esse tempo que será obrigada a fingir um relacionamento perfeito com Ryan, passe rápido, para que ela possa fugir para o mais longe possível de todos, incluindo sua família, sim, principalmente a sua família.
Um momento antes de adentrar a igreja, seu pai foi ao seu encontro, ela respirou fundo antes de sair do quarto indo em direção ao carro que andaria poucos metros, apenas para fazer uma cena ridícula ao seu ver. Para agora em frente a igreja, que fora batizada quando bebê e que todos os domingos estava nas missas. Respirou fundo e, sem que percebesse, as lágrimas deslizaram pelo seu rosto levemente bronzeado. Elas significavam tantas coisas, mas as mais presentes ali eram o sentimento de raiva e tristeza.
Nunca imaginou que se casaria com Ryan, nem em seus piores pesadelos.
— Não chore, filha. — A voz do pai ao lado a incomodou, especialmente por pedir algo que era inatingível. Kristin suspirou e respondeu em um tom claramente grosseiro, diferente de qualquer outra ocasião em que ela conversava com ele.
— Impossível não chorar sendo obrigada a casar com alguém que odeio. — Diz.— Sinto muito, eu só-— Me poupe de suas desculpas, ficarei grata se ao menos ficasse calado. — Ela disse rudemente.Suas mãos estão tremular e seu coração parece diminuir as batidas gradativamente, ela sente seu corpo dormente e a cada segundo que se passa, ela rir sem achar graça quando pensa no que qualquer pessoa iria pensar nesse momento.
— Sei que está com raiva, e com razão, espero que me perdoe um dia... não faça nada que não queira.
— Isso soa tão irônico. — Diz ríspida fechando o semblante, mesmo sabendo que daqui a menos de 2 minutos, terá que fingir plenitude ao adentrar ao local sagrado, sentiu suas cintura ser abraçada por pequenos braços, olhou para baixo em direção do motivo de sua força.— Por favor, não chore, Cristal. — A pequena menina pede quase chorando, Kris beija o topo de sua cabeça, sorrindo de leve. Ao menos sua irmãzinha está feliz, já que a sua irmã mais velha está prestes a se casar com o seu melhor amigo. A sorte dessa garotinha foi conhecer o lado bom, quase inexistente, de Ryan.Se não teria os mesmo traumas que a sua irmã mais velha. Kris tem plena consciência de que Ryan não seria insano a ponto de tratar seu anjo grosseiramente, pois, se o fizesse, com certeza não estaria vivo para contar história.
— Está escutando? — Pergunta se referindo a música que tocava na igreja. — É a sua deixa. — A garotinha se afasta e vai em direção a porta da igreja que abre devagar, Dylan estende o braço para a filha, que com relutância aceita.
Ela caminhou devagar até a entrada, dando a alguns convidados a oportunidade de admirar o seu vestido. Não conseguiu segurar as lágrimas. Seus passos eram lentos e controlados, apesar de querer correr para longe. Sua irmã veio à sua mente. E, falando nela, a garota viu a menor fazer um "toca aqui" para Ryan, que sorria sinceramente para a garotinha. Kristin não se importava se um dia ele lhe lançaria aquele sorriso puro e sincero, pois honestamente, queria que ele morresse engasgo com o próprio vômito.
A ingenuidade de algumas pessoas a fazia revirar o estômago, chegava a ser ridícula a história criada por seus pais para que ninguém questionasse sobre aquele casamento absurdo. Dois amantes, um amor proibido, um desejo ardente e, para complicar, uma gravidez não planejada. Das poucas pessoas que ali se encontravam e a conheciam bem, poderiam contar nos dedos quais foram às vezes em que ela havia sido descuidada. Todavia, todos ali ignoravam o fio solto e realmente acreditavam que o homem que ela declarava ódio eterno, se tornou em "um ano" o amor da sua vida, que ele tornou o homem que agora ela declarava amor eterno e, para piorar ainda, o sentimento era mútuo. Ninguém parecia se recordar do que ele havia feito com ela. Ela se sente revoltada por essas pessoas serem tão negligentes com relação às coisas que acontecem ao seu redor ao ponto de não perceberem o óbvio, que ali não há amor algum, há apenas um profundo ódio.
Kristin fechou os olhos por um breve momento apenas para não se exaltar na frente de todos os convidados. Ela respirou fundo, trazendo o ar para os seus pulmões e voltou a abrir os olhos cheios de lágrimas. Ela definitivamente não estava em seus melhores dias, mas teria que fingir que estava feliz. Ela faria jus aos seus longos anos no grupo de teatro da escola, ela faria todos ali acreditarem em algo que nem ela mesma acreditava, ela faria todos verem eles como o casal mais belo e mais perfeito de toda a história daquela família. Ryan não saía por baixo, ele faria todos terem certeza daquele amor impossível entre eles, ele faria todos sentirem inveja do casamento perfeito, faria todos desejarem ter vivido algo daquele tipo, um amor arrebatador, ao ponto de ultrapassar qualquer barreira, até o ódio que todos sabiam que eles sentiam pelo outro.
Todas aquelas pessoas estavam agindo como se fossem imbecis por acreditarem que Kristin e Ryan se casariam, mas, é claro, como uma tia dela havia dito, "Eu sabia que todo esse ódio era porque vocês se amavam". Isso é bastante problemático, tendo em vista que eles não se dão muito bem antes dela ter idade suficiente para, de alguma forma absurda, ele se interessar, e isso seria bem estranho... Além de que era simplesmente impossível eles se envolverem romanticamente, seria algo sem cabimento, eles se odeiam.
Kristin olhava para frente sem rumo, mas o sorriso fajuto e o olhar triste de Ryan a chamaram a atenção. Ela engoliu em seco e retribuiu o sorrio, que era tão falso quanto o dele. Se já o detestava profundamente, agora sentia a mais pura repulsa por aquele homem. Ela pôde ouvir, baixinho, alguns comentários a respeito da sua suposta gravidez e sabia que essa observação ácida vinha de algum parente seu. Respirou fundo.Ao chegar ao altar, ela conseguiu controlar o olhar de nojo para com aquele homem que, em breve, seria seu marido.— Suas escolhas sempre me surpreendem O'Neill. — Disse isso fitando o homem com um largo sorriso, demonstrando o amor que sentia por ele. No entanto, em seus lindos olhos verdes havia somente nojo, mas devido à convivência com Elizabeth, ela havia aprendido a mentir de forma eficiente, tão bem que ninguém perceberia.— Oh, minha querida, ainda não viu nada. — Piscou para ela e a ajudou a subir os poucos degraus. — Cuidarei bem da sua filha, meu sogro.— Esper
Quando Kristin tinha uns 13 pra 14 anos, foi para a praia com a família, a mesma casa que sempre frequentava todos os anos e, como os pais dela e os pais de Ryan eram amigos, todos se hospedavam na mesma casa de veraneio. Foi nessa época que o Ryan começou a incomodá-la ainda mais, o que era só um apelido ridículo, se tornou insultos. Isso vinha de ambos, mas sobretudo dela. Em uma brincadeira infantil de Ryan, ele achou que seria uma ótima ideia empurrar uma garota da lancha, que, por sorte, estava ancorada, garota essa que não sabia nadar, informação essa que ele não sabia, mesmo assim não era desculpa para a sua ação imprudente. Ok, que todos os outros estavam na água enquanto ela se encontrava na lancha, mas mesmo assim ele não tinha o direito de empurrá-la, a fazendo se afogar e, consequentemente, adquirindo um medo. Isso só a fez odiá-lo ainda mais. Ela só se afogou porque ele ficou rindo, e os outros estavam do lado oposto a eles. Ela nunca soube quem havia sido o seu herói, se
Kristin foi a primeira a sair do quarto, seguida por Ryan. Pegaram o elevador, que ficou um pouco lotado, apesar de um aviso dizendo que não deveria haver mais do que seis pessoas ali. Ryan puxou para ficar atrás dele, o que a surpreendeu, já que, além disso, a fez segurar suas mãos à frente do corpo. Todos desceram no Hall do hotel e, se não fossem descer ali também, teriam ficado aliviados. Ela agora se encontrava ao lado do homem, segurando a mão dela com os dedos entrelaçados e os sorrisos mais falsos que conseguiram colocar. Subiram no ônibus para o passeio, estavam bem próximos da praia e o cheiro da Maresia incomodava o nariz de Kristin, mas, estranhamente, ela estava até gostando. Enquanto ignorava a existência de Ryan, prestava atenção nas histórias que o guia contava. Em algumas das muitas paradas que fizeram, ela prestava pouca atenção a Ryan, e só lhe dava a devida atenção apenas para tirar aquelas malditas fotos. A última parada foi na praia, Kristin não gosto
Ela tomou um susto quando a voz de Ryan chegou até seus ouvidos, ergueu o olha para ele que impedia o sol tocasse a sua pele, o homem se encontrava a sua frente, braços cruzados um pouco abaixo do peito. — Kristin! — Chamou novamente já sem paciência.— O que foi?— Precisamos ter uma conversa séria.— Ok, é sobre o contrato? — Perguntou já imaginando que só poderia ser isso que Ryan queria conversar com ela, pois não havia nada, além disso, que eles pudessem conversar.— Sim, mas vamos para o nosso quarto.— Tá. — Ela não o questionou, precisava saber tudo sobre o contrato. Ela apenas colocou a camisa de Ryan e notou o olhar do homem para si.— Essa camisa é minha?— Sim, como sua esposa, eu tenho direito de usar qualquer peça de roupa sua. — Ele sorriu fraco e balançou a cabeça negativamente. — E ficou mil vezes melhor em mim. — Ela fala dando de ombros enquanto caminha frente dele.— Devo concordar, vou adicionar uma cláusula no contrato
A tarde Kristin estava tremendo quando viu que realmente eles iriam passear de barco, barco não lancha, que estava ancorada um pouco afastada da praia, em um cais com outras embarcações, ela se virou para Ryan.— Faço o que você quiser, mas não me faz entrar naquela lancha, por favor.— Você vai gostar, é só um passeio.— Ryan! — Ela pede, ele analisa o rosto dela, ela parece ficar mais pálida do que já é normalmente.— Olha para mim, Kristin, eu prometo que não vai acontecer como antes.— Acha mesmo que isso vai me acalmar? — Ela pergunta e seus olhos enchem de lágrimas, Ryan a puxa levemente contra seu corpo já que ela começou a chorar e ele não queria ver aquilo, não sabe muito bem o porquê, mas não gostava de vê-la chorando e ele sendo o culpado por isso.— Você vai gostar do passeio, é sério.— Não me jogue de novo! — Ela pediu, abraçada a ele, Ryan fechou os olhos. Como poderia odiar aquela garota? Ele podia sentir ela tremer em seus braço
Eles haviam finalmente chegado no apartamento que ficava na cobertura de um prédio de luxo, Ryan colocou a senha e disse para Kristin gravá-la, já que nem sempre eles estariam juntos. As portas do elevador se abriram e ela ficou em choque, o apartamento era puro luxo, porém isso não foi o que mais lhe assustou, mas sim toda a sua família e de Ryan estavam na grande sala de estar.— Os Pombinhos chegaram. — Elizabeth disse sorrindo e nesse momento Kris sentiu sua mão tremer, ela só queria chegar na nova casa e ir dormir o máximo que conseguisse, mas não simplesmente tem no mínimo 30 a mais pessoas ali, em sua grande maioria não suportando esse casamento. — Fiquei triste quando soube que viriam mais cedo da viagem, e preparei um mini coquetel para comemoramos novamente esse casamento. — Kristin olhou para Ryan que sorria forçado, parece quem nem ele havia gostado de intromissão.— Poderia ao menos ter nos avisado sogrinha, assim não teríamos passado tanto tempo na empresa
O seu dia foi mais exaustivo do que ela imaginou. Quando Ryan chegou em casa, casado do trabalho, viu Kristin dormindo no sofá. Ele a pegou nos braços e a levou para o quarto. Ela estava tão cansada que nem notou que estava sendo carregada, apenas se aconchegou mais ao corpo de Ryan. Ele achou irônico, no caminho ele esbarrou com alguns empregados. Ele se perguntou quem, diabos, contratou tantas pessoas? Ryan entra no quarto, ele a deita na cama, fecha a porta e a cobre. Em seguida, vai para o banheiro e começa a se despir. Ele olha-se no espelho por alguns segundos, questionando se vale a pena fazer aquilo tudo por uma briga insignificante. Andou até o box, ligou o chuveiro e entrou embaixo da água morna. Tomou um longo banho. Ele ainda pensava no que Kristin quase fez por ele. Eles não se davam bem, porque ela iria se jogar em alto mar, um medo que ela tem para tentar de alguma forma salvá-lo? Não conseguia compreender, afinal, eles não eram um casal e não havia paixão envolvida n
Kristin achou Ryan estranho, mas decidiu ignorar. Eles já estavam se deitando para dormir, ela havia passado o dia todo ocupada lendo, depois, com mais leitura. Ryan havia devolvido seu Kindle e voltado para a empresa, eles haviam jantado juntos e, agora, estavam se preparando para dormir.— Amanhã de manhã, publicarei uma foto e contarei sobre a perda do nosso filho. — Ela olhou para ele, eles decidido depois da festa ridícula que a mãe de Kris resolveu fazer, em contar o mais rápido possível da perca do bebê.— Ainda não entendo a necessidade de ficar postando tudo na internet!— Você não entende porque você não trabalha com isso, eu tenho meu público lá, sempre publiquei de tudo, publiquei sobre nosso casamento, sobre a gravidez, eles são como meus amigos íntimos.— Então pública sobre o contrato e veja o que eles vão achar. — Ela diz irritada, se ajeita na cama para dormir. — Aposto que vai dizer que isso não os interessa, assim como todas as outras merdas não os