O dia havia amanhecido chuvoso, com ventanias intensas, trovões, relâmpagos e duas crianças embaixo das cobertas do pai. Ryan, que estava cansado da noite anterior, não conseguia pregar os olhos. A chuva fraca intensificou-se logo ao amanhecer, seus filhos entraram no quarto, se enrolando em suas cobertas, olhando para o pai na janela da sacada, de braços cruzados e sério. Brendan e Angel chamavam o homem para deitar junto a eles, e assim ele fez um tempo dois, deixando seus filhos dormirem em seus braços.Quando estava preste a deixar o sono e cansaço lhe dominar, ouviu batidas na porta, olhou as crianças dormindo e se levantou devagar para não acordá-las. Saiu da cama, os cobrindo e abriu a porta. Jones estava sério e parecia que não havia dormido na noite anterior. Há exatamente dois dias, que eles descobriram o possível paradeiro de Kristin, mas ainda não haviam obtido nenhuma resposta que confirmasse isso de fato. Ryan olhou para o homem com esperança, esperando que ele dissesse
Nesse capítulo, há cenas eróticas. Se você for menor de idade ou não gostar desse tipo de conteúdo, não o leia. Kristin não permaneceu na casa de Ryan, preferindo evitar qualquer tipo de aproximação com o homem. Ele tinha um olhar que muitas vezes chego a fazer o seu coração acelerar, mas agora não sentia mais nada. Seu medo era de ele confundir as coisas. Por isso, estava morando com Miguel há quase dois meses em um apartamento no centro de Nova York. Seus filhos de quatro patas também estavam na cidade, Mística não gostou muito, ao contrário de seus irmãos que amavam ficar em frente à enorme janela observando tudo lá de baixo. Não pretendiam ficar na cidade, queriam voltar para Torrance Falls. Gostam de tudo na cidade e só estavam em Nova York por conta de Austin. Afinal, Kristin teria que depor sobre o que viveu com o homem, mas, infelizmente, não seria uma tarefa fácil. Além disso, tinha os filhos da ruiva, que estavam muito apegados a ela, e, devido às ações do ex marido, só pod
Torrance Falls era o lugar onde Kristin e Miguel desejavam estar naquele momento. Lá, eles não tinham muitos problemas que envolviam o relacionamento deles, pois Ryan resolveu tornar isso muito maior do que realmente era. Ele vinha agindo como uma criança birrenta que teve o doce tomado, ao menos não estava envolvendo os filhos nisso, mas tratava Kristin e Miguel mal por motivo algum. Ok, eles estão em um relacionamento, que não deveriam ter começado, mas não podiam controlar em seus corações. Tentaram, mas não conseguiram negar a atração que sentiam e o sentimento que eles descobriram juntos, e não seria agora que deixariam tudo o que viveram nesse pouco tempo devido a um drama de Ryan.Miguel olhava para a mulher que cuidava dos filhos e, como de costume, acabava se perdendo completamente naquela cena que tem se tornado cada vez mais frequente. Ele adorava participar desses momentos. Angel, por ser a mais velha, achava aquela relação confusa, mas, quando via o olhar deles um para o
Kristin nunca foi uma garota considerada feia, sempre foi muito bonita e atraía atenção mesmo quando não queria, o que era bastante frequente, já que não aguentava ser o centro das atenções e, consequentemente, sempre optava por ficar em um canto onde não fosse vista, mesmo em eventos direcionados a si. Aprendeu a conviver sendo a coadjuvante da vida de sua mãe desde muito cedo. Entendeu que Elizabeth seria o centro das atenções e ela, consequentemente, ficaria em segundo plano. Com o tempo, acabou se acostumando com isso. Dessa forma, ela nunca imaginou que um dia seria o foco das atenções como está sendo agora. Todos a olham, muitos choram, outros apenas sorriem, e ela está completamente destruída por dentro. Ela está usando um longo vestido branco que acentua sua silhueta exageradamente, sem mangas, com um decote ousado que deixa seus seios à mostra. O vestido é inteiro de renda com uma calda exageradamente longa. Esse vestido é, sem dúvida, o mais feio que ela já usou ou que já viu
Kristin olhava para frente sem rumo, mas o sorriso fajuto e o olhar triste de Ryan a chamaram a atenção. Ela engoliu em seco e retribuiu o sorrio, que era tão falso quanto o dele. Se já o detestava profundamente, agora sentia a mais pura repulsa por aquele homem. Ela pôde ouvir, baixinho, alguns comentários a respeito da sua suposta gravidez e sabia que essa observação ácida vinha de algum parente seu. Respirou fundo.Ao chegar ao altar, ela conseguiu controlar o olhar de nojo para com aquele homem que, em breve, seria seu marido.— Suas escolhas sempre me surpreendem O'Neill. — Disse isso fitando o homem com um largo sorriso, demonstrando o amor que sentia por ele. No entanto, em seus lindos olhos verdes havia somente nojo, mas devido à convivência com Elizabeth, ela havia aprendido a mentir de forma eficiente, tão bem que ninguém perceberia.— Oh, minha querida, ainda não viu nada. — Piscou para ela e a ajudou a subir os poucos degraus. — Cuidarei bem da sua filha, meu sogro.— Esper
Quando Kristin tinha uns 13 pra 14 anos, foi para a praia com a família, a mesma casa que sempre frequentava todos os anos e, como os pais dela e os pais de Ryan eram amigos, todos se hospedavam na mesma casa de veraneio. Foi nessa época que o Ryan começou a incomodá-la ainda mais, o que era só um apelido ridículo, se tornou insultos. Isso vinha de ambos, mas sobretudo dela. Em uma brincadeira infantil de Ryan, ele achou que seria uma ótima ideia empurrar uma garota da lancha, que, por sorte, estava ancorada, garota essa que não sabia nadar, informação essa que ele não sabia, mesmo assim não era desculpa para a sua ação imprudente. Ok, que todos os outros estavam na água enquanto ela se encontrava na lancha, mas mesmo assim ele não tinha o direito de empurrá-la, a fazendo se afogar e, consequentemente, adquirindo um medo. Isso só a fez odiá-lo ainda mais. Ela só se afogou porque ele ficou rindo, e os outros estavam do lado oposto a eles. Ela nunca soube quem havia sido o seu herói, se
Kristin foi a primeira a sair do quarto, seguida por Ryan. Pegaram o elevador, que ficou um pouco lotado, apesar de um aviso dizendo que não deveria haver mais do que seis pessoas ali. Ryan puxou para ficar atrás dele, o que a surpreendeu, já que, além disso, a fez segurar suas mãos à frente do corpo. Todos desceram no Hall do hotel e, se não fossem descer ali também, teriam ficado aliviados. Ela agora se encontrava ao lado do homem, segurando a mão dela com os dedos entrelaçados e os sorrisos mais falsos que conseguiram colocar. Subiram no ônibus para o passeio, estavam bem próximos da praia e o cheiro da Maresia incomodava o nariz de Kristin, mas, estranhamente, ela estava até gostando. Enquanto ignorava a existência de Ryan, prestava atenção nas histórias que o guia contava. Em algumas das muitas paradas que fizeram, ela prestava pouca atenção a Ryan, e só lhe dava a devida atenção apenas para tirar aquelas malditas fotos. A última parada foi na praia, Kristin não gosto
Ela tomou um susto quando a voz de Ryan chegou até seus ouvidos, ergueu o olha para ele que impedia o sol tocasse a sua pele, o homem se encontrava a sua frente, braços cruzados um pouco abaixo do peito. — Kristin! — Chamou novamente já sem paciência.— O que foi?— Precisamos ter uma conversa séria.— Ok, é sobre o contrato? — Perguntou já imaginando que só poderia ser isso que Ryan queria conversar com ela, pois não havia nada, além disso, que eles pudessem conversar.— Sim, mas vamos para o nosso quarto.— Tá. — Ela não o questionou, precisava saber tudo sobre o contrato. Ela apenas colocou a camisa de Ryan e notou o olhar do homem para si.— Essa camisa é minha?— Sim, como sua esposa, eu tenho direito de usar qualquer peça de roupa sua. — Ele sorriu fraco e balançou a cabeça negativamente. — E ficou mil vezes melhor em mim. — Ela fala dando de ombros enquanto caminha frente dele.— Devo concordar, vou adicionar uma cláusula no contrato